Presidente da AEB Viaja, Hoje, para China
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (16/08) no site da “Agência Espacial Brasileira (AEB)” destacando que o presidente da agência, Marco Antônio Raupp, viaja hoje para a China acompanhando a comitiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) chefiada pelo ministro Aloizio Mercadante.
Duda Falcão
Presidente da AEB Viaja, Hoje, para China
AEB
16/08/2011
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Raupp, integra nesta terça feira (16) a comitiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) chefiada pelo ministro Aloizio Mercadante, que viaja rumo a China, para participar de visita oficial àquele país. A delegação participará da abertura de duas subcomissões temáticas da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação. A primeira, no dia 21 de agosto a de cooperação espacial e no dia 23 a de ciência, tecnologia e inovação. Ainda faz parte da agenda visitas a instituições chinesas.
Na abertura dos trabalhos, no dia 22 de agosto, a subcomissão de cooperação espacial irá analisar a possível data de lançamento do satélite CBERS-3, estudará a proposta de construção da versão 4b do equipamento sino-brasileiro e debaterá a continuidade e expansão do programa com a quinta e a sexta versão dos satélites.
Graças à família CBERS, o Brasil tornou-se país sensoriador, espécie ainda rara no mundo, e, hoje, é um dos maiores distribuidores de dados de satélite: já forneceu, de graça, mais de 600 mil imagens a milhares de usuários e instituições públicas e privadas. Os dados têm múltiplas utilidades, entre elas a de monitorar desmatamentos e expansão da agropecuária, planejamento urbano e gerenciamento hídrico.
A política de distribuição de imagens produzidas pelo programa Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres para países africanos também será discutida. Em 2007, Brasil e China decidiram oferecer gratuitamente as imagens do CBERS para toda a África. Isso habilitará governos e organizações africanas a monitorarem desastres naturais, desmatamentos, ameaças à produção agrícola e fatores de riscos à saúde pública. O continente já conta com três estações de recepção das imagens do sistema CBERS: CSIR, Hartebeeshoek, na África do Sul; Inta, Maspalomas, nas Ilhas Canárias, Espanha; e NARSS, Aswan, no Egito. A estação no Gabão, que está sendo negociada, depende de um acordo entre esse país, China, Brasil e França.
O encontro discutirá, ainda, a viabilidade de se construir uma versão do satélite equipada com radar de abertura sintética (SAR). A construção do projeto BRICS estará na rodada de conversas.
Outro dilema será tratado, nesses dois dias. Enquanto os chineses gostariam de um apoio de estações terrestres brasileiras a vôos tripulados das missões Shenzhou, os brasileiros gostariam de recepcionar imagens produzidas pelos satélites chineses HJ-1A E HJ-1B.
Em conjunto, os países pretendem estudar a possibilidade de elaboração de um programa decenal de cooperação na área espacial, tendo em vista os termos e resultados do Comunicado Conjunto assinado pelos presidentes Dilma Roussef e Hu Jintao, em abril passado. Brasileiros e chineses também analisarão a criação conjunta de um centro sobre pesquisas meteorológicas por satélite.
O encontro ainda servirá para discutir programas de mobilidade, capacitação e treinamento na área espacial, em parceria com os institutos de ensino e pesquisa da Academia de Ciências da China, com base, inclusive, no programa “Ciências sem Fronteiras”, lançado pelo governo brasileiro.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Apesar dessa nota de agora já trazer algumas novas possibilidades de cooperação espacial ente o Brasil e a China, achamos que as idéias aqui apresentadas estão ainda bastante aquém e tímidas em face das grandes oportunidades que poderiam ser acertadas com os chineses, como por exemplo, troca de especialistas por tempo pré-determinado, desenvolvimento conjunto de tecnologias críticas nas áreas de propulsão espacial, líquida, sólida e avançada, desenvolvimento de novos materiais, eventos universitários de robótica, astronáutica, desenvolvimento de satélites universitários conjuntos, formação e participação de astronautas brasileiros no programa espacial tripulado chinês, missões robóticas conjuntas com envolvimento das comunidades astronômicas de ambos os países e tantas outras possibilidades que fica difícil identificá-las sem um estudo mais aprofundado. Mas acontece que, com a mentalidade e a falta de visão reinante no governo brasileiro, jamais veremos uma cooperação espacial que possibilite se explorar todas as oportunidades possíveis como essa. Lamentável!
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