Conheça Todos os Satélites Já Produzidos no Brasil
Olá leitor!
Com o lançamento do Cubesat
AESP-14 no dia de ontem, são agora nove satélites desenvolvidos no Brasil que atingiram a órbita e estão
funcionando ou funcionaram por algum tempo, e para que você leitor saiba quais
são esses satélites trago agora abaixo a lista deles.
SATELITES
EXITOSOS
DOVE (Oscar 17) – O microsatélite amador “DOVE (Digital
Orbiting Voice Encoder)” ou “OSCAR 17” foi o primeiro satélite brasileiro sendo fruto da iniciativa do
radioamador brasileiro “Junior Torres de Castro (PY2BJO)".
O DOVE foi
lançado da Base de Kourou, na Guiana Francesa em 22/01/1990 a
bordo de um foguete ARIANE-40 H10, da Agência Espacial
Européia (ESA), e segundo
informações do Sr. Luiz Fernando Pesce
(amigo do Junior Torres) o Dove inicialmente
havia sido criado para ter uma vida útil de 6 anos, mas durou 8 anos,
até que suas baterias se esgotaram.
Segundo
consta, o objetivo na época do idealizador do DOVE era transmitir para crianças
de todo o mundo mensagens em várias línguas.
Informações Sobre
o DOVE
Tipo: Satélite de Comunicação Amadora
Operador: Radio Amateur Satellite
Corporation do Brasil (BRAMSAT)
Configuração: Amsat-NA Microsat
Energia: Células Solares e baterias
Massa Total: 12 kg
Lançamento: 22/01/1990
Local: Base de Kourou (Guiana Francesa)
Foguete: ARIANE-40 H10 (ESA)
Situação Atual: Não operacional
OBS: Não sei o
porquê dos radioamadores brasileiros não seguiram produzindo satélites, mas a
verdade é que hoje a única iniciativa de valor do Sr. José Raimundo Braga Coelho junto a nossa agência espacial,
favorece iniciativas para projetos como este do DOVE. Assim sendo aproveito
para sugerir a Comunidade de Radioamadores Brasileira para que se articulem
junto a AEB e busquem apoio e assim realizarem um novo projeto de satélite.
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
SCD-1 – O minisatélite SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados – 1) foi o primeiro satélite
oficial do Brasil sendo desenvolvido
pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) no âmbito da antiga Missão
Espacial Completa Brasileira (MECB).
O SCD-1 partiu do Kennedy Space
Centre, na Flórida (EUA), em 09/02/1993 através de um avião
bombardeiro B-52 de onde então foi lançado exitosamente ao espaço através
de um foguete Pegasus da empresa Orbital Sciences Corporation (OSC), e onde se encotra operacional até hoje.
O
objetivo do SCD-1 é fornecer dados ambientais
diários coletados nas diferentes regiões do território brasileiro através de um
Sistema de Coleta de Dados Ambientais
baseado na utilização de Satélites e
Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) espalhadas
pelo país.
Informações Sobre
o SCD-1
Tipo: Satélite de
Coleta de Dados
Operador: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Forma: prisma de base octogonal
Dimensões: 1m de diâmetro, 1,45m altura
Massa Total: 115 Kg
Potência Elétrica: 110 W
Estrutura: Paíneis colméias de alumínio
Estabilização de Atitude: rotação
Controle Térmico: Passivo
Transponder de coleta de dados: Na faixa UHF/S
TT&C: Na banda S
Experimento: Células solares
Órbita: Circular de 750 Km de altitude, 25
graus de inclinação
Lançamento: 09/02/1993
Local: Kennedy Space Center (EUA)
Foguete: Pegasus (EUA)
Situação Atual: Operacional
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
SCD-2 - O minisatélite SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados – 2)
foi o planejado pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE) no âmbito da antiga Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) e desenvolvido durante
os primeiros anos de gestão da Agência
Espacial Brasileira (AEB).
O SCD-2 partiu
do Kennedy Space Centre, na Flórida (EUA),
em 22/10/1998 através de um avião L-1011 de onde então foi lançado
exitosamente ao espaço através de um foguete Pegasus da empresa Orbital Sciences Corporation (OSC), e onde se encotra operacional até hoje.
O
objetivo do SCD-2 é também fornecer dados ambientais
diários coletados nas diferentes regiões do território brasileiro através de um
Sistema de Coleta de Dados Ambientais
baseado na utilização de Satélites e
Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) espalhadas
pelo país.
Informações Sobre
o SCD-1
Tipo: Satélite de
Coleta de Dados
Operador: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Forma: Prisma de Base Octagonal
Dimensões: 1m de diâmetro e 70 cm de altura
Massa Total: 115 Kg
Potência Elétrica: 120 W
Estrutura: Paíneis colméias de alumínio
Estabilização de Atitude: rotação (34rpm)
Controle Térmico: Passivo
Transponder de coleta de dados: Na faixa UHF/S
TT&C: Na banda S
Experimento: Células solares
Experimento: Roda de reação
Órbita: Circular de 750 Km de altitude, 25
graus de inclinação
Lançamento: 22/10/1998
Local: Kennedy Space Center (EUA)
Foguete: Pegasus (EUA)
Situação Atual: Operacional
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
CBERS-1 - O satélite CBERS-1 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres - 1) foi o
planejado pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) ainda no âmbito da antiga Missão Espacial Completa Brasileira (MECB) e desenvolvido em
parceria com Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial (CAST na
sigla em inglês) durante o período da MECB
e os primeiros anos de gestão da Agência
Espacial Brasileira (AEB).
O CBERS-1 foi
lançado exitosamente ao espaço do Centro
de Lançamento de Taiyuan, na China,
em 14/10/1999 através de um foguete chinês
Longa Marcha 4B, sendo este o primeiro satélite desenvolvido conjuntamente
entre os dois países e sendo este programa de satélites concebido na época como
um modelo de cooperação horizontal e intercâmbio entre países em
desenvolvimento.
Informações Sobre
o CBERS-1
Tipo: Satélite de
Sensoriamento Remoto (Observação da Terra)
Operadores: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial (CAST)
Dimensões do Corpo: (1,8 x 2,0 x 2,2) m
Dimensões do Painel: 6,3 x 2,6 m
Baterias:
2 x 30 Ah NiCd
Massa Total: 1450 Kg
Potência Gerada: 1100 W
Estabilização: 3 eixos
Supervisão de Bordo: Distribuída
Comunicação de Serviço (TT&C): UHF e banda S
Altitude da Órbita Hélio-Síncona: 778 Km
Propulsão a Hidrazina: 16 x 1 N; 2 x 20 N
Tempo de vida (confiabilidade de 0,6): 2 anos
Lançamento: 14/10/1999
Local: Cento de Lançamento de Taiyuan
(China)
Foguete: Longa Marcha 4B (China)
Situação Atual: Não operacional
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
CBERS-2 - O satélite CBERS-2 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres - 2)
também foi o planejado pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) ainda no âmbito da antiga Missão Espacial Completa Brasileira (MECB)
para ser desenvolvido em parceria com Academia
Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST
na sigla em inglês), mas só foi desenvolvido na gestão da Agência Espacial Brasileira (AEB) como
parte integrante do Programa Nacional de
Atividades Espaciais 1998-2007 (PNAE).
O CBERS-2 foi
lançado exitosamente ao espaço do Centro
de Lançamento de Taiyuan, na China,
em 21/10/2003 através de um foguete chinês
Longa Marcha 4B, sendo este o segundo satélite desenvolvido conjuntamente
entre os dois países dentro do Programa CBERS.
Informações Sobre
o CBERS-2
Tipo: Satélite de
Sensoriamento Remoto (Observação da Terra)
Operadores: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial (CAST)
Dimensões do Corpo: (1,8 x 2,0 x 2,2) m
Dimensões do Painel: 6,3 x 2,6 m
Baterias:
2 x 30 Ah NiCd
Massa Total: 1450 Kg
Potência Gerada: 1100 W
Estabilização: 3 eixos
Supervisão de Bordo: Distribuída
Comunicação de Serviço (TT&C): UHF e banda S
Altitude da Órbita Hélio-Síncona: 778 Km
Propulsão a Hidrazina: 16 x 1 N; 2 x 20 N
Tempo de vida (confiabilidade de 0,6): 2 anos
Lançamento: 21/10/2003
Local: Cento de Lançamento de Taiyuan
(China)
Foguete: Longa Marcha 4B (China)
Situação Atual: Não operacional
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
CBERS-2B - O satélite CBERS-2B (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres – 2B)
foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) em parceria com a Academia
Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST
na sigla em inglês), mas só foi desenvolvido na gestão da Agência Espacial Brasileira (AEB) como
parte integrante do Programa Nacional de
Atividades Espaciais 2005-2014 (PNAE).
O CBERS-2B foi
lançado exitosamente ao espaço do Centro
de Lançamento de Taiyuan, na China,
em 19/09/2007 através de um foguete chinês
Longa Marcha 4B, sendo este o terceiro satélite desenvolvido conjuntamente
entre os dois países dentro do Programa
CBERS.
O CBERS-2B foi
construído para dar continuidade ao programa de imageamento do País, às aplicações
espaciais, e para não interromper os projetos de milhares de instituições e
usuários do Programa CBERS. O CBERS-2B ainda pertencia à primeira
geração do CBERS e, portanto, era
praticamente idêntico aos CBERS-1 e 2..
Não obstante, algumas melhorias foram introduzidas. A principal delas foi
quanto à carga útil, com a substituição do imageador IRMSS por uma Câmera Pancromática de Alta Resolução (HRC).
Outras melhorias foram um novo Sistema
de Gravação a Bordo e um Sistema
Avançado de Posicionamento, que incluiu um GPS (Global Positioning System) e um Sensor de Estrelas.
Informações Sobre
o CBERS-2B
Tipo: Satélite de
Sensoriamento Remoto (Observação da Terra)
Operadores: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial (CAST)
Dimensões do Corpo: (1,8 x 2,0 x 2,2) m
Dimensões do Painel: 6,3 x 2,6 m
Baterias:
2 x 30 Ah NiCd
Massa Total: 1450 Kg
Potência Gerada: 1100 W
Estabilização: 3 eixos
Supervisão de Bordo: Distribuída
Comunicação de Serviço (TT&C): UHF e banda S
Altitude da Órbita Hélio-Síncona: 778 Km
Propulsão a Hidrazina: 16 x 1 N; 2 x 20 N
Tempo de vida (confiabilidade de 0,6): 2 anos
Lançamento: 19/09/2007
Local: Cento de Lançamento de Taiyuan
(China)
Foguete: Longa Marcha 4B (China)
Situação Atual: Não operacional
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
NanosatC-Br1 – O nanosatélite (cubesat 1U) NanosatC-Br-1 foi desenvolvido pelo Centro Regional Sul (CRS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) em parceria com a Universidade
Federal de Santa Maria (UFRG) na gestão da Agência Espacial Brasileira (AEB) como parte integrante do Programa Nacional de Atividades Espaciais 2012-2021
(PNAE), documento este vergonhoso que
na realidade não passa de uma grande piada e uma clara demonstração da falta de seriedade deste desgoverno
como o PEB , mas enfim...
O NanosatC-Br1
foi lançado exitosamente ao espaço da Base de Dombarovsky, na Rússia, próximo ao Cazaquistão, em 19/06/2014
através de um foguete DNEPR,
como
parte integrante da “Missão ISILaunch
07”.
O NanosatC-Br1 tem como objetivo realizar tres missões no espaço. A primeira delas é uma missão científica que consiste em coletar
dados do Campo Magnético Terrestre principalmente na região da Anomalia
Magnética da América do Sul (AMAS) e do setor Brasileiro do Eletrojato Equatorial
Ionosférico. Para tanto está utilizando um magnetômetro de três eixos da
empresa holandesa XI – Xensor Integration (www.xensor.nl).
A segunda missão é tecnológica e consiste em testar,
em voo um Chip desenvolvido pela
gaúcha Santa Maria Design House (SMDH), da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM), fruto do financiamento do Projeto
CITAR-FINEP, que visa como objetivo maior, futuramente ter esses chips possivelmente
utilizados em missões com outros satélites Brasileiros de maior porte.
Já a terceira e última missão é também tecnológica na qual um software tolerante a falhas foi desenvolvido pela Instituto de Informática da UFRGS com tolerância a radiação e cujo os resultados ainda estão em analise.
Já a terceira e última missão é também tecnológica na qual um software tolerante a falhas foi desenvolvido pela Instituto de Informática da UFRGS com tolerância a radiação e cujo os resultados ainda estão em analise.
Informações Sobre
o NanosatC-Br1
Tipo: Nanosatélite (cubesat) Científico e Tecnológico
Operadores: Centro
Regional Sul (CRS-INPE), INPE-SJC e a Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM)
Medida do satélite: 10cmx10cmx10cm
Massa Total: 1 Kg
Tempo de vida: 1 ano
Experimento 1: Magnetômetro Holandês
Experimento 2: Chip Espacial Brasileiro desenvolvido pela SMDH/UFSM
Experimento 3: Chip FPGA desenvolvido pelo Instituto de Informática da UFRGS
Experimento 3: Chip FPGA desenvolvido pelo Instituto de Informática da UFRGS
Lançamento: 19/06/2014
Local: Base de Dombarovsky (Rússia)
Foguete: DNEPR (Ucrânia e Rússia)
Situação Atual: Operacional
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
CBERS-4 - O satélite CBERS-4 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres – 4) foi o
quinto satélite desenvolvido pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST na sigla em inglês), dando
sequência ao Programa CBERS de
satélites estabelecido na época da antiga Missão
MECB, como parte integrante do Programa
Nacional de Atividades Espaciais 2005-2014 (PNAE), mas já sob a orientação
das atividades previstas no novo Programa
Nacional de Atividades Espaciais 2012-2021 (PNAE).
O CBERS-4 foi
lançado exitosamente ao espaço do Centro
de Lançamento de Taiyuan, na China,
em 07/12/2014 através de um foguete chinês
Longa Marcha 4B, menos de um ano após a falha com o satélite CBERS-3.
Informações Sobre
o CBERS-4
Tipo: Satélite de
Sensoriamento Remoto (Observação da Terra)
Operadores: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial (CAST)
Massa Total: 2080 kg
Potência Gerada: 2300 W
Taxa de Dados: 300 Mbit/s
Vida Útil Projetada: 3 anos
Lançamento: 07/12/2014
Local: Cento de Lançamento de Taiyuan
(China)
Foguete: Longa Marcha 4B (China)
Situação Atual: Operacional
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
AESP-14 – O nono e último satélite desta lista é
o nanosatélite (cubesat) AESP-14
desenvolvido por alunos do Curso de
Engenharia Aeroespacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
contando também com o apoio do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O AESP-14 foi
lançado exitosamente ao espaço em duas fases. Na primeira fase o cubesat brasileiro foi lançado da Base
da Força Aérea Americana em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), em 10/01/2015, através
de um foguete Falcon-9 da empresa
americana SpaceX, como parte integrante de uma missão de suprimento para a Estação
Espacial Internacional (ISS na
sigla em inglês) denominada de “Missão Falcon 9
- SpaceX CRS 5”. Depois de dois dias de voo a
Capsula Dragon com o cubesat brasileiro atracou na ISS, e
o AESP-14 foi então transferido para o Modulo Japonês Kibo de
onde ficou aguardando para ser lançado ao espaço.
Finalmente
na manhã do dia 05/02/2015 o segundo canarinho brasileiro (o primeiro
integralmente desenvolvido no Brasil) foi então finalmente lançado ao espaço com sucesso através do dispositivo de
ejeção “JEM Small
Satellite Orbital Deployer (J-SSOD)”.
Informações Sobre
o AESP-14
Tipo: Nanosatélite (cubesat) Tecnológico
Operadores: Instituto
Tecnológico de Aeronáutica e o INPE-SJC
Medida do satélite: 10cmx10cmx10cm
Massa Total: 1 Kg
Tempo de vida: 1 ano
Experimento: Experimento de Radio Amadores
Lançamento
(Primeira Fase): 10/01/2015
Local: Base da Força Aérea Americana em Cabo Canaveral
(EUA)
Foguete: Falcon 9 (EUA)
Lançamento
(Segunda Fase): 05/02/2015
Local: Módulo Japonês Kibo
Lançador: JEM Small Satellite Orbital Deployer
(J-SSOD)
Situação Atual: Operacional
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
SATÉLITES PERDIDOS OU DESTRUÍDOS
Vale lembrar
leitor que outros seis satélites
foram desenvolvidos pelo Brasil, mas
infelizmente por uma razão ou outra eles
não entraram em órbita, ou não
funcionaram ou foram perdidos com a
destruição dos lançadores. Abaixo trago agora para você a lista
desses satélites:
SCD-2A - O minisatélite SCD-2A (Satélite de Coleta de Dados – 2A) foi o terceiro satélite
oficial do Brasil sendo desenvolvido
pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) durante os
primeiros anos de gestão da Agência
Espacial Brasileira (AEB).
O SCD-2 foi
lançado ao espaço do Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA), no Maranhão, em 02/11/1997, através do veículo lançador “VLS-1
VO1” da “Operação Brasil” (note
que o SCD 2A foi lançado primeiro
que o SCD-2), mas infelizmente
devido a uma falha no VLS-1 o
satélite teve de ser destruído junto com o veículo lançador.
Informações Sobre
o SCD-2A
Tipo: Satélite de
Coleta de Dados
Operador: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Forma: prisma de base octogonal
Dimensões: 1m de diâmetro e 70 cm de altura
Massa Total: 115 Kg
Potência Elétrica: 120 W
Estrutura: Paíneis colméias de alumínio
Estabilização de Atitude: rotação (34 rpm)
Controle Térmico: Passivo
Transponder de coleta de dados: Na faixa UHF/S
TT&C: Na banda S
Experimento: Células solares
Experimento: Roda de Reação
Órbita: Circular de 750 Km de altitude, 25
graus de inclinação
Lançamento: 02/11/1997
Local: Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA)
Foguete: VLS-1 VO 1
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
SACI-1 – O microsatélite científico SACI-1 (Satélite de Aplicações Científicas
-1) foi fruto de um projeto desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) com financiamento
integral da Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP) e realizado em colaboração com a Fundação de Ciência Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE)
durante os primeiros anos de gestão da Agência Espacial Brasileira (AEB).
O SACI-1 foi
lançado de carona ao espaço do Centro de
Lançamento de Taiyuan, na China,
em 14/10/1999, ou seja, no mesmo lançamento que colocou em órbita o Satélite CBERS-1, mas infelizmente para
o Brasil (por alguma razão desconhecida) o satélite não funcionou e permaneceu morto no espaço, e assim se encontra
até hoje. O satélite carregava quatro experimentos selecionados pela Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Informações Sobre
o SACI-1
Tipo: Satélite de
Aplicações Científicas
Operador: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Massa Total: 60 Kg
Dimensões: 570 x 440 x 440 mm
Potência Gerada: 150 W
Estabilização por rotação: 6 rpm
Precisão: 1 grau
Órbita: Circular Heliossíncrona
Altitude: 750 Km
Material Estrutural: Alumínio 6061-T6 e aço inox 304
Lançamento: 14/10/1999
Local: Centro de Lançamento de
Taiyuan (China)
Foguete: Longa Marcha 4B (China)
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
SACI-2 - O microsatélite científico SACI-2 (Satélite de Aplicações Científicas
-2) também foi fruto do projeto desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realizado em
colaboração com a Fundação de Ciência
Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE) durante os primeiros
anos de gestão da Agência Espacial
Brasileira (AEB).
O SACI-2 foi
lançado ao espaço do Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA), no Maranhão, em 11/12/1999, através do veículo lançador “VLS-1
VO2” da “Operação Almenara”, mas
infelizmente devido a uma falha no VLS-1
o satélite teve de ser destruído junto com o veículo lançador.
Informações Sobre
o SACI-2
Tipo: Satélite de
Aplicações Científicas
Operador: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Massa Total: 80 Kg
Forma: Prisma retangular com painel circular
Dimensões: Diâmetro do painel: 108 cm; Altura:
60 cm; Largura: 47 cm
Estabilização por rotação: 6 rpm
Precisão: 1 grau
Órbita: Equatorial, 17.5 graus de inclinação
Rotação: Após separação:56-60 rpm; em operação:
6-10 rpm
Altitude: 750 Km
Potência Gerada no Painel: 120 W
Potência da Plataforma: 30 W
Potência da Carga Útil: 50 W
Material Estrutural: Alumínio 6061-T6 e aço inox 304
Lançamento: 11/12/1999
Local: Centro de Lançamento de Alcântara
(CLA)
Foguete: VLS-1 VO 2
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
SATEC-1 – O microsatélite SATEC-1 (Satélite Tecnológico -1) foi fruto de um projeto
desenvolvido pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) que visava testar equipamentos tecnológicos
embarcados no VLS-1, fornecendo
assim maiores informações para futuras aplicações.
O SATEC-1 infelizmente
foi destruído dois dias antes do seu lançamento após a explosão da plataforma
que destruiu o “VLS-1 VO 3” e
vitimou 21 técnicos do PEB no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, em 22/08/2003, durante as
atividades da “Operação São Luís”, no que se
configurou no maior desastre do Programa
Espacial Brasileiro.
Informações Sobre
o SATEC-1
Tipo: Satélite
Tecnológico
Operador: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Massa Total: 65 Kg
Estabilização: Por rotação a 120 rpm
Órbita: 750 km – circular com inclinação de 15
graus
Estrutura: Painéis tipo sanduiche com colmeia e
chapas de face Alumínio
Gerador Solar: Células de Silício gerando 20 W
Bateria: Tipo NiCd – 5 Ah
PCU: Com tecnologia serie linear
Recptor GPS: Adaptado para as condições de voo
Transmissor: Banda S com modulação BPSK
Vida Útil: 6 meses
Destruição: 22/08/2003
Local: Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA)
Foguete: VLS-1 VO 3
OBS: Até hoje
eu não entendi o que foi que o INPE fez com o conhecimento adquirido no
desenvolvimento das plataformas de microssatélites utilizadas nos projetos dos
Satélites SACI 1 e 2 e do SATEC-1.
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
UNOSAT-1 – O
UNOSAT-1 (Undergraduate Orbital Student Satellite) foi o primeiro
nanosatélite desenvolvido Brasil por
um inovador grupo de alunos de Engenharia
Elétrica da Universidade Estadual de
Londrina (UEL) e da Universidade do
Norte do Paraná (UNOPAR), e tinha como objetivo colocar em prática as
teorias aprendidas em sala de aula.
O nanosatélite
fazia parte do Projeto SPRACE, um
programa de pesquisa aeroespacial, científico e educativo mantido pela UNOPAR e conduzido pelo Prof. Fernando Stancato, mas que
infelizmente com a destruição do satélite não sofreu continuidade, o que foi
uma pena.
O UNOSAT-1 também
foi destruído após a explosão da plataforma que destruiu o “VLS-1 VO 3” no Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA), no Maranhão, em 22/08/2003, durante as atividades da trágica “Operação
São Luís”.
Informações Sobre
o UNOSAT-1
Tipo: Satélite
Educativo
Operador: Universidade Estadual de Londrina (UEL)
e a Universidade do Norte do Paraná (UNOPAR)
Massa Total: 8,83 Kg
Dimensões: 460 mm por 250 mm por 85 mm
Órbita: 750 km – circular com inclinação de 16
graus
Dados Transmitidos Para Terra:
* Mensagem em voz identificando o satélite
* Telemetria
* Temperatura dos painéis solares
* Temperatura das Baterias recarregáveis
* Temperatura do transmissor e do computador de bordo
* Tensão das baterias
* Aceleração centrípeta
Destruição: 22/08/2003
Local: Centro de Lançamento de
Alcântara (CLA)
Foguete: VLS-1 VO 3
X-X-X-X-X-X-X-X-X-X
CBERS-3 - O satélite CBERS-3 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres – 3) foi o
quarto satélite desenvolvido pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST na sigla em inglês), dando
sequência ao Programa CBERS de
satélites estabelecido na época da antiga Missão
MECB, como parte integrante do Programa
Nacional de Atividades Espaciais 2005-2014 (PNAE), mas já sob a orientação
das atividades previstas no novo Programa
Nacional de Atividades Espaciais 2012-2021 (PNAE).
O CBERS-3 foi
lançado ao espaço do Centro de
Lançamento de Taiyuan, na China,
em 09/12/2013 através de um foguete chinês
Longa Marcha 4B, mas infelizmente por falha de funcionamento do veículo
lançador, o CBERS-3 não foi
posicionado na órbita prevista, resultando assim em sua reentrada na atmosfera
da Terra.
Informações Sobre
o CBERS-3
Tipo: Satélite de
Sensoriamento Remoto (Observação da Terra)
Operadores: Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial (CAST)
Massa Total: 2080 kg
Potência Gerada: 2300 W
Taxa de Dados: 300 Mbit/s
Vida Útil Projetada: 3 anos
Lançamento: 09/12/2013
Local: Cento de Lançamento de Taiyuan
(China)
Foguete: Longa Marcha 4B (China)
Pois é leitor e assim o Blog BRAZILIAN SPACE finaliza a história dos satélites desenvolvidos
no Brasil, para que assim o nosso
leitor possa conheçer um pouco melhor o nosso Programa Espacial.
Duda Falcão
Exelente y consisa reseña!
ResponderExcluirSería interesenate ver algo similar sobre las misiones satelitales planificadas para el futuro y incluyendo las que están en desarrollo.
Saludos
Saludos
Estimado Gustavo!
ExcluirLas missiones para los próximos dos años son los nanosatélites “Serpens”, “14-BISat”, “ITASAT-1”, “NanosatC-Br-2”, “CONSAT-1” y tubesat “Tancredo-1” de la Escuela de Ubatuba (SP). Sin embargo para los satélites que se ajustan al INPE, lo único mismo que se está haciendo en la actualidad es el Amazonia-1, fuera lo que se está negociando con China, que es el CBERS-4B, debido al hecho de que su equipo tiene sido producidos por duplicado en el contrato CBERS-3 y 4. Los otros satélites que se hablan y el Sabia-MAR, el SCD-Hydro, o Amazonia-2, IBSA, entre otros, para el Blog BRAZILIAN SPACE todavía están en el campo de Sci.
Saludos desde Brasil
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Boa tarde : é ótimo a evolução, mas são tantos satélites no brasil q. fico pasma. pq motivo aqui em campo grande RJ no bairro jardin nova guaratiba ( brito ) pegava tão bém as emissoras rede vida canal (34 ), a tv senado canal ( 49 ) e a tv brasil, canal ( 32) no dia 10 de maio 2015 sairão fora doar, sumiram ! os senhores podem me explicar o que aconteceu ? onde posso ir para pedir a volta do sinal ? ( cep: 23047 - 615 ) AJUDEM-ME POR FAVOR. MARIANA
ExcluirCara Sra. Mariana!
ExcluirSugiro que entre em contato com a sua operadora caso a senhora tenha TV Fechada, e caso sua TV seja aberta, chame um técnico para ver a sua antena. Tá ok?
Boa sorte!
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Olá!
ResponderExcluirAntes de Tudo gostaria de parabenizar o Blog por esta excelente matéria que nos traz uma visão mais completa do Programa de Nano, Micro e Satélites de Pequeno porte que tem sido desenvolvidos no pais desde a Década de 90.
A matéria expõem as tentativas do pais de alcançar tanto quanto possível a capacidade de desenvolver e construir seus próprios satélites com o máximo de independência possível.
Como eu disse em um comentário de um post anterior, nossos centros de pesquisa e seus excelentes profissionais ( pelo menos a maioria ), trabalham basicamente fazendo milagres para conseguir almejar resultados, mesmo com o baixíssimo investimento que tem recebido, e pelo baixo reconhecimento que a nossa sociedade tem para com estes profissionais.
Realmente deixo aqui meus parabéns a todas as pessoas que desde o inicio do programa espacial brasileiro tentaram contribuir ao máximo com suas forças e recursos para com o nosso programa espacial.
Obs:. Realmente como foi exposto na matéria e como eu já havia citado em um comentário anterior, o que será que foi Realmente feito com todo o conhecimento adquirido no desenvolvimento destes
Nano, Micro e Satélites de Pequeno porte que foram desenvolvidos no pais? E o mesmo conhecimento não poderia ( se já não o estiver sendo ) ser utilizado em projetos atuais e futuros de nosso programa espacial?
E mais, eu não me conformo em como a AEB não se utiliza de um projeto similar ao lançador Pegasus da empresa Orbital Sciences Corporation, acredito que com uma otimização dos propulsores solidos poderia substituir os quatro propulsores sólidos do primeiro estagio e o propulsor do segundo, reduzindo as chances de falhas como aconteceu nas duas únicas tentativas de lançamento mal sucedidas.
Estimado Duda,
ResponderExcluirLeyendo este artículo caigo en cuenta que el Dove fue lanzado al espacio el mismo día que el LUSAT-1 (22/01/1990). Es más, fueron lanzados juntos desde el centro espacial de Guayana Francesa en un cohete Ariane.
Le estoy enviando por correo una foto en la que creo se ven ambos satélites (DOVE y LUSAT-1) en el módulo de adaptación. ¡Vaya casualidad!
Saludos
Ola! Estou fazendo um trabalho sobre custos de satélites e gostaria de saber os custos desses satélites e também artigos que tratam sobre o assunto.
ResponderExcluirOlá Unknown!
ExcluirInfelizmente não temos essas informações.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Útil
ResponderExcluirParabéns pela matéria, que pena que nossos investimentos são baixos nessa questão, ainda mais, depois da fatalidade com a base de Alcântara
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