Mais Informações Sobre o Programa VLM-1
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota escrita e postada dia (27/12) pelo
companheiro André Mileski em seu "Blog Panorama
Espacial", com mais informações sobre o Projeto do VLM-1.
Duda Falcão
Mais Informações Sobre o Programa VLM-1
André Mileski
Blog Panorama Espacial
27/12/2016
O mais aguardado acontecimento em 2016 em se
tratando de lançadores se deu na semana passada, com a contratação da produção
de oito motores S50, que serão utilizados nos voos do veículo VS-50 e da
primeira versão do VLM-1, ambos em desenvolvimento pelo Instituto de
Aeronáutica e Espaço (IAE/DCTA), em parceria com a indústria (sobre a
assinatura, veja as notas divulgadas pela Agência Espacial Brasileira e pelo IAE/DCTA).
Apresentamos a seguir alguns bullet points com informações sobre o contrato e o programa
VLM-1:
Ineditismo. O contrato
firmado com a Avibrás é de grande
relevância pelo seu caráter inédito, uma vez que foi o primeiro contrato de
produção de propulsores de lançadores firmado junto à indústria nacional no
Brasil - não sem motivo a nota divulgada pela Agência Espacial Brasileira faz
referência à assinatura como uma "data
histórica para o Programa Espacial Brasileiro". O processo de contratação dos motores durou
pouco mais de um ano e teve várias reuniões e rodadas de negociações. A única
ofertante foi a Avibrás Divisão Aérea e Naval S.A., que apresentou sua proposta
revisada em novembro.
Expertise da Avibrás em foguetes. O envolvimento
da Avibrás, mundialmente conhecida pelo sistema militar ASTROS, com foguetes de
sondagem e lançadores não é novo. Nas décadas de setenta e oitenta, a empresa
participou do desenvolvimento de foguetes da família SONDA. Mais recentemente,
desenvolveu o Foguete de Treinamento Básico (FTB) e o Foguete de Treinamento
Intermediário (FTI) para o IAE, frequentemente utilizados para testes,
qualificação e treinamento de equipes nos centros de lançamento de Alcântara e
da Barreira do Inferno. A Avibrás é a única fabricante privada brasileira de
perclorato de amônio, um dos componentes do propelente sólido dos motores que
equipam grande parte dos projetos de foguetes nacionais. No final de 2014, foi
também beneficiada com recursos de subvenção do programa Inova Aerodefesa, da
FINEP, para desenvolvimento de tecnologia para o VLM-1.
Envolvimento da indústria nacional. A Avibrás não
é a única indústria nacional envolvida com o VLM-1. A CENIC e a JTDH Engenharia, ambas de São José dos Campos (SP), foram
selecionadas em 2014, respectivamente, para subvenções no âmbito do Inova
Aerodefesa para o desenvolvimento de módulos inter-estágios e estruturas, e das
redes elétricas do VLM-1. Novas contratações, locais e no exterior, serão
necessárias para a conclusão do projeto e realização do primeiro voo.
Recursos no orçamento. Em entrevista
concedida à Tecnologia
& Defesa no início de dezembro, o brig. Augusto Luiz de
Castro Otero, diretor do IAE, destacou a importância de 2017 para o VLM-1,
fazendo referência à previsão orçamentária: "O ano de 2017 será de grande
importância para o projeto VLM-1, por estar previsto o início da fabricação dos
motores S50 e a consolidação do projeto completo do veículo. Para o atingimento
destas metas, a Proposta de Lei Orçamentária Anual de 2017 prevê um aporte de
mais de R$ 30.000.000,00, grande parte dedicados à contratação da produção dos
S50."
Parceria com a Alemanha. O VLM-1 é mais um dos projetos em que o IAE coopera com a
Alemanha, dando continuidade a um relacionamento de mais de quatro décadas, com
destaque para iniciativas envolvendo foguetes suborbitais (VS-30 e VSB-30).
Segundo o brig. Otero, "a
participação do DLR no projeto VLM-1 é também importante para a execução de
várias atividades técnicas e de fornecimento de sistemas do veículo." Destaque-se também o envolvimento de
empresas da Alemanha, como a MT Aerospace, do grupo OHB System, que tem trabalhado na estrutura em fibra de
carbono do motor S50.
Cronograma. De acordo com
informações do diretor do IAE, o projeto VLM-1 no momento encontra-se na fase
de definição de requisitos funcionais e técnicos, visando a consolidação do
projeto completo no final de 2017. No planejamento do Instituto, está
programada a realização de ensaios de qualificação de todos os sistemas,
inclusive o motor S50, ao longo de 2018, permitindo a execução dos primeiros
voos de qualificação do motor, dos sistemas embarcados, e do veículo VLM-1 em
si, ao longo de 2019. Por sua vez, o contrato de produção do S50 tem prazo previsto
para execução de 26 meses.
Fonte: Blog Panorama Espacial - http://panoramaespacial.blogspot.com.br/
Comentário: Leitor, eu gostaria mesmo de acreditar que as
coisas serão tão certinhas assim como apresentadas pelo companheiro André Mileski,
mas a verdade é que não serão. Este foguete só fará um voo orbital (se fizer) só
a partir de 2022, e olhe lá.
A verdade também é que ganhar um contrato com o governo não significa muito nos dias de hoje. Parece que a Cenic tava dando férias coletivas por falta de pagamento da FAB. E não era ela que tinha q fazer a estrutura bobinada do motor?
ResponderExcluirTomara que dê tudo certo,más no Brasil entre falar e fazer algo, ainda mais nesta área tem uma distância muito grande!
ResponderExcluirse o VLM for configurado como está a foto do post , será um bonito foguete , tomara ! que dê certo e não demore uma década para ficar pronto e si ficar pronto !.
ResponderExcluirInfelizmente sabemos que não podemos acreditar que o protocolo será seguido a risca pois esse tipo de contrato no Brasil não significa muita coisa. Tenho quase certeza que os governantes do país em algum momento vão trabalhar pra atrasar ou até mesmo cortar verba que seria destinada para este fim. Gostaria que fosse diferente mas quem está acompanhando esses projetos sabe o que estou falando.
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