Mais Alunos de Engenharia Aeroespacial

Olá leitor!

Segue abaixo um interessante artigo sobre o “Cursos de Engenharia Aeroespacial” atualmente existentes no Brasil, publicado que foi na Edição de Nº 33 (Dezembro) do Jornal do SincdCT.

Duda Falcão

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Mais Alunos de Engenharia Aeroespacial

Ensino e Formação

Antonio Biondi
Jornal do SindCT
Edição nº 33
Dezembro de 2014


O mercado de trabalho ainda é incerto. Os cursos devem buscar equilíbrio entre as necessidades atuais, ainda modestas, e o potencial estimado de expansão do setor aeroespacial no país. “Precisamos tomar cuidado para não criar a ilusão de que o atual mercado é amplo.

Setor não é grande o suficiente”, adverte Pedro Lacava, do ITA.

A recente expansão dos cursos de engenharia aeroespacial no Brasil figura como um aspecto de suma importância para o fortalecimento do programa espacial do país. Por outro lado, a existência de um programa forte é a razão de ser dos cursos.

Do contrário, os profissionais formados acabarão migrando para outras áreas — e o esforço empreendido na formação para o setor terá sido, em boa parte, desperdiçado. O professor Pedro Lacava, coordenador do curso de engenharia aeroespacial do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), acredita que o número de formandos do curso é suficiente, hoje, para atender à demanda da região por profissionais do setor. A cada vestibular, dos 170 estudantes que ingressam na instituição, 30 optam por cursar engenharia aeroespacial.

“Sincronizar essas variáveis entre formação e absorção de profissionais é necessário, e bastante complicado”, explica. Percebe-se até mesmo uma certa insegurança nos estudantes do curso, no quesito “garantia de emprego”, o que leva alguns a buscarem mudança da área em que se formarão.

“A perspectiva de quem está na engenharia aeroespacial ainda fica hoje em certo aspecto condicionada à abertura de concurso no DCTA [Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial], no INPE [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais], ou ao trabalho em algumas empresas da região”. Para Lacava, “a demanda do mercado vai depender do quanto estiver aquecido o programa espacial brasileiro”. “Não pode acontecer de o programa não avançar por carência de gente qualificada”.

Nos últimos anos o país assiste à instalação de cursos específicos (veja tabela) voltados aos setores de engenharia aeroespacial e de engenharia aeronáutica. Além da necessidade imperiosa de o surgimento de cursos vir acompanhado de um crescimento do setor, ainda estão em debate várias questões relativas à estratégia aeroespacial brasileira.

Os debates vão desde a linha de formação dos cursos, sua relação com as humanidades e seu caráter crescentemente multidisciplinar, até se a prioridade deveria ser a criação de cursos na área aeroespacial ou na aeronáutica.

A ligação dos cursos com a existência de polos do setor aeroespacial no Brasil é outra discussão recorrente. Atualmente, além dos cursos oferecidos por instituições públicas de ensino superior (como o ITA e a Universidade de Taubaté-Unitau, autarquia da Prefeitura de Taubaté), existem algumas opções também no ensino privado, como as graduações oferecidas pela Universidade do Vale do Paraíba (UniVap) e pela UNIP. No total, são aproximadamente 500 vagas no país inteiro. Um dos principais desafios dos cursos se refere ao fato de que as graduações de engenharia aeroespacial ou engenharia aeronáutica são experiências muito recentes no país.

A maioria das instituições reuniu outras graduações e atividades relacionadas a esse campo para criar essas habilitações. Um exemplo é a própria graduação de engenharia aeroespacial do ITA, que teve início em 2010. A instituição começou a oferecer seus cursos Profissional e Fundamental em 1950, a partir dos cursos de preparação e formação de engenheiros de Aeronáutica da Escola Técnica do Exército.

Nas décadas seguintes surgiriam os cursos de Engenharia Mecânica (1962), Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica (1975) e Engenharia de Computação (1989). Na Universidade de São Paulo (USP), desde 2010 é oferecida a graduação em Engenharia Aeronáutica, na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP).

A escola começou a se envolver no tema em 1973, quando foi criado um grupo de trabalho para o projeto e construção de uma aeronave leve para instrução básica, o IPAI-26-TUCA. Parte deste grupo deu origem em 1978 ao Laboratório de Aeronaves (LAE), no Departamento de Engenharia Mecânica da EESC.

Desenvolvimento

Na Universidade de Brasília (UnB), o curso de graduação em engenharia aeroespacial foi criado em 2012, e a primeira turma deve se formar em 2016.

“Nossa ideia é a de criar um Polo Aeroespacial no Distrito Federal”, explica o professor Paolo Gessini, coordenador do curso, que ingressou como docente na UnB em 2009. À época, Gessini estava no INPE fazendo seu pós-doutorado. O professor destaca que São Paulo já conta com um importante parque no setor, que “certamente ainda crescerá, tanto no Vale do Paraíba, com a força das instituições locais, quanto no entorno da UFABC [Universidade Federal do Grande ABC]”.

Gessini acredita que outros polos venham a se desenvolver junto às demais universidades que oferecem o curso, e considera positivo que o setor se faça presente em todo país. Ele explica que o curso da UnB foi inspirado em outros existentes no Brasil e em outros países. “O Brasil possui uma tradição no setor aeronáutico, e os cursos aeroespaciais são muito mais recentes”, explica.

Em outros países, existem cursos de engenharia aeroespacial mais antigos, que remontam aos anos de 1960 e à corrida espacial. De acordo com Gessini, a graduação em engenharia aeroespacial possui uma formação básica muito sólida em engenharia mecânica. Depois os estudantes se especializam em áreas como eletrônica, combustão, estruturas. O curso da UnB é oferecido no campus do Gama (um dos quatro campi da universidade), “cidade satélite” de Brasília.

A cada ano, 280 estudantes ingressam nas engenharias da UnB, e ao final do terceiro semestre escolhem uma especialidade. “Aproximadamente 50 alunos optam pela engenharia aeroespacial, por ano”, afirma. O curso na UnB foi criado a partir da iniciativa especialmente de dois professores: Carlos Gurgel, da engenharia mecânica, e Leonardo Ferreira, da Física. Informação digna de nota: a Embaixada da Ucrânia incentivou a iniciativa. O setor precisa de investimentos “sérios, contínuos e crescentes”, diz Gessini, para que possa se desenvolver.

“E os centros devem colaborar (e não competir) entre si”. Lacava, por seu turno, adverte: “Precisamos tomar cuidado para não criar a ilusão de que o atual mercado de trabalho é amplo”, de modo que seria importante evitar-se que cursos sejam criados por iniciativa e vontade de poucas pessoas. “O setor não é grande o suficiente para acreditarmos que descentralizar e pulverizar os cursos e o programa aeroespacial brasileiro vai resolver algo, pois não vai”.

Mesmo em São José dos Campos, com tudo o que já está existe, muitas dificuldades são enfrentadas. Assim, novos cursos são bem-vindos, acrescenta o coordenador do ITA, desde que acompanhados de avanços do setor no Brasil. “O primeiro passo me parece ser fortalecer e consolidar o que já existe”.

Regionalização


Na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, o curso de engenharia aeronáutica foi criado em 2009. A primeira turma, cujo vestibular deu-se na virada de 2009 para 2010, deve se formar em março do ano que vem.

O curso de aeronáutica da UFU é oferecido pela Faculdade de Engenharia Mecânica, cujo curso principal foi um dos pioneiros da UFU, comemorando 50 anos em 2015. Atualmente, o curso de engenharia aeronáutica da UFU oferece 40 vagas por ano (20 a cada semestre). O coordenador, professor Odenir de Almeida, explica que o momento não é de ampliação, mas de consolidação do curso.

Para ele, a demanda por vagas no setor irá aumentar, “mas no momento está bem equacionada”. De acordo com Almeida, a instituição vislumbra no futuro oferecer 40 vagas semestrais. “Algo para daqui a cinco, seis, até dez anos, quando estaremos com toda estrutura, laboratórios etc. prontos”. O passo fundamental, acrescenta Almeida, é oferecer “um curso de engenharia aeronáutica de qualidade, uma referência nacional, tal qual ITA e São Carlos”.

Num segundo momento, a inserção de cadeiras na área aeroespacial é uma perspectiva. Em outra etapa, até mesmo a possibilidade de criação de um curso nesse segmento pode ser decidida. “Mas vamos dar um passo por vez”. O professor acredita que parte dos alunos que se formarão em 2015 ficarão na região, em empresas de menor porte, e outros migrarão para as regiões em que atuam as maiores empresas, sobretudo no eixo Rio de Janeiro-São Paulo.

No vestibular do ITA, cuja divulgação dos aprovados para 2015 deve se dar no dia 30 de dezembro, o ingresso é heterogêneo quanto à origem geográfica. A entrada dos alunos está “muito condicionada”, segundo o coordenador, à formação nos (poucos) cursinhos voltados ao ingresso no ITA.

Isso explicaria, ao menos em parte, a distribuição dos ingressantes nos últimos vestibulares, que tem em Fortaleza seu grande destaque. A cidade é tricampeã em aprovados no concurso: 40 candidatos em 2012, 43 em 2013, 71 em 2014 (40% do total de 170 candidatos aceitos).

Além disso, tem sido uma das duas que mais aprova para o ITA já há uma década. “Muitos alunos ingressantes recebiam bolsas dos cursinhos”, destaca Lacava. Assim, para esses cursinhos obter um bom índice de aprovação de seus alunos no ITA é certamente “um marketing muito forte”. Para ele, “de certa forma, os cursinhos acabam definindo em parte o perfil do estudante do ITA”. A comunidade do instituto discute esse fenômeno e seus impactos: se é positivo ou negativo para ele. “As escolas de Fortaleza procuram preparar o aluno para o vestibular do ITA.

É uma cultura local”, sustenta José de Paulo Barros Neto, diretor do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). O ITA conversa com a UFC sobre uma parceria que poderá levar à criação de um curso de engenharia aeroespacial em Fortaleza. Neto explica, no entanto, que nada há de concreto por enquanto. “O governo federal exigiu que o ITA firmasse parcerias com universidades de todas as regiões do Brasil. No Nordeste, foi escolhida a UFC”, diz.

*Colaborou Caio Ramos“

Minha Turma é Pequena, Moramos no CTA”

“Sempre gostei das ciências exatas, e tinha um interesse grande pelas coisas do espaço. Acompanhava as notícias da NASA, e tinha o sonho de garoto de ajudar a humanidade nessa sua trajetória”, conta ao Jornal do SindCT Eduardo Jourdan, aluno do último semestre da graduação em engenharia aeroespacial do ITA.

“No ITA, os cinco anos de curso são separados em Fundamental (dois anos) e Profissional (três anos). Os dois primeiros anos são com todos os cursos juntos, com ênfase em matemática, física e química. A partir do terceiro ano, as turmas são separadas nos respectivos cursos, quando eu escolhi aeroespacial.

A carga horária é bem pesada, sendo a de aeroespacial mais que a dos outros cursos. A média é de sete matérias por semestre.

Em geral, duas a três tardes são ocupadas com laboratórios”, relata. “Minha turma é pequena, com cinco alunos, e moramos dentro do CTA [Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial- DCTA]. Convivemos durante todo o dia, a união da turma é bem importante. É um fator muito positivo da nossa rotina.

Carreira Civil ou Militar?

“No ITA, você escolhe se quer seguir carreira militar ou civil no final do segundo ano. Nas turmas de aeroespacial a proporção entre civis e militares tem sido de 50%”, explica Jourdan sobre essa particularidade do curso oferecido por um instituto da Força Aérea.

“Para os militares, a perspectiva de trabalhar no CTA, IAE, IEAv, é imensa. Na realidade, é a melhor maneira de se trabalhar em engenharia, visto que todos sabemos os problemas de escassez de concursos públicos”, pondera. “Os civis já formados nas turmas de 2012 e 2013 trabalham em empresas como MECTRON, Visiona, Embraer, etc. Outra possibilidade, esclarece, “é continuar no ITA fazendo pós- -graduação com dedicação exclusiva”, que é o seu caso. “O principal problema dessa opção é o baixo valor das bolsas de pesquisa do CNPq, Capes etc., que contribui para a quantidade pequena de alunos que optam por seguir na carreira acadêmica”. (Antonio Biondi)


Fonte: Jornal do SindCT - Edição 33ª - Dezembro de 2014

Comentário: Sugiro aos jovens que pretendem seguir esta carreira no Brasil que leiam com bastante atenção a este artigo. E não se esqueçam de que sempre restará a opção de trabalhar em países mais sérios e comprometidos com o futuro. Busque sempre atuar dentro da ética, ser um bom profissional e “COMPROMETIDO” com que estiver envolvido, seja na área espacial ou em qualquer área que você venha atuar no campo profissional e até mesmo no seu campo pessoal.

Comentários

  1. Não foi citado o curso de engenharia aeroespacial da Universidade Federal do ABC.

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    1. Olá Pedro!

      Realmente no texto do artigo não, mas é citado sim na imagem que acompanha o artigo.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. O artigo é muito bom, mas possui um erro: o curso de engenharia aeronáutica na USP São Carlos é oferecido desde 2002.

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  3. Olá. Desde criança alimento o sonho de ser um engenheiro aeronáutico, no fim do terceiro ano consegui a aprovação na unb aqui de Brasília, mas não entrei no curso em vista de ser novo e de o mercado de trabalho ser muito pequeno... Então atualmente faço cursinho para ingressar no ita ( que realmente é um vestibular que exige estudos muito específicos, ponto negativo na minha opinião). O problema é que sou uma pessoa que preza muito a família, e gosta da cidade de Brasília... Gostaria de saber se há perspectivas para mim, se ao me formar no ita eu teria a oportunidade de trabalhar na área aqui em Brasília, sem precisar ir para o exterior ou morar em outro Estado... Quero participar dessa construção de um polo no centro-oeste... O problema é se isso será possível? Se houver uma chance considerável, ou não, e você puder me responder eu agradeceria muito! (se possível me contate pelo facebook: https://www.facebook.com/gabriel.alvesozorio). Agradeço desde já!

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    1. Cara Equipe Alcavi!

      Como eu posso saber se o governo tem essa pretensão ou não de criar um polo Espacial no Centro-Oeste? O que eu posso dizer a você é que os polos existentes não recebem o apoio devido, e a tendencia é que continue assim enquanto continuamos com governos populistas. Acho sinceramente que se você quer mesmo trabalhar neste setor terá que não escolher onde quer trabalhar, sair de Brasília pode ser uma boa opção, principalmente para fora do país, onde aí sim, dependendo do seu desempenho, os resultados alcançados em todos os níveis serão gratificantes para você e sua família. Tá ok? Sucesso.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Obrigado pela resposta... Bom a questão é que felizmente ou infelizmente eu prezo duas coisas em minha vida, talvez tanto ou mais que o meu próprio sonho e ser engenheiro aeronáutico: 1-O amor da família, e a convivência com a mesma. 2-O amor pelo país e a vontade de ajudar em seu desenvolvimento, se for necessário meu suor, o darei, independente do governo e etc. Esses meus princípios estão se chocando (ser engenheiro aeronáutico e estar longe de quem eu amo pelo resto da vida, e até de minha pátria ou escolher outro meio de realização profissional que me permita estar perto do que eu amo e prezar o que acredito), minha pergunta se volta para a seguinte questão: Poderia eu, apesar das adversidades de nosso país, de minha cidade, aproveitando o que estamos construindo por meio da Unb, e em território nacional, com o espírito de Santos Dumont tentar desenvolver essa profissão e posteriormente incubar uma empresa, teria chances positivas de sucesso? Se puder responder-me novamente, eu agradeceria!

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    3. Caro Equipe Alcavi!

      Programa espacial se faz com a participação governamental, sem ela não é possível se alcançar sucesso. Este é o modelo legal, científico, tecnológico e comercial adotado no mundo, e continuará assim ainda por muito anos, mesmo depois de sua morte. Tentativas de montar Start-ups Espaciais já ocorreram no Brasil e as que eu conheço não deram certo (Edge Of Space, Airvantis, Acrux Aerospace Technologies, entre outras) e todas centralizadas no Polo Espacial do Brasil, ou seja, em São José dos Campos. Se queres trabalhar com segurança nessa área terá de deixar o Pais e caso não esteja disposto a fazer isso, então ou arrisca ou muda de profissão, pois do jeito que está, com esses vermes no poder o PEB está condenado.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    4. Obrigado novamente pelos esclarecimentos,

      Meu interesse sempre foi maior por aviões, este setor é relativamente bem desenvolvido no Brasil certo? Realmente eu entendo que na questão aeroespacial de foguetes e programas espaciais esta fora de questão, principalmente em Brasília... Mas quanto a engenharia aeronáutica da parte de aviões, helicópteros, e etc... Gostaria de saber quais as perspectivas nessa área, a aviação, gostaria de saber se é possível desenvolver hoje em dia uma empresa que trabalhe no desenvolvimento de tecnologias (componentes e etc de aviões e/ou helicópteros) ou mesmo trabalhar na área de projetos para alguma empresa ou órgão (como o exército), me restrinjo especificamente ao mercado de trabalho brasiliense... Uma start-up nessa área pode ser promissora? Posso trabalhar nessa área no Brasil, ou em Brasília? Se puder me responder novamente eu agradeceria, sei que as perguntas realmente são quase as mesmas... Mas acredito que sua resposta se voltou mais para o setor de foguetes e etc...

      Agradeço desde já, Gabriel Alves.

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    5. Olá Gabriel!

      A área Aeronáutica não é de minha alçada nem tema do meu Blog. Entretanto creio eu que nesta área já existe um setor desenvolvido e estabilizado, mas não em Brasília. Se queres montar uma Start-up nesta área em Brasilia pode até fazê-lo, mas seria difícil enfrentar a concorrência que esta instalada em São José do Campoos, especialmente para atender a EMBRAER, empresa esta que sustenta todo este setor. tá ok?

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    6. Certo, muito Obrigado!

      Por este motivo pretendo ingressar no ita, para receber um bom diploma e ter uma boa capacitação por meio de meu esforço pessoal, e claro devido a disponibilidade de minha família para pagar um cursinho de qualidade, algo que todo brasileiro deveria ter... Se você souber algum site que fale sobre a área eu agradeceria... Eu andei pesquisando muito esses dias, e descobri que com a compra dos caças gripen, que virão em boa parte para uma base aqui em Anápolis (cidade próxima de Brasília e Goiânia), o governo de Goias em parceria com o de Brasília estão tentando criar um pólo aeronáutico na região, e parece que é um projeto bem promissor devido a vários fatores: Já está criado um apoio de universidades de qualidade da região (Unb,UfG se não me engano e outras...), o pólo econômico Brasília-Goiânia-Anápolis vem se desenvolvendo muito rapidamente, já é o segundo maior do Brasil e só perde para o pólo do sudeste, o governo parece estar conseguindo trazer uma multinacional portuguesa, cuja a Embraer é sócia majoritária, para a região (o nome da empresa me fugiu agora), e pelo que andei pesquisando, apesar de provavelmente ser algo momentâneo, há uma tentativa forte de descentralização da produção aeronáutica(de SJC para o restante do Brasil). Parece uma região promissora para novos investimentos, não posso afirmar com certeza mas continuarei a pesquisar! Além do fato de que é provável que em uma ou duas décadas aconteça uma conurbação entre Brasília e Goiânia, e a população da região dobre(devido a um crescimento tão rápido quanto o de uma cidade chinesa). Nesse sentido, acredito que seria possível viver na região como engenheiro aeronáutico, razão esta que me fez optar por seguir com o meu projeto, nunca parando de pesquisar sobre, claro!(principalmente sobre a carreira agora).

      Desculpe o texto, agradeço novamente, Gabriel Alves.

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    7. Bom Gabriel, neste caso, se realmente o Polo for instalado, ai sim as oportunidades seriam boas, mas eu duvido muito disso. De qualquer forma se queres ser Engenheiro Aeronáutico suas chances de emprego aumentam muito. Boa sorte na sua escolha.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    8. Certo, obrigado novamente, parabéns pela iniciativa do blog,, precisamos nos informar mais sobre essa área! Recomendo inclusive um livro que acabei achando aqui sobre o mercado da aeronáutica:http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/livro/cadeia_aeronautica.pdf, lhe desejo sucesso, continuarei acompanhando!

      Gabriel Alves.

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  4. Excelente texto. Bem real e esclarecedor. Estou quase me graduando em engenharia aeroespacial pela UnB e infelizmente tenho poucas esperanças de crescimento do setor no Brasil.

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    1. Olá Lucas!

      E você está corretíssimo. Porém sempre haverá a possibilidade de você trabalhar lá fora em países de verdade que apostam no futuro. Se surgir pra você uma chance como esta aproveite.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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