Sonda da NASA Detecta Campo Magnético 10 Vezes Mais Forte em Rochas de Marte
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (04/03) no
site “Canaltech” destacando que Sonda
da NASA detecta campo magnético
10 vezes mais forte em Rochas de Marte.
Duda Falcão
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Sonda da NASA Detecta Campo Magnético 10 Vezes Mais Forte
em Rochas de Marte
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: UBC, Universe Today
04 de Março de 2020 às 14h52
No final de fevereiro, pesquisadores divulgaram os resultados do primeiro ano da missão InSight, da NASA,
em uma série de artigos. A sonda pousou
em Marte em novembro de 2018 e já forneceu dados sobre os “marskaques” (equivalentes
a terremotos no Planeta Vermelho), uma possível presença
de água subterrânea, tempestades de poeira e campos magnéticos “cerca de 10
vezes mais forte do que o previsto”.
Publicado
na revista Nature Geosciences, o estudo sobre os campos magnéticos de Marte
compartilhou descobertas muito interessantes e inesperadas. É que lá não existe
uma magnetosfera abrangente para proteger todo o planeta, como temos aqui na
Terra - Marte perdeu essa característica há muito tempo. No entanto, algumas
rochas mantiveram sua magnetização ao longo dos milênios.
Por causa dessas rochas, o Planeta Vermelho ainda tem
algumas pequenas áreas de campo magnético, o que já foi medido anteriormente
por sondas orbitais, mas as novas leituras da InSight, equipada com o primeiro
magnetômetro a pousar na superfície marciana, mostrou que o campo magnético
dentro da cratera onde a sonda pousou é dez vezes mais forte do que se pensava.
Imagem: NASA/JPL-Caltech
Esta cratera é conhecida como "Homestead
hollow" e está localizada na região chamada Elysium Planitia - uma
planície plana e lisa ao norte do equador. Ela é rasa e foi escolhida para o
pouso da sonda porque apresenta uma topologia plana, baixa elevação e poucos detritos
que pudessem atrapalhar a InSight em sua investigação abaixo da superfície de
Marte.
De acordo com Catherine Johnson, autora principal do
estudo, “uma das grandes incógnitas das missões de satélite anteriores era como
seria a magnetização em pequenas áreas”. Ela explicou que “ao colocar o
primeiro sensor magnético na superfície, obtivemos novas pistas valiosas sobre
a estrutura interior e a atmosfera superior de Marte que nos ajudarão a
entender como ele - e outros planetas como ele - se formou”.
Ao medir os campos magnéticos em Marte, os pesquisadores
terão uma peça essencial do quebra-cabeças para entender a natureza e a força
da magnetosfera que Marte teve há cerca de 4,2 bilhões de anos. Com base nos
dados coletados por outras missões, os cientistas deduzem que esse campo
magnético de repente "se desligou", resultando na destruição da
atmosfera pelos ventos solares ao longo de cem milhões de anos.
É através da magnetização de rochas que parte do campo
magnético do planeta se preservou. Mas as rochas na superfície de Marte são
muito jovens para serem magnetizadas por esse campo tão antigo. Então, a equipe
cogita que esses sinais estão vindo do subsolo. “Acreditamos que é proveniente
de rochas muito mais antigas que estão enterradas a até dez quilômetros abaixo
do solo”, disse Johnson.
O magnetômetro da InSight também conseguiu reunir dados
sobre fenômenos que existem no alto da atmosfera superior de Marte e no próprio
espaço ao redor do planeta. Isso foi possível porque, sem uma magnetosfera,
Marte é exposto ao vento solar e eventos climáticos. Isso permite à sonda
estudar os efeitos desses fenômenos na superfície do planeta, o que será
importante para futuras missões de astronautas em Marte.
Outras descobertas são a maneira como o campo magnético
local flutua entre dia e noite e as pulsações curtas que ocorrem por volta da
meia-noite, com apenas alguns minutos de duração. Johnson e sua equipe não
sabem ao certo a causa disso, mas pensam que está relacionado à forma como o vento
solar e outros eventos interagem com Marte.
Fonte: Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é, a toda hora esta Agencia Espacial
apresenta resultados concretos, bem como lança uma nova missão espacial, é
extraordinário.
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