Nova Versão do Chip Brasileiro 'Sampa' Será Utilizado Pelo LHC
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (09/12) no site
“Inovação Tecnológica”, destacando que a nova versão do chip brasileiro ‘Sampa’
será utilizado no “Grande Colisor de
Hádrons (LHC)”.
Duda Falcão
ELETRÔNICA
Nova Versão do Chip Brasileiro
Que Fará Parte do LHC
Com informações da USP
09/12/2016
[Imagem: Marcos
Santos/USP Imagens]
O chip
brasileiro está sendo testado em institutos parceiro
do LHC na Noruega, Suécia,
EUA, Rússia e França.
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Sopa de Partículas
Engenheiros da
USP estão finalizando a versão de testes do chip Sampa. O pequeno
circuito integrado - que mede 9,6 milímetros (mm) x 9 mm - será utilizado no
LHC (Grande Colisor de Hádrons), o maior colisor de partículas do mundo.
O Sampa será
utilizado em um dos grandes detectores do LHC, o Alice, que mede as colisões de
íons de chumbo para estudar o plasma
de quarks e glúons, que corresponde a um estado diferenciado da matéria,
composto dos elementos mais básicos, "abaixo" dos átomos.
No plasma de
quarks e glúons - uma espécie de "sopa de partículas" - os quarks não
ficam confinados aos hádrons, como os prótons ou os nêutrons. "A ideia é
reproduzir em laboratório um novo estado da matéria que teria existido poucos
microssegundos após a grande explosão ou big-bang," explicou o professor
Marcelo Gameiro Munhoz.
E é justamente
nesta estrutura que o chip Sampa será fundamental para compor os equipamentos
que irão "fotografar" com precisão o momento exato das colisões.
Detector
Dentro do
Alice, o chip brasileiro deverá instrumentalizar o detector TPC (Time
Projection Chamber), o principal sistema de reconstituição das trajetórias
das partículas após o choque entre os íons.
O TPC possui
uma câmara com gás com 5 metros (m) de diâmetro por 5 m de comprimento. Ao ser
atravessado por uma partícula, o gás é ionizado. "Um sensor, situado na
extremidade dos detectores, multiplica o número de elétrons arrancados do gás e
gera um pulso de carga que é captado por um conjunto de chips, que processa e
retransmite os sinais para serem analisados," conta o pesquisador.
Esta é a
terceira versão do chip, tendo sido grandemente aperfeiçoada em relação à
segunda versão, concluída em 2014. Por exemplo, em vez dos três canais de
leitura da versão anterior, o Sampa agora conta com 32 canais, aumentando muito
a capacidade de leitura e transmissão de dados.
"Mesmo
sendo mais completo, o chip atual poderá passar ainda por mais algumas
transformações. O equipamento ainda será testado até a sua conclusão e
certamente serão necessários pequenos ajustes," alertou o pesquisador.
Os testes
estão sendo realizados nos laboratórios da USP, da Unicamp e da Faculdade de
Engenharia Industrial de São Bernardo do Campo, para testes de tolerância à
radiação. Desde a primeira versão, o chip vem sendo testado também em
institutos parceiros do LHC na Noruega, Suécia, EUA, Rússia e França.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
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