Ministro Anunciou Bolsas do CNPq Para Pesquisadores do Projeto Sirius
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada dia (19/12) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que Ministro anunciou Bolsas do CNPq para pesquisadores do Projeto Sirius.
Duda Falcão
Notícias
Ministro Anuncia Bolsas do CNPq Para
Pesquisadores do Projeto Sirius
Governo
federal planeja capacitar pessoal no exterior a operar a nova fonte
de
luz síncrotron brasileira. CNPEM e LNLS assinaram contrato de construção.
Por
Ascom do MCTI
Publicação:
19/12/2014 | 16:57
Última
modificação: 19/12/2014 | 18:34
Crédito:
Ascom/MCTI
Campolina
destacou que o projeto Sirius deve reforçar o "enfoque
multiusuário"
das políticas de apoio a grandes ferramentas científicas.
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O ministro da
Ciência Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, anunciou
nesta sexta-feira (19), em Campinas (SP), a concessão de 100 bolsas do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) para
pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
"As bolsas, de doutorado e pós-doutorado, são para qualificar
pesquisadores na utilização de fontes de luz síncrotron de terceira
e quarta geração, no desenvolvimento de tecnologias críticas e na
construção desse novo anel", detalhou Campolina, durante a cerimônia de
assinatura do contrato de construção do prédio do projeto Sirius, nova fonte de
luz síncrotron brasileira. "O projeto vai ocorrer ao longo de vários anos
e nós precisamos capacitar pessoas. É uma aposta científica permanente, para a
qual, portanto, temos que estar atualizados."
Segundo o
presidente do CNPq, Glaucius Oliva, a ideia é repetir a trajetória em torno da
construção do anel UVX, única fonte de luz síncrotron da América Latina,
máquina de segunda geração operada desde 1997 pelo Laboratório Nacional de Luz
Síncrotron (LNLS), unidade do CNPEM. "Durante dez anos, inúmeros
estudantes e pesquisadores brasileiros se formaram no exterior e se
qualificaram para usar essa fonte", disse ele, em entrevista após o
evento.
"Para ter
melhor uso de uma infraestrutura de pesquisa você precisa de pessoas
qualificadas para compreender o alto brilho dessa fonte, a natureza da radiação
e como ela é produzida", explicou Glaucius. "Esperamos motivar jovens
estudantes e pesquisadores brasileiros a ir ao exterior aprender a utilização
de fontes de luz síncrotron de terceira geração, para que, quando aqui chegar a
de quarta geração, eles estejam prontos para utilizá-la."
Campolina
destacou que o projeto Sirius deve reforçar o "enfoque multiusuário"
das políticas de apoio do governo federal a grandes ferramentas científicas.
"Essa experiência que se consolida em Campinas, de um laboratório de
fronteira aberto a diversas áreas do conhecimento e atividades econômicas e
acadêmicas do país e do exterior, deve servir de referência para que o MCTI
reestruture seus laboratórios nacionais numa perspectiva de uso
compartilhado", observou o ministro. "O descerramento hoje da pedra
fundamental do Sirius tem um papel histórico, decisivo, de mudar o cenário da
ciência e da tecnologia do Brasil."
Execução
O ministro
assinou um termo de compromisso com o diretor geral do CNPEM, Kleber Franchini,
e o diretor do LNLS, Antonio José Roque, a fim de conjugar esforços na execução
do projeto da nova fonte de luz síncrotron. Franchini e Roque ainda firmaram o
contrato de construção do Sirius com o presidente da empresa responsável pela
obra, Racional Engenharia, Newton Simões Filho.
De acordo com o
presidente do Conselho de Administração do CNPEM, Pedro Wongtschowski, a
indústria brasileira vem sendo convidada a estabelecer parcerias. "São
exemplos a construção de eletroímãs e câmaras de vácuo, equipamentos
eletrônicos e de mecânica de precisão. Mais de 50 empresas nacionais já se
envolveram até agora na discussão dos desafios de construir os vários
componentes do projeto", destacou Wongtschowski. "É nosso desejo
aplicar pelo menos dois terços dos recursos financeiros do projeto dentro do
país."
O diretor do LNLS
explicou que a fonte de luz síncrotron pode ser aplicada em diversas áreas da
ciência. Ele citou como exemplo uma pesquisa do Laboratório Nacional de
Biociências (LNBio), outra unidade do CNPEM, que estuda possíveis remédios para
combater a doença de Chagas, um problema endêmico de saúde para a América
Latina, cujos tratamentos atuais têm baixa eficácia na fase crônica.
Conforme Roque
explicou, o trabalho do LNBio precisa visualizar e compreender a estrutura
atômica de uma proteína chamada quinase, para então encontrar uma molécula
inibidora da doença.
"A luz
síncroton, neste caso, é como se fosse um gigante microscópio que permite olhar
a matéria no seu nível atômico. Os pesquisadores já encontraram moléculas com
uma eficiência dez vezes melhor do que os remédios que estão aí na praça. Isso
ilustra a importância desse equipamento. Sem ele, você não conseguiria vencer
aquele gargalo, que é a estrutura atômica dessa molécula", destacou.
Região
O prefeito de
Campinas, Jonas Donizette, classificou a assinatura do contrato como um
presente de Natal para a cidade. "Temos o tamanho de uma capital, com o
10º PIB do Brasil e vários outros indicadores. Não somos uma capital estadual,
mas queremos ser a capital da inovação", disse.
Para o secretário
de Planejamento e Desenvolvimento Regional do estado de São Paulo, Julio
Semeghini, a instalação do empreendimento em Campinas não ocorre por acaso.
"A cidade tem inovação em seu DNA, é o único município paulista que possui
cinco parques tecnológicos, além de sediar uma das melhores universidades da
América Latina e um setor produtivo altamente sofisticado."
Também
compareceram à cerimônia o secretário executivo do MCTI, Alvaro Prata, o
presidente honorário do Conselho de Administração do CNPEM, Rogério Cerqueira
Leite, a pró-reitora de Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), Gláucia Pastore, e o representante do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luiz Antonio Elias.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
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