Barreira do Inferno Testa Foguetes
Olá leitor!
Segue abaixo uma antiga pequena matéria publicada hoje (16/10)
no site do jornal “Tribuna do Norte” de Natal (RN), destacando que no dia de ontem
(15/10) foi lançando com êxito do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno
(CLBI) mais um Foguete de Treinamento Básico (FTB).
Duda Falcão
Barreira do Inferno Testa Foguetes
Publicação: 16-10-2015 - 00:00:00
O lançamento
de um foguete no Centro de Lançamentos da Barreira do Inferno (CLBI) na tarde
de ontem (15), durante o VI Simpósio Internacional de Climatologia (SIC),
chamou atenção dos 100 convidados que acompanharam o evento, promovido
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN. Na ocasião, um Foguete
Básico de Testes (FBT) foi lançado na capital potiguar e acompanhado por
estudantes, pesquisadores e oficiais da Força Aérea Brasileira( FAB).
Adriano Abreu
Foguete básico de testes foi lançado ontem na Barreira do Inferno. |
O
diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, coronel
Maurício Lima de Alcântara, explicou que este foguete é básico de
treinamento, e que o lançamento foi feito com o objetivo de treinar a equipe,
além de fazer uma sondagem climática. “A ideia principal é fazer o
treinamento operacional das nossas equipes, estamos com radares
recém-modernizados, também estamos checando se está tudo certo. Juntamos
esse acontecimento com o simpósio de climatologia para que a gente desse
oportunidade aos participantes de visualizarem um lançamento a partir do nosso
centro".
O diretor do
CLBI também esclareceu que o foguete não tinha uma carga útil em função do seu
tamanho. “O foguete pequeno, por isso a velocidade de saída é muito alta, isso
impossibilita a colocação de uma carga útil, o espaço para isso é 5kg, mas é
muito difícil encontrar algo que se adapte a esse tamanho, ele tem o
objetivo basicamente de treinamento”, disse.
O
climatologista Darlan Martines, que acompanhou o lançamento do projétil,
destacou a importância de foguetes como ferramento de auxilio da ciência
climática. “Não temos em Natal tecnologia para colocar um sensor no espaço de
carga útil. Mas como o foguete consegue fazer uma sondagem, que é para conhecer
o comportamento naquele instante, da atmosfera e para a climatologia isso é
fundamental”, disse.
De
acordo o coronel Maurício Lima de Alcântara, o projétil caiu a uma
distância média de 17 quilômetros do local de lançamento e chegou à altura de
35 quilômetros. O foguete de testes mede 3 metros, pesa 80 quilos e
sempre é posicionado de modo a cair no mar, evitando possíveis acidentes O
diretor do CLBI também esclareceu que um Foguete Básico de Testes (FBT) leva em
média três anos para ser projetado e construído. “A operação foi um sucesso”,
comemorou.
O Centro de
Lançamento da Barreira do Inferno completou 50 anos em 2015, desde sua fundação
lançou 3.012 foguetes, este ano, 13 foguetes foram lançados e três ainda serão
lançados até o final deste ano.
O Simpósio
Internacional de Climatologia, que ocorre no Hotel Parque da Costeira, termina
hoje (16). O evento que reúne especialistas brasileiros e estrangeiros debate,
desde a noite da terça-feira passada, as Vulnerabilidades Climáticas do Brasil
no Século XXI.
Fonte: Site do Jornal Tribuna do Norte - 16/10/2015
Comentário: Bom leitor primeiramente devo esclarecer que
não existe nenhum “Foguete Básico
de Testes (FBT)”, e sim o “Foguete de Treinamento Básico (FTB)”, sendo o mesmo
um dos foguetes desenvolvidos para o “Programa FOGTREIN” da FAB pela empresa brasileira
AVIBRAS (o outro é o FTI – Foguete de Treinamento Intermediário). Em resumo: o
autor da matéria pisou literalmente na bola. Outra coisa, a seguinte afirmação do
diretor do CLBI (segundo a matéria): “O foguete pequeno, por isso a velocidade
de saída é muito alta, isso impossibilita a colocação de uma carga útil, o
espaço para isso é 5kg, mas é muito difícil encontrar algo que se adapte a esse
tamanho, ele tem o objetivo basicamente de treinamento”, pode
parecer estranha até mesmo para um leigo no assunto, mas enfim... Após acompanhar
o nosso programa espacial por 45 anos aprendi que o PEB não é diferente das
outras áreas governamentais, ou seja, mesmo quando as coisas parecem certas, há
sempre um lado político que interfere de forma nefasta na verdade dos fatos.
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