Satélite de Alunos de Escola Pública em SP é Lançado ao Espaço
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria postada ontem (09/12) no site do jornal “O Estado de São Paulo”, tendo
como destaque o lançamento do tubesat “Tancredo-1” da galerinha de Ubatuba ocorrido ontem no Japão.
Duda Falcão
CIÊNCIA - JAPÃO
Satélite de Alunos de Escola Pública
em SP é Lançado ao Espaço
Estudantes de colégio em Ubatuba começaram a
trabalhar no
projeto em 2010, quando tinham apenas 11 anos
Isabela Palhares,
O Estado de S. Paulo
09 Dezembro 2016 | 19h50
Foto: EM.Presidente Tancredo Neves
'Sabíamos que a ideia era inusitada, mas queríamos dar
essa oportunidade para os alunos', disse o professor.
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Eles tinham apenas 11 anos quando embarcaram
no projeto e nesta sexta-feira, 9, viram seu satélite, construído nos últimos
seis anos, ser lançado do Centro Espacial Tanegashima, no Japão, para a Estação
Espacial Internacional (ISS) de onde será colocado em órbita. É o primeiro
satélite brasileiro a ser produzido por estudantes da educação básica.
O equipamento foi desenvolvido por um grupo de
seis estudantes da Escola Municipal Presidente Tancredo de Almeida Neves, de
Ubatuba. A ideia surgiu em 2010 do professor de Matemática Cândido Moura. Para
a efetivação, eles contaram com a assistência técnica e aulas no Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e na Agência Espacial Brasileira (AEB),
que incluiu os estudantes no programa Satélites Universitários e arcou com os
custos dos testes e do voo do equipamento para estação espacial.
“Sou formado em Física, mas dou aula de
Matemática. Na época, conversei com os colegas da escola e todos ficaram
empolgados. Sabíamos que a ideia era inusitada, mas queríamos dar essa
oportunidade para os alunos, de criar algo e não só reproduzir um conteúdo”,
contou Moura. Segundo o professor, a primeira tentativa para desenvolver o
satélite foi feita com um kit americano, mas o equipamento foi redesenhado por
um pesquisador do Inpe. Moura disse que o satélite lançado nesta sexta,
batizado de Tancredo 1, foi totalmente produzido e construído no Brasil.
Foto: EM.Presidente Tancredo Neves
Satélite foi concebido e construído pelos estudantes.
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O projeto, segundo ele, não envolveu apenas os
seis estudantes, mas mais de 700 alunos da escola. “O projeto cresceu e é muito
maior, a gente abre turmas todos os anos para dar aulas de Eletrônica, Mecânica
e mais de 50 se inscrevem. Em três ou quatro meses, eles já conseguem produzir
algo que funcione e ficam encantados.”
Além disso, os alunos que participaram da
construção do satélite também viajaram para os Estados Unidos, onde conheceram
a NASA (agência espacial americana), e para o Japão, onde apresentaram um paper
em um congresso aeroespacial.
“Foram muitas conquistas desde que comecei a
participar, mas o mais importante foi ver o quanto eu gostava de Ciências e
Matemática. Eu sempre tive interesse por essas disciplinas, mas nunca tinha
tido a oportunidade de colocar em prática”, contou Nathalia da Costa, de 17
anos. A estudante tinha 11 anos quando começou a desenvolver o satélite e neste
ano prestou vestibular para entrar no curso de Engenharia Aeroespacial.
Foto: Ryosuke Uematsu/Kyodo News via AP
O satélite dos estudantes foi um dos equipamentos
transportados pelo foguete lançado nesta sexta do Japão.
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Difusão. Walter
Abrahão, tecnologista do INPE, disse que o instituto viu no projeto uma
oportunidade de difusão de conhecimento e de aproximação dos jovens com a
ciência. “Para nós, foi um aprendizado muito grande também, sempre auxiliamos e
fazemos pesquisas com universitários. Mas, para esses alunos, tivemos de
adaptar nosso conteúdo para uma linguagem deles”, contou.
Para Pedro Kaled, tecnologista da AEB, a
missão dos estudantes já está totalmente concluída. “O maior sucesso desse
projeto foi dar uma educação de mais qualidade e permitir que esses estudantes
tivessem contato com a produção científica. Uma das missões mais nobres da
agência é a difusão de conhecimento e conseguimos completar essa missão com
esses estudantes.”
Fonte: Site do
Jornal O Estado de São Paulo – 09/12/2016
Comentário: Simplesmente fantástico a iniciativa deste grande educador da cidade de Ubatuba-SP, o Prof. Cândido Moura, fez com que o seu nome e desses jovens fossem registrados na história do país e da Astronáutica mundial. Mesmo ignorantemente a Sociedade Brasileira não reconhecendo a importância e as implicações do feito deste grande educador e de seus fantásticos alunos, a história registrará esse momento, e caso o mesmo não seja suficiente para ajudar a mudar a mentalidade reinante, ela também no futuro cobrará o seu preço. Lembra do caso do Tenente Coronel Manoel dos Santos Lage???
Projeto fantástico, sou fã do trabalho do prof. Candido Moura, parabéns por esse feito extraordinário!
ResponderExcluirInfelizmente concordo com você Duda, e não vejo o reconhecimento de algo tão fantástico, isso deveria estar em todas as primeiras páginas.
grande abraço,
Lucas Fonseca
Ola Eng. Lucas!
ExcluirVerdade amigo, o Prof. Cândido Moura é uma pessoa impar e um grande exemplo a ser seguido. Quanto a falta de mídia, era de se esperar, por isso que estou ajudando. Porém creio que na semana que vem a nossa Agencia Espacial de Brinquedo (AEB) deva se pronunciar de alguma forma atraindo assim mais mídia.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Muito impressionante o trabalho e garra dessa galerinha! Parabéns a esses jovens "engenheiros aeroespaciais" e ao Prof. Moura, Professor exemplar e daquele time de pessoas que fazem muito além do que a obrigação dele, assim como do q esperam dele.
ResponderExcluirOlá Oswaldo!
ExcluirVerdade amigo, essa galerinha esta de parabéns e o Prof. Cândido Moura é um exemplo a ser seguido. Ele é uma daquelas pessoas ao qual intitulamos de "GENTE QUE FAZ".
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)