'Brasil Deve Explicações', Diz Ucrânia Sobre Paralisação de Projeto Espacial Bilionário

Olá leitor!

Agora segue abaixo uma interessante matéria publicada no final de abril (dia 29/04) no site da revista “VEJA” destacando que segundo a Ucrânia, o “Brasil deve explicações” sobre a paralisação do projeto da mal engenhada empresa Alcântara Cyclone Space (ACS).

Duda Falcão

MUNDO – EUROPA

'Brasil Deve Explicações', Diz Ucrânia Sobre
Paralisação de Projeto Espacial Bilionário

Representante do país europeu faz peregrinação em Brasília
e cobra autoridades sobre andamento das obras em base que
deveria abrigar um lançador de foguetes. Governo brasileiro paralisou
projeto, tocado por empreiteiras do petrolão, sem aviso formal

Por: Joice Hasselmann e
Gabriel Castro, de Brasília
29/04/2015 às 08:19
Atualizado em 29/04/2015 às 11:08

(VEJA.com/Divulgação)
Base de Alcântara, no Maranhão.

O presidente da Agência Espacial da Ucrânia, Oleh Uruskyi, está no Brasil para buscar explicações sobre a paralisação das obras na base de Alcântara, no Maranhão, que deveria abrigar um lançador de foguetes construído em parceria entre os dois países. Embora não tenha anunciado oficialmente a desistência, o governo brasileiro praticamente interrompeu sua parte das obras em 2013 e tem ignorado os questionamentos das autoridades ucranianas sobre o tema.

Em tese, a tarefa brasileira no projeto batizado de Cyclone 4 é a mais simples: a parte civil do empreendimento. As obras são tocadas pela Camargo Corrêa e pela Odebrecht. À Ucrânia cabe a construção do foguete e de outros equipamentos necessários à propulsão. A previsão inicial era de fazer o primeiro lançamento de satélite ainda em 2015, o que não ocorrerá por causa do atraso brasileiro. A crise econômica e o envolvimento das empreiteiras na Operação Lava Jato tendem a agravar o problema.

Uruskyi disse ao site de VEJA nesta terça-feira que a incerteza sobre a parte civil da obra é o que vem prejudicando o avanço do programa. "Por enquanto este é o fato determinante, porque tudo o que diz respeito à parte ucraniana está dentro do prazo", afirmou. Cerca de 85% do projeto do foguete está concluído. Há peças que só não foram entregues no Brasil porque não há espaço pronto para recebê-las em Alcântara.

Apesar das solicitações de audiência, Uruskyi não conseguiu ser recebido pelos ministros de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, da Defesa, Jaques Wagner, da Casa Civil, Aloízio Mercadante, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Nem o presidente da Agência Especial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, permaneceu em Brasília para receber o ucraniano. A tarefa coube ao número dois da AEB. A presidente Dilma Rousseff também ignorou uma carta enviada pelo presidente ucraniano, que pedia um posicionamento sobre o assunto, como mostrou VEJA em uma reportagem publicada dois meses atrás.

Autoridades ucranianas se queixam da falta de respostas do governo brasileiro, que ao mesmo tempo deixa vazar para a imprensa a possibilidade de rompimento do contrato. A Ucrânia suspeita que o Brasil tenha cedido à pressão da Rússia para interromper o programa. Os ucranianos se dizem dispostos até a rever as cláusulas do contrato para evitar um prejuízo maior.

Até agora, o projeto custou mais de 2,5 bilhões de reais aos dois países. O deputado Cláudio Cajado (DEM-BA), que é presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Ucrânia, diz que o governo brasileiro não pode iniciar um empreendimento como esse sem planejamento orçamentário para cobrir os gastos. "Se essa for a justificativa para interromper o programa, seria crime de responsabilidade", diz ele.

O acordo entre Brasil e Ucrânia foi assinado em 2003. Por causa de sua proximidade com a linha do Equador, a base de Alcântara é reconhecida por ter uma das melhores localizações do mundo para o lançamento de foguetes.

(Reprodução/VEJA)
Pedido de informações sobre atraso em base espacial no Maranhão.

(Reprodução/VEJA)
Pedido de audiência da Ucrânia com ministro
Mauro Vieira (Itamaraty).

(Reprodução/VEJA)
Pedido de audiência de representante da Ucrânia
com ministro Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia).


Fonte: Site da Revista VEJA - 29/04/2015

Comentário: Note leitor que além do Sr. Braga Coelho não ser o único abduzido nesta história, a falta de tato diplomático desta gente chega à beira da covardia e da falta de educação de berço. São pessoas que não prestam, escorregadios, dissimulados e bem vestidos à custa da ignorância e conivência do nosso povo. Aproveito para dar um recado ao Deputado Cláudio Cajado: “Fique fora disto, eles que nos colocaram nesta barca furada, eles que nos tire. Se queres realmente ajudar (o que eu duvido) e não fazer ceninha para mídia e para sociedade, fiscalize e cobre para que esta saída do projeto seja feita da forma correta e o mais rápido possível, mas não interfira no processo”. Aproveitamos para agradecer publicamente ao leitor Stone Vox pelo envio desta matéria.

Comentários

  1. " ENTRE CANIS E HIENÍDEOS"

    Há um velho ditado que diz: "Dê bastante corda a um incompetente, é bem provável que ele vai se enforcar lá na frente". A ideia é que, se alguém está errado ou não, esse não é o caso, o importante é retirar imediatamente o irresponsável do poder, quanto mais o tempo passa, fica óbvio que será mais difícil o processo de extração, e mais fácil o processo de degradação do Programa Espacial Brasileiro.
    Os argumentos e previsões são escatológicas, representam em breve, o quase fim de uma era que se iniciou á 50 anos atras, extremo de uma jornada conquistada com lutas e histórias, ponto final de acontecimentos expressivos que elevam nossa moral e esperança, é uma pena que tanto esforços intelectuais de Engºs, técnicos, Professores, grupos amadores e etc. sejam desperdiçados.

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  2. a Foto da Matéria ficou avariada já que o assunto é sobre a ACS e não do VLS.

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  3. Não terem recebido o ucraniano foi no minimo falta de educação,que governo é esse?...ou melhor desgoverno.

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  4. Essa Revista apoiou fortemente o candidato derrotado, não confio muito nela.

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