Saiba Mais Sobre o Tal Projeto PHiLO

Olá leitor!

Ontem (07/10) postei uma notícia de agosto passado sobre um projeto intrigante (PHiLO – Plataforma Hipersônica de Lançamento Orbital) que envolve o CLBI, o ITA, o CRN/INPE, o IEAv e a UFRN (projeto este até então totalmente desconhecido do Blog) na esperança de que aparecesse alguém para explicar do que se tratava, esperança essa que infelizmente não se concretizou. Diante disto, motivado e extremamente curioso fui buscar maiores informações e encontramos na net esta notícia abaixo postada dia 07/10 no ‘Blog Portal no Ar”, notícia que esclarece neste momento de forma satisfatória qual é o objetivo deste Projeto PHiLO.

Duda Falcão

Natal Pode Se Tornar a
Capital Aeroespacial do Nordeste

Por Paulo Lopes
Em 7 de outubro de 2015 às 06:54
Atualizado em 7 de outubro às 06:54


Implementar uma estrutura de ensino e pesquisa, através da criação de cursos de extensão e pós-graduação, e atrair empresas para a instalação do Polo Aeroespacial do Nordeste (PAN), em Natal.

Esses são os objetivos da parceria que está sendo firmada entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Centro de Lançamento Barreira do Inferno (CLBI), o Instituto de Estudos Avançados do Centro Técnico Aeroespacial (IEAv/CTA) de São José dos Campos (SP), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Centro Regional do Nordeste (INPE/CRN) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Representantes dessas instituições estiveram reunidos no dia 20 de agosto, na UFRN, para discutir as responsabilidades dos parceiros e definir uma agenda de ações para que até o final deste ano seja iniciada a fase operacional.

Fotos: Divulgação
Professor George Marinho, da UFRN.

De acordo com o professor George Marinho, da UFRN, que coordenou o encontro, Natal reúne uma série de características favoráveis à instalação de um polo aeroespacial.

“Entre outros aspectos temos aqui um centro de lançamento, uma grande universidade federal, um Batalhão de Engenharia, além de um enorme interesse pela área espacial. Isso qualifica Natal para se tornar a capital aeroespacial do nordeste”, explicou o professor.

Uma etapa importante desse processo de transformação será a instalação de uma Plataforma Hipersônica de Lançamento Orbital (PHiLo), projeto que vem sendo desenvolvido pelos pesquisadores do IEAv, entre eles o professor Antônio Carlos Oliveira, presente ao evento.

Professor Antônio Carlos Oliveira.

Ele explicou que, dentro da parceria, a meta do seu instituto é transferir o atual acelerador hipersônico linear montado em São José dos Campos para a UFRN. “Nosso compromisso também inclui criar um ambiente acadêmico propício para a capacitação de recursos humanos aqui em Natal, apoiar na construção da plataforma hipersônica no CLBI e estabelecer rotinas de lançamento afinadas aos interesses da UFRN, ITA e IEAv”, detalhou Oliveira.

O professor Oliveira explicou que a propulsão hipersônica é uma tecnologia disruptiva, isto é, fora dos padrões convencionais, de lançamento de veículos espaciais. Em vez de motor-foguete, utiliza-se gás a altíssimas pressões (maiores do que 3000 atm) para gerar ignição por onda de choque e, assim, impulsionar o veículo a velocidades hipersônicas, ou seja, cinco vezes maiores que a do som, que é de aproximadamente 1.224 km/h.

Com a parceria, Oliveira reforça que haverá vantagens e benefícios para todas as partes. “Começando pelo IEAv que aumentará sua capacidade de pesquisa com a construção de um novo acelerador hipersônico; a UFRN que será inserida no cenário aeroespacial do país e receberá do IEAv uma estrutura laboratorial de alto valor tecnológico; o CLBI terá lançamentos de nano e microssatélites e poderá conquistar parceiros nacionais e internacionais; o ITA poderá incluir lançamentos reais na formação de seus alunos e o INPE/CRN poderá fazer testes de componentes eletrônicos e realizar experiências de obtenção de dados da atmosfera a baixo custo”, afirmou. Para que tudo saia do papel, os especialistas estimam um investimento em torno de R$ 46 milhões, ao longo de seis anos.

Cel. Maurício Alcântara, diretor do Centro de
Lançamentos da Barreira do Inferno (CLBI).

Pelo lado potiguar, o próximo passo é a definição de um espaço, dentro do CLBI, para a construção de uma estrutura que vai receber parte dos equipamentos que foram disponibilizados para a UFRN pelo IEAv.

Foto: CLBI
Centro de Cultura Espacial em Parnamirim/RN.

Segundo o professor George Marinho, da UFRN, os entendimentos já começaram. “Devido a questões de segurança esses equipamentos não podem ser operados na UFRN, isso deve ser feito em locais que tem experiência com os riscos desse tipo de aparelhagem. O local vai ter que ser estudado, pois envolve o acesso de civis da universidade e de outras instituições ao CLBI. O próximo passo é definir esse local e começar a construir para recebermos esses equipamentos”, afirmou Marinho.


Fonte: Blog do “Portal no Ar” - 07/10/2015 - http://blogs.portalnoar.com/

Comentário: Pois é leitor, como você mesmo pode notar, curiosamente o objetivo do tal Projeto PHiLO é prover o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) de uma plataforma de lançamentos hipersônicos para nano e microsatélites. Ou seja, através da tecnologia hipersônica em desenvolvimento no IEAv, dotar o Brasil e o CLBI do serviço de lançamento orbital de pequenos satélites. Simplesmente fantástico, mas será exequível? Sinceramente duvido muito da forma como a política é conduzida por esses energúmenos que militam nos bastidores de nossa obscura Capital Federal. Entretanto, chamo a atenção dos grupos que atuam no Brasil no desenvolvimento desses pequenos satélites, pois pode está se abrindo aqui uma nova fronteira para seus projetos, caso evidentemente esta pretensão dos órgãos envolvidos venha se tornar realidade. Vamos torcer. Sucesso ao Projeto PHiLO

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