Corte de Verba Cria Desafios Para Setor Aeroespacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada hoje (22/01) no site do
“Jornal Valor Econômico” e postada no site “www.defesanet.com.br“
destacando que o Corte de Verba cria desafios para Setor Aeroespacial
Brasileiro.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - Especial
Espaço - Defesa
Corte de Verba Cria Desafios
Para Setor Aeroespacial
Virgínia Silveira
Jornal
Valor Econômico
22 de Janeiro, 2015 - 10:05 ( Brasília )
O ano de
2015 será delicado para a indústria aeroespacial e de defesa brasileira que, ao
mesmo tempo que tenta se credenciar para ser um fornecedor global, enfrenta
problemas com os programas do governo.
O
contingenciamento de recursos e cortes de verbas para programas estratégicos
representam um dos maiores desafios para essas empresas continuarem investindo
no setor. As principais companhias do segmento começaram a anunciar medidas que
sinalizam que já estão no limite.
Na semana
passada, a Helibras anunciou um programa de demissão voluntária e a Embraer
revisou a projeção de fluxo de caixa para 2014, que ficará negativo em US$ 400
milhões. A não liberação de recursos fez com que alguns programas da empresa,
como a modernização dos caças AMX, ficasse praticamente paralisada.
Na
Avibras, os 1500 funcionários estão em licença remunerada e com os salários
atrasados. A Opto Eletrônica, considerada uma das empresas mais importantes do
setor espacial brasileiro, teve o pedido de recuperação judicial deferido pela
justiça paulista na semana passada.
O diretor
da empresa, Mário Antônio Stefani, disse que o pedido de proteção contra
credores foi motivado, principalmente, pela execução de uma dívida de R$ 3,5
milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"A recuperação judicial vai permitir que a empresa cumpra os contratos
vigentes com o próprio governo", explicou.
As
dificuldades que atingem a empresa, segundo Stefani, também decorrem do atraso
no pagamento de contratos assinados com o governo federal e de outros
negociados, mas protelados.
Somente
com a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), no contexto do programa Inova
Aerodefesa, temos R$ 75 milhões de contratos já negociados para o
desenvolvimento de quatro projetos, mas que ainda não foram assinados porque
não há verba", disse. Lançado em 2012, o programa visa financiar projetos
que beneficiem os setores de defesa e aeroespacial, com um orçamento previsto
de R$ 2,9 bilhões.
Stefani
não revelou o valor da dívida da empresa, mas informou que 80% do total dizem
respeito a débitos fiscais. "A gente não consegue receber do governo e
somos obrigados ou a deixar de pagar os salários dos empregados e os
fornecedores ou os impostos. Se não pagamos tributos não conseguimos assinar
novos contratos", afirmou.
Para o
executivo, este é um ciclo nocivo que inabilita as empresas de participar do
mercado. "A impressão que dá é que o aparato de defesa e espaço no Brasil
está parando. Só se mantém nesse mercado que tem dinheiro para financiar o
governo", desabafou.
O diretor
da Odebrecht Defesa e Tecnologia, André Luiz Paraná, diz que na área de defesa
é fundamental que exista uma visão de longo prazo e uma política de Estado que
garanta o fluxo de investimentos independente do grupo político que esteja
governando o país.
"Precisamos
de desenvolvimento tecnológico para de fato ter e reforçar a nossa liderança
regional, além de tornar mais viável o desejo do país de ter um assento no
Conselho de Segurança da ONU", afirmou. Segundo Paraná, a Estratégia
Nacional de Defesa (END), em vigor desde dezembro de 2008, é o instrumento
feito para colocar essa visão em prática, mas antes disso ela tem que sair do
papel.
O
presidente da COPAC, brigadeiro do ar José Augusto Crepaldi Affonso, disse que
se não existirem contratos governamentais, como o dos caças F-X2, o míssil
A-Darter, os helicópteros EC-725 desenvolvidos pela Helibras e o AMX, que
permitiu o primeiro grande salto tecnológico da Embraer, a indústria nacional
não será capaz de fazer frente aos desafios do futuro.
"O
mais importante dos contratos governamentais é que eles aportam tecnologia,
garantem o desenvolvimento de risco e ajudam a empresa a inovar e a dar saltos
tecnológicos para poder sobreviver em momentos de dificuldade no mercado
mundial", ressaltou.
Segundo
Crepaldi, a cooperação da indústria nacional no projeto do caça Gripen NG, que
está sendo desenvolvido em conjunto com a empresa sueca Saab, vai permitir à
Embraer um pouco mais de maturidade tecnológica para que no futuro também tenha
capacidade de produzir aeronaves de caça.
"No
projeto do Gripen a intenção da FAB (Força Aérea Brasileira) é que a nossa
indústria seja capaz de integrar qualquer tipo de sensor e de armamento na
aeronave independentemente do fabricante original", destacou.
Da mesma
forma que foi feito com a Embraer, segundo Crepaldi, o projeto de cooperação da
Helibras com a Airbus Helicopter, também tem a visão de domínio do ciclo de
produção de um helicóptero no Brasil. "É um projeto de longo prazo,
complexo, mas se tiver o apoio do governo e os orçamentos necessários não temos
dúvidas de que também será um sucesso", ressaltou.
Procurada,
a Embraer informou que não comentaria o assunto. O Ministério da Defesa
informou que as Forças Armadas estão fazendo o enquadramento dos seus gastos de
investimento e custeio dentro do que foi estabelecido pelo governo.
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário: Pois é leitor apesar de ser taxado por alguns
de radical e pessimista quanto ao futuro o PEB, a matéria acima por si só mostra
de que quanto a fatos não há argumentos. No que diz respeito ao Programa
Espacial (deixando de lado a área de Defesa que não faz parte do tema do Blog) foram
quatro anos de contingenciamentos de verbas, falta de comando, de foco, de
planejamento, de seriedade, apoio há um projeto extremamente desastroso com a
Ucrânia e uma tremenda falta de interesse político e estratégico por este
importantíssimo programa de desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Esta “Ogra” debiloide que comanda esta trupe de energúmenos mal intencionados
estão destruindo o pouco que restou da competência e respeitabilidade do PEB,
não só junto a comunidade internacional, bem como com a própria Sociedade Brasileira.
O Brasileiro precisa aprender de que lançar programas como INOVAERODEFESA não
significa uma garantia de que os recursos serão liberados e muito menos no prazo
previsto, mas serve como uma cortina de fumaça para assim permitir que o
governo venha melhor lidar com as pressões que sofre dos diversos setores da
sociedade, além é claro (dependendo da época) de servir como propaganda em
época de eleição. Caro leitor, não se mede uma pessoa pelas suas promessas e
sim pelas suas ações e sendo assim, não há como ser otimista enquanto esta debiloide
estiver no poder, seja no Setor Aeroespacial ou mesmo em relação a este
território de Piratas.
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