INPE Inaugura Operação Antártica 34 Com Experimento de Longo Prazo no Atlântico Sul
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (20/10) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o
instituto inaugurou Operação Antártica 34 com experimento de longo prazo
no Atlântico Sul.
Duda Falcão
INPE Inaugura Operação Antártica 34 Com
Experimento de Longo Prazo no
Atlântico Sul
Terça-feira, 20 de Outubro de 2015
Desde o dia 10 de outubro de 2015, oito pesquisadores do INPE e dois
pesquisadores do Departamento de Ciências da Atmosfera e dos Oceanos da Universidade
de Buenos Aires (UBA) estão a bordo do Navio Polar Alm.
Maximiano, na rota entre a cidade de Rio Grande (RS) e Punta Arenas, no Chile,
para realizar um experimento de campo no Oceano Atlântico Sul ligado ao projeto
INCT da Criosfera, através do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). O
projeto é coordenado pelos pesquisadores Ronald Buss de Souza e Luciano Ponzi
Pezzi, do Centro Regional Sul (CRS) e da Divisão de Sensoriamento Remoto (DSR)
do INPE, respectivamente.
O experimento realizado é parte do programa INTERCONF (Interação
Oceano-Atmosfera na Região da Confluência Brasil-Malvinas). O programa visa
analisar os efeitos dos gradientes termais presentes na água do mar da região
de estudo sobre a modulação da camada limite atmosférica marinha em escala
sinótica e seus efeitos na modulação do tempo nas regiões sul e sudeste do
Brasil. O trabalho tem sido realizado há mais de uma década, sendo reconhecido
internacionalmente como um dos poucos esforços observacionais no Oceano
Atlântico Sul produzindo dados e resultados sobre o papel da mesoescala marinha
na atmosfera imediatamente acima. Os dados são coletados através de sensores
instalados em uma torre micro meteorológica instalada na proa do navio,
radiossondas atmosféricas e instrumentos oceanográficos. O trabalho é
complementado por estudos usando dados de satélites e modelagem numérica no
INPE.
A região da Confluência Brasil-Malvinas é uma região chave para o
entendimento das conexões entre a Antártica e a América do Sul, uma vez que ela
se caracteriza pelo encontro de massas de água de origem tropical e subpolar,
carregadas respectivamente pela Corrente do Brasil e Corrente das Malvinas que
fluem ao largo da quebra de plataforma do continente sul-americano. A região
também é altamente ciclogenética e o entendimento do papel da modulação da
camada limite atmosférica pelos gradientes termais entre as duas correntes que
se encontram é importante para estudos de eventos extremos ligados aos ciclones
extratropicais que se formam sobre o Oceano Atlântico Sul.
A equipe de pesquisadores a bordo inclui dois doutores da UBA, dois
doutores do Programa de Capacitação Institucional (PCI) do INPE, um doutorando
da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM), um doutorando da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), um mestrando da
UFRGS e dois alunos de Iniciação Científica do INPE (acadêmicos da UFSM). Todos
os pesquisadores brasileiros são orientados pelos coordenadores do projeto em
projetos individuais de pesquisa ligados ao INTERCONF em programas de
pós-graduação do INPE ou de universidades parceiras. A presença dos
pesquisadores argentinos a bordo no navio marca o início de uma colaboração
científica entre o INPE e a UBA na área de Interação Oceano-Atmosfera.
Carta de temperatura da superfície do mar com os pontos
de amostragem do navio na região de estudo.
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Operação de lançamento de radiossondas atmosféricas a
partir do
convés do Navio Polar Almirante Maximiano da Marinha do Brasil.
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Torre micrometerologógica de
fluxos instalada na proa
do Navio Polar Alm. Maximiano.
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Equipe embarcada.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
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