Pesquisa no INPE Pode Revelar “Estrelas Estranhas”
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada hoje (16/12) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que pesquisas no instituto pode revelar “Estrelas Estranhas”.
Duda Falcão
Pesquisa no INPE Pode
Revelar “Estrelas Estranhas”
Terça-feira, 16 de Dezembro de
2014
A possibilidade de existirem estrelas “estranhas” no Universo está em
estudo no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos
Campos (SP). Com propriedades físicas diferentes daquelas compostas pela
matéria “normal”, essas estrelas em condição de alta densidade teriam
aproximadamente um terço dos seus quarks convertidos num tipo especial, que vem
sendo chamado de “quark estranho”.
Estudo do INPE sobre as condições para identificar a existência de
estrelas estranhas foi destaque na revista científica eletrônica Space.com, especializada
em ciências espaciais, exploração espacial e tecnologias derivadas do acesso ao
espaço. Na matéria "Ripples in
Space-Time Could Reveal Strange stars", são destacados
os principais resultados obtidos pelo doutorando Pedro Moraes, da Pós-graduação
em Astrofísica do INPE. O estudo, orientado pelo pesquisador Oswaldo D.
Miranda, foi recentemente publicado no periódico especializado "Monthly Notices of the Royal
Astronomical Society Letters".
“Nos sistemas binários com pelo menos uma estrela estranha, são
produzidas assinaturas em ondas gravitacionais diferentes daquelas que seriam
obtidas para duas estrelas normais”, explica Oswaldo D. Miranda. “Ondas
gravitacionais são perturbações no tecido do espaço-tempo, sendo, nesse caso,
produzidas quando as estrelas entram em processo de coalescência - ou seja, vão
se aproximando até que ocorra a fusão das duas estrelas”.
Miranda destaca que não houve detecção de ondas gravitacionais durante
dois surtos de explosão gama (GRB - Gamma Ray Bursts) analisados pelo
experimento LIGO (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory), dos
Estados Unidos. A "não detecção" durante esses fenômenos
poderia ser explicada caso uma das estrelas fosse estranha.
“A motivação para essas ideias vem também da física de partículas. Nos
últimos anos, a ciência tem buscado identificar em quais condições a matéria
normal poderia ser convertida em matéria estranha. Essa matéria teria mais
estabilidade, especialmente em objetos que estão em condições físicas extremas
como as chamadas estrelas de nêutrons. E o laboratório natural para testar
essas ideias e conceitos é o espaço”, conclui o pesquisador do INPE.
Crédito da imagem: LIGO
Scientific Collaboration (LSC)
Processo de coalescência (fusão das estrelas). |
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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