INPE Solicita Registro de Programa SATCS Para Controle de Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada ontem (22/12) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o instituto solicitou
ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) o registro de programa
SATCS para controle de satélites.
Duda Falcão
INPE Solicita Registro de Programa
SATCS Para Controle de
Satélites
Segunda-feira, 22 de Dezembro de 2014
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
solicitou o registro do “Framework de Sistemas de Controle de Satélites –
SATCS” ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O pedido na
modalidade “Programa de Computador” foi registrado em 16 de dezembro sob o
número BR 51 2014 001516-5.
O SATCS é um framework de software para construção de
aplicações de apoio à operação de satélites, inteiramente concebido,
especificado e desenvolvido pela Divisão de Desenvolvimento de Sistemas de Solo
(DSS) do INPE.
Esta infraestrutura é composta de vários artefatos de
software que, integrados, proveem um conjunto de serviços customizáveis aos
requisitos operacionais de diferentes missões espaciais. Desenvolvido para
atender programas de grande porte, os produtos SATCS são genéricos e facilmente
configuráveis para monitorar e controlar equipamentos em terra e em voo, com
capacidade de atender uma ampla gama de aplicações, desde nanossatélites até missões
de maior complexidade, como as do programa sino-brasileiro CBERS.
Uma versão customizada do SATCS para o CBERS-4 está sendo
utilizada com sucesso pelo Centro de Controle e Rastreio (CRC) do INPE na
operação do satélite desde seu lançamento, no último dia 7 de dezembro.
O ambiente de operação do SATCS foi configurado para o
controle do CBERS-4 em tempo real e, também, permitir a análise do
comportamento dos subsistemas a partir de dados de telemetria disponibilizados
para acesso, via Intranet do INPE, logo após a cada passagem do satélite.
Aplicações
Versão customizada do SATCS também está sendo utilizada
pelo CRC com sucesso na operação dos satélites SCD-1 e SCD-2. A nova
infraestrutura é empregada ainda na fase de integração e teste do computador de
bordo do satélite Amazônia. O Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE
faz uso de uma biblioteca C disponibilizada pelo SATCS com funções de
monitoração e controle. Além disso, está sendo preprado para a missão de balão
que transportará o experimento ProtoMIRAX, cujas interfaces com a estação de rastreamento
já foram testadas.
As várias aplicações são possíveis graças à flexibilidade
de sua arquitetura, concebida com técnicas avançadas de engenharia de software,
como programação genérica, padrões de projeto e metadados, além da adoção de
processos de controle de qualidade no seu projeto e desenvolvimento. Sua
maturidade é decorrente de um legado de mais de 20 anos de experiência na
construção de sistemas de controle de satélites no INPE pela DSS, garantindo um
alto grau de confiabilidade e uma ampla cobertura de casos de uso reais.
Os serviços fornecidos pelo SATCS atendem a padrões
internacionais de sistemas de dados espaciais, dentre os quais se destacam
aqueles publicados pela Cooperação Europeia para Padronização Espacial (ECSS – European Cooperation for Space Standardization)
e pelo Comitê Consultivo para Sistemas de Dados Espaciais (CCSDS – The Consultative Committee for Space Data
Systems).
Assim, diferentes atividades tipicamente executadas ao
longo do ciclo de vida de uma missão espacial podem ser apoiadas pelo SATCS:
Operação de simulador para concepção de missões espaciais;
Apoio ao desenvolvimento e teste de aviônica de
tratamento de dados a bordo e controle de órbita e atitude;
Controle e monitoração de satélites e seus subsistemas
durante a fase de montagem, integração e testes;
Operação de satélite em órbita.
Além da redução de custos de desenvolvimento, o reúso do
framework em diversas atividades de engenharia espacial reduz os riscos
associados a falhas nos protocolos de comunicação solo-bordo e solo-solo, já
que eventuais incompatibilidades podem ser identificadas antes do lançamento do
satélite. Além disso, a comunalidade evita a duplicação de esforços na
preparação da base de dados do satélite pelas equipes, por exemplo, de
Montagem, Integração e Testes (AIT) e de operação.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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