Onde a Internet Não Alcança
Olá leitor!
Trago agora para você um pequeno e interessante artigo
publicado na edição do Jornal Diário do Comércio (SP) dos dias 21, 22 e 23/06
do ano passado sobre a iniciativa da empresa brasileira “Tech4Y” que objetiva a
montagem de uma rede brasileira composta por sete satélites de comunicação
(cubesats), intitulada de M2M2SKY, para assim coletar e transmitir informações
da tal "internet das coisas" via banda estreita, iniciativa esta que
está em desenvolvimento em parceria com a empresa americana Boreal Space (que ficará
responsável pela construção dos satélites) e que inclusive já teve seu primeiro
satélite lançado em março de 2014, do Deserto de Mojave, na Califórnia, pela empresa
Interorbital.
Duda Falcão
Economia
Onde a Internet Não Alcança
Sistema
desenvolvido pela Tech4Y permite
coletar
dados remotamente em áreas isoladas.
Karina
Lignelli
Diário
do Comércio
21, 22 e 23/06/2014
A inovação foi para o espaço: pelo menos no âmbito do laboratório de inovação
da Tech4Y e o seu projeto de montagem de uma rede brasileira de satélites de
comunicação, a M2M2SKY – para coletar e transmitir informações da tal "internet
das coisas" via banda estreita. Em parceria com a Boreal Space (que
constrói os satélites), localizada dentro da base da NASA, o projeto da Tech4Y
enviou o primeiro satélite ao espaço, no último dia 19 de março, do deserto do
Mojave, na Califórnia, onde há um espaço-porto de testes para esses
lançamentos.
Com ampla experiência em conectividade, Daniel Tibor Fuchs
explica que a ideia surgiu no laboratório de inovação da Tech4Y por ser mais
uma forma de "conectar as coisas" que hoje, segundo ele, ou é feita
por chips de celulares ou pela internet de casa. "Mas como sabemos que
menos de 30% do território brasileiro é coberto por redes de telefonia, o
satélite é uma boa alternativa para os outros 70%", destaca. A ideia,
segundo ele, é facilitar a comunicação entre pequenas quantidades de dados para
sensoriamento ou controle remoto em áreas como agricultura/agropecuária de
precisão ou em estradas, por exemplo.
"É mais do que rastreamento, do que dizer onde o boi
está: é saber o número de série da vacina que ele tomou, a temperatura, se
tomou água ou não, se está de pé ou deitado... São informações muito importantes.
Se for um local com gado confinado, vale mais a pena chegar até ele com fibra
ótica. Mas quando se fala em pasto, tudo muda. E essas tecnologias (via
satélite) podem aumentar muito a produtividade, nessas e em outras áreas",
ressalta.
Segundo Fuchs, o projeto M2M2SKY usa uma linguagem de programação
brasileira (a LUA, criada pela PUC-RJ, que já vem sendo usada por vários tipos de
satélite) e é de baixo custo (US$ 500 mil cada satélite, ante a média de US$
250 milhões, por durarem só cinco anos e não terem controle de direção). Mesmo
ainda em fase experimental, Fuchs acredita que o projeto mostra que a "empresa
está no caminho certo", e justifica mencionando a compra recente da
startup Skybox pelo Google (que dispara fotos e vídeos em alta resolução via
satélites de baixo custo). "É tudo muito alinhado ao que estamos pensando",
completa.
Daniel lembra que o primeiro satélite já foi até
derrubado, pela necessidade de provar também que seria possível controlar sua
queda. Já o segundo deve ser lançado em setembro. "No total, sete entrarão
em órbita, e em janeiro de 2015 lançaremos o primeiro que começará a prestar
serviços. A partir de 2020, a ideia é lançar no Brasil, ou da base de Alcântara
(no MA, que tem um centro de tecnologia aerospacial), ou do mar", planeja.
Fonte: Diário do Comércio - pág. 17 - 21, 22 e 23/06/2014
Comentário: Bom leitor essa iniciativa da
empresa Tech4Y (já abordada aqui no BLOG anteriormente) foi pouco
explorada pela mídia brasileira e estava na hora de trazermos maiores
informações sobre a mesma. Entretanto a autora do artigo errou quanto à data de
lançamento do foguete “Common Propulsion Module Test Vehicle (CPM TV)” da Interorbital que colocou
no espaço (na verdade num voo suborbital) o primeiro satélite desta iniciativa.
Na realidade este lançamento ocorreu dia 29/03 e não dia 19/03 como escrito no
artigo.
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