Equipe Aprimora Gerenciamento e Gestão de Projetos do INPE
Olá leitor!
Segue abaixo mais uma notícia publicada no número 03 do
Informativo do INPE de 22/10, destacando que os projetos executados pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) passaram a contar, desde o primeiro
semestre de 2015, com o apoio de uma equipe de especialistas em gerenciamento.
A notícia aborda também a criação do tal GTI – Setor Espacial (Grupo de
Trabalho Interministerial) para reestruturar atividades espaciais no país,
grupo este que é liderado pelo instituto e pelo DCTA (veja aqui a portaria interministerial
que criou este grupo). Vale a pena dar uma conferida.
Duda Falcão
Equipe Aprimora Gerenciamento
e Gestão de Projetos do
INPE
Informativo INPE
Número 03
22/10/2015
Os projetos executados pelo INPE passaram a contar, no
primeiro semestre de 2015, com apoio de uma equipe de especialistas em
gerenciamento. O objetivo é possibilitar um tratamento profissional a essas
atividades, por meio de ferramentas e sistemas comumente utilizados em projetos
da área de engenharia, mas ainda pouco presentes em outras coordenações do
Instituto.
O projeto Monitoramento Ambiental por Satélite no Bioma Amazônia (MSA-BNDES),
financiado com recursos do Fundo Amazônia, é o primeiro a interagir com a
equipe de gerenciamento e gestão do Instituto. O contrato de colaboração
financeira não reembolsável no valor de R$ 67 milhões, para o período de três
anos e meio, foi firmado em outubro de 2014 entre o INPE/FUNCATE e o BNDES.
Primeira reunião geral de acompanhamento do projeto
MSA-BNDES, realizada em 12 de agosto de 2015 no INPE.
|
O MSA-BNDES está estruturado em sete subprojetos, com os
seguintes objetivos: mapeamento do uso e cobertura da terra na Amazônia Legal;
aprimoramento de software; melhoria dos serviços de recepção, distribuição e
uso das imagens de sensoriamento remoto; aprimoramento do monitoramento de
focos de queimadas e incêndios florestais; estudo das trajetórias de padrões e
processos na caracterização de dinâmicas do desmatamento da Amazônia;
disponibilização de ferramentas de modelagem de mudanças de uso da terra; e
melhoria dos métodos de estimativa de biomassa e de modelos de emissões por
mudanças de uso da terra.
“Nossa intenção é participar do processo desde o seu
início, ou seja, a partir da identificação da demanda organizacional que gera
as condições para o estabelecimento do projeto, visando definir a interface
entre a equipe de projeto e suas partes interessadas”, explica Milton de
Freitas Chagas Junior, coordenador da equipe de gerenciamento e presidente do
Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do INPE. Uma vez estruturado o projeto, o
grupo participa também de seu planejamento, execução e monitoramento e
controle. Além de contribuir para que o resultado final atenda ao que foi
proposto, esse gerenciamento facilita os processos de prestação de contas à
instituição financiadora.
Nesses primeiros meses de atividades, a equipe de
gerenciamento de projetos passa por uma fase inicial de adaptação junto aos
executores, e tem procurado esclarecer dúvidas e questionamentos de
pesquisadores e tecnologistas sobre seu trabalho. “Ainda não deu para entender
bem o significado das métricas e das ferramentas de gerenciamento utilizadas,
afirma Isabel Escada, tecnologista do INPE e coordenadora do subprojeto 5
(Estudo das trajetórias de padrões e processos na caracterização de dinâmicas
do desmatamento na Amazônia). “No nosso caso, não sei se elas conseguem
acompanhar o projeto de forma realística. Para mim, o importante é o que eu
vejo ao fazer a gestão do meu subprojeto, em conjunto com a FUNCATE. Acompanho
de perto o trabalho dos integrantes da minha equipe, sei o que ela está produzindo
e como estamos utilizando os recursos do projeto”.
“Não estamos acostumados a esse tipo processo, mas
entendo que o esforço é válido”, afirma Ana Paula Aguiar, tecnologista do INPE
e coordenadora do subprojeto 6 (Disponibilização de ferramentas de modelagem de
mudanças de uso da terra). “Ainda estamos em uma fase muito inicial, é preciso
um período de maturação para que possamos entender os benefícios do trabalho da
equipe”.
Para Clotilde Ferri, diretora de Geoprocessamento e Meio
Ambiente da FUNCATE e coordenadora do projeto MSA-BNDES, toda iniciativa que
tenha a intenção de contribuir com o acompanhamento das atividades e dos
cronogramas é positiva. “A responsabilidade pelo envio de relatórios financeiro
e de andamento do projeto é da FUNCATE. Assim, trabalhamos em conjunto com o
INPE nessa tarefa”.
Projeto
Mobilizador
Além do MSA-BNDES, a equipe de gerenciamento de projetos
do INPE está envolvida em outras iniciativas que demandarão seu acompanhamento.
Um dos esforços está relacionado à aquisição de elementos faltantes para a
finalização do projeto Plataforma Multimissão (PMM), da ordem de R$ 40 milhões.
O acordo para pesquisa em tecnologias espaciais assinado
em setembro pelo INPE e pela FAPESP prevê um portfólio de projetos de
desenvolvimento tecnológico e de sistemas que foi concebido, e vem sendo
desenvolvido por esse grupo, para atender às demandas organizacionais relativas
à progressiva maturação de tecnologias. Esses projetos de desenvolvimento
tecnológico e de sistemas deverão ser executados por empresas do Estado de São
Paulo, com base em temas estabelecidos conjuntamente pelas duas instituições,
visando à promoção da indústria espacial brasileira.
O INPE e a FAPESP estão definindo as especificações dos
projetos e cooperando na divulgação de chamadas de propostas do Programa FAPESP
Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) associadas a este acordo, bem
como na seleção de propostas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) a serem
subvencionadas por meio deste acordo.
Os projetos cooperativos deverão ser desenvolvidos por
pesquisadores associados a pequenas empresas. O financiamento dos projetos
selecionados será administrado pela FAPESP junto aos pesquisadores
responsáveis, incluindo o acompanhamento de relatórios de resultados. Essa
cooperação do INPE com a FAPESP terá duração de cinco anos e as áreas
contempladas para receber propostas de pesquisa serão definidas oportunamente.
As atividades do Grupo de Trabalho Interministerial para
o Setor Espacial (GTI-Setor Espacial), criado pela Portaria Interministerial nº
2.151, de 2 de outubro de 2015, assinada pelos ministros da Defesa e da
Ciência, Tecnologia e Inovação, na época, Jacques Wagner e Aldo Rebelo,
respectivamente, também terão a participação da equipe de gerenciamento de projetos
(veja abaixo).
Governo Cria Grupo de Trabalho Para Reestruturar Atividades Espaciais no País
O Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) liderado pelo
INPE e DCTA deverá elaborar, até o final de 2015, uma proposta de revisão do
modelo de governança para as atividades espaciais no Brasil. A constituição do
GTI – Setor Espacial, bem como suas atribuições, estão publicadas na Portaria
Interministerial nº 2.151, de 2 de outubro de 2015.
O GTI – Setor Espacial tem por finalidade assessorar
temporariamente os dois ministérios, nos trabalhos relativos ao aprimoramento
do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), do Programa Nacional de
Atividades Espaciais (PNAE) e da Política Nacional de Desenvolvimento das
Atividades Espaciais (PNDAE), “a fim de organizar e dinamizar as atividades
espaciais no Brasil como um Programa de Estado”.
Além da elaboração de um novo modelo de governança para
as atividades espaciais, o GTI deverá:
* revisar a legislação, com vistas à: formalização de um
Programa de Estado para as atividades espaciais no Brasil; elaboração de
proposta de um regime diferenciado de contratação de pessoal especializado do
setor espacial; e elaboração de proposta de um regime diferenciado para
aquisição de bens, serviços, obras e informações com aplicação direta nos
projetos e instalações do setor espacial;
* apresentar proposta de revisão do PNAE para o decênio
2016-2025;
* apresentar proposta de um Projeto Mobilizador, visando fomentar
o desenvolvimento da indústria nacional, quanto aos seus componentes basilares:
satélite, lançador e infraestrutura e lançamento e operação;
* identificar as necessidades, e propor um plano de
recomposição, readequação e ampliação dos quadros de pessoal especializado do
setor espacial, no Comando da Aeronáutica e no Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais; e
* propor um plano de valorização e divulgação das
atividades espaciais no Brasil.
Fonte: Informativo do INPE - Número 03 - 22/10/2015
Comentários
Postar um comentário