Brasil Teme Prejuízos Com Parceria Sino-Argentina
Olá leitor!
Segue abaixo a matéria citada abaixo pelo site espanhol sobre
o descontentamento do Governo da “Ogra” com a parceria sino-argentina (que
também incluiu acordos espaciais), matéria esta publicada no dia (06/02) no site
do jornal “O Globo”.
Duda Falcão
ECONOMIA
Brasil Teme
Prejuízos Com
Parceria Sino-Argentina
Fontes diplomáticas criticam 15 acordos bilaterais
firmados
por Cristina Kirchner sem consultar o Mercosul
Por Eliane
Oliveira
06/02/2015 - 6:00
Foto: WU HONG / AFP
Aproximação. Cristina Kirchner posa com o premier chinês, Li Keqiang |
BRASÍLIA
- O estreitamento das relações econômicas e comerciais entre Argentina e China
preocupa o governo brasileiro, que vê nessa aproximação a possibilidade de
perda ainda maior de espaço no país vizinho. Um dos principais fatores de
irritação é um acordo firmado pela Casa Rosada com Pequim que prevê
investimentos chineses na geração de energia elétrica, na indústria, na
produção de equipamentos ferroviários e em pesquisas espaciais. Em visita à
capital chinesa, a presidente Cristina Kirchner assinou na quarta-feira 15
acordos de cooperação e uma declaração conjunta de “fortalecimento da associação
estratégica integral”.
Com
a economia argentina em frangalhos e de pires na mão, Cristina concordou que as
empresas chinesas levem mão de obra e importem insumos e bens de capital em
condições mais vantajosas que as concedidas a outros parceiros comerciais.
Empreiteiras chinesas também serão beneficiadas com a construção, sem
licitação, de duas usinas hidrelétricas, com as mesmas facilidades
alfandegárias voltadas ao Mercosul.
—
Em primeiro lugar, a Argentina não poderia, sozinha, tomar essa decisão. Seria
o mesmo se o Brasil fizesse um acordo em separado com a União Europeia e ponto
final. Esse acordo perfura e fragiliza o Mercosul. A China passa a concorrer em
igualdade de condições com os parceiros do bloco, seja exportando para a
Argentina sem tributos ou entrando em empreendimentos naquele país — alertou o
presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de
Castro.
O
fato é que o Brasil tem limitações legais para ajudar diretamente os vizinhos
com dinheiro. Quando o petróleo estava em alta, por exemplo, a Venezuela
comprava títulos da dívida argentina. O governo brasileiro tem feito sua parte
relevando a imposição de uma série de barreiras às exportações do Brasil.
—
A China chega aonde existe um vácuo — admitiu uma fonte da área diplomática.
INFRAESTRUTURA E RESERVAS CAMBIAIS
Sem
crédito no mercado externo, a Argentina encontra na China uma forma de financiar
seus projetos de infraestrutura e melhorar suas reservas cambiais. No entanto,
esse tipo de atitude poderá abrir mais uma crise entre a Casa Rosada e o
Mercosul.
Junto
com os Estados Unidos, a China e a Argentina são os principais destinos das
exportações brasileiras. Segundo o Sistema Integrado de Comércio Exterior
(Siscomex), em 2014 o Brasil exportou US$ 14,2 bilhões para o mercado argentino
— 27,19% a menos que em 2013. Suspeita-se que parte dos produtos que deixaram
de ser vendidos para os vizinhos tenha sido substituída por mercadorias
chinesas, especialmente itens manufaturados. Já os embarques para a China
somaram US$ 40,6 bilhões, uma queda de 12% ante o ano anterior.
Veja a matéria original clicando aqui.
Fonte: Site do jornal “O Globo” - 06/02/2014
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