MECTRON - Computador de Missão Embarcado - Tecnologia Inédita no Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia interessante publicada ontem
(26/02) no site “Defesanet.com” destacando que a empresa MECTRON concluiu o
projeto do Computador de Missão
Embarcado, que segundo o site é uma tecnologia inédita no Brasil.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - Base Industrial Defesa – Tecnologia
MECTRON -
Computador de Missão
Embarcado - Tecnologia Inédita no Brasil
MECTRON conclui
projeto de Computador de Missão Embarcado
- tecnologia inédita no Brasil
26 de Fevereiro,
2015 - 20:00 ( Brasília )
Foto – MECTRON
A MECTRON,
subsidiária da Odebrecht Defesa e Tecnologia, concluiu o projeto de um Computador
de Missão utilizando a arquitetura OpenVPX, tecnologia considerada
“estado-da-arte” em módulos eletrônicos embarcados, caracterizada por sua
versatilidade, compactação e operação em ambientes críticos em plataformas do
setor defesa e aeronáutico como aeronaves (tripuladas ou não), veículos
blindados, armamentos inteligentes e outras.
Computadores de Missão são assim chamados por serem utilizados para
gerenciamento dedicado e independente de diversos subsistemas das plataformas
onde estão instalados. Por exemplo, numa aeronave, diferentes computadores de
missão controlam independentemente cada um de seus subsistemas: de navegação,
de comunicação, de armamentos etc.
O modelo funcional do Computador
de Missão projetado pela MECTRON engloba tanto a parte de hardware
como de software, sendo composto por:
· Um SBC (Single
Board Computer), computador numa única placa eletrônica, com alta
capacidade de processamento e memória, para aplicações embarcadas;
· Um módulo DIM
(Módulo de Interface Digital), placa de interfaces digitais;
· Um módulo AIM
(Módulo de Interface Analógica), placa de interfaces analógicas, e,
· Aplicativo de
missão Moving Map.
O SBC possui
processador quad-core de 1,5 GHz, 2 GB de memória RAM DDR3, 8 GB de memória
flash SATA, barramentos PCI Express 2.0 e interface ethernet, entre outras
interfaces. Provendo grande modularidade e versatilidade, os módulos
desenvolvidos dispõem de barramentos e interfaces comuns em aeronaves,
resultando num computador de missão para uso geral, facilmente configurável
para uso em diferentes tipos de plataformas.
Para atendimento aos
requisitos desta tecnologia inédita no país, foi fundamental firmar parcerias
estratégicas com fornecedores, fortalecendo a qualificação e o desenvolvimento
tecnológico do segmento.
Uma parcela deste
projeto, o primeiro desenvolvido no Brasil com esta tecnologia, contou com
apoio da FINEP - Inovação e Pesquisa, empresa pública do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação. Também foi desenvolvido pela Mectron
um equipamento para simulação do ambiente operacional de aeronaves, também
conhecido como “Rig de Aviônicos”.
Com o sucesso alcançado
nos testes funcionais dos modelos de engenharia deste Computador de Missão
Embarcado, a MECTRON busca agora viabilizar a realização de ensaios
ambientais para qualificação do equipamento, processo no qual a empresa possui
ampla capacidade técnica.
Fonte: Site Defesanet.com - http://www.defesanet.com.br
Comentário: Não sei bem se esta tecnologia poderá ser útil
para o setor espacial, mas de qualquer forma ela parece ser muito positiva para
o Setor de Defesa brasileiro. Parabéns a MECTRON. Aproveitando a oportunidade,
como cidadão brasileiro, eu gostaria de questionar a diretoria da MECTRON sobre
a situação do projeto das redes elétricas do VLS-1? A Revisão Preliminar de Projeto
(PDR - Preliminary Design Review) foi realizada pelo IAE em 24/11/2009 (veja aqui) e se minha
memória não esta me enganando, o contrato com a MECTRON foi assinado pelo menos
um ano depois. O IAE tem declarado na mídia que o atraso na entrega das redes elétricas
tem sido um dos fatores para o não lançamento até o momento do VLS-1 VSISNAV.
Entretanto, até agora não houve (pelo menos que eu saiba) qualquer manifestação
ou explicação da MECTRON sobre o assunto, o que consideramos uma atitude que
precisa ser corrigida. É preciso que a empresa use os
meios de comunicação e dê uma posição à Sociedade Brasileira sobre o que está
acontecendo e qual a previsão da empresa para a entrega desses equipamentos.
Notícias oficiosas que chegam de São José dos Campos dão conta de que o IAE estaria em processo de cancelamento
unilateral do contrato do VSISNAV com a MECTRON (a empresa além de não ter
entregue as etapas, entregou com problemas os equipamentos e agora estaria
propondo contratar uma empresa estrangeira chamada ‘HUAG’ com dinheiro do governo) sendo a alternativa do instituto recomeçar o VSISNAV no próprio IAE, o que
neste caso significaria que o lançamento não ocorreria em menos de 3 anos. Será
que esta notícia tem veracidade? A empresa precisa romper o silêncio e se posicionar publicamente,
bem como o IAE, o DCTA e o COMAER e a AEB. O VLS-1 é um programa de suma importância
para o País, pois a tecnologia empregada no mesmo será aproveitada nos outros projetos de veículos lançadores brasileiros
que ainda fazem parte dos planos do IAE e do Brasil (VLS Alfa e BETA) para que possamos atingir finalmente
a nossa independência espacial entrando para o fechadíssimo Clube dos países que
dominam o ciclo completo da Tecnologia Espacial.
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