Asteroide Vai Assustar a Terra no Dia das Bruxas
Olá leitor!
Saiba mais sobre o grande asteroide que passara perto da
Terra dia 31/10 nesta matéria postada dia (23/10) no site “Sputnik News”.
Duda Falcão
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Asteroide Vai Assustar a
Terra no Dia das Bruxas
Geórgia Cristhine
Sputnik News
23/10/2015 - 22:55
Atualizado 24/10/2015 - 09:17
© AP Photo/ NASA
Pouco antes das comemorações do Halloween, o Dia das
Bruxas, 31 de outubro, está prevista a passagem de um asteroide de grandes
proporções perto da Terra. Mas o astrônomo Leandro Guedes, do Planetário do Rio
de Janeiro, tranquiliza: não há risco para nosso planeta.
Apesar de toda a repercussão, a NASA – Administração
Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos garante não haver perigo de
colisão desse asteroide com a Terra, mesmo sendo a rocha espacial 28 vezes
maior do que o meteoro que explodiu sobre a cidade russa de Chelyabinsk em
fevereiro de 2013, deixando mais de mil pessoas feridas, além de provocar
perdas materiais que ultrapassaram 1,2 bilhão de rublos. Na ocasião, a área
afetada foi de 6,5 mil quilômetros quadrados, o que representa, por exemplo,
2,5 vezes a superfície total de Moscou.
Segundo
cálculos da NASA, no ponto máximo de aproximação, previsto para a madrugada de
30 para 31 de outubro, o asteroide vai chegar a 499 mil quilômetros da Terra,
ou cerca de 1,3 vez a distância média da Lua ao nosso planeta.
O
astrônomo da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, Leandro Guedes,
falando com exclusividade à Sputnik Brasil, confirma que a passagem do
asteroide batizado de 2015 TB145 não vai causar nenhum dano ao planeta, mas há
uma particularidade: o corpo celeste, com diâmetro estimado em cerca de 470
metros, apesar de seu tamanho, só foi descoberto muito recentemente, em 10 de
outubro.
“Podemos
todos festejar o Halloween tranquilamente, porque não há motivos para ficar
assustado com esse asteroide”, diz o astrônomo. “O que causou surpresa nesse
asteroide foi o fato de ele ter sido descoberto muito em cima dessa grande
aproximação. Normalmente, asteroides grandes assim a gente consegue visualizar
com vários anos de antecedência da aproximação.”
De
acordo com Leandro Guedes, o 2015 TB145 é um asteroide veloz, com velocidade de
35 quilômetros por segundo, o que também não é tão comum para um asteroide.
A
detecção antecipada de corpos celestes perigosos com tamanho superior a 50
metros de diâmetro, assim como a avaliação do risco do seu impacto, é uma
preocupação para os especialistas. Mas o Professor Guedes afirma que a
tecnologia hoje é capaz de verificar com tranquilidade possíveis ameaças de
meteoros como o que atingiu a Rússia.
“Existe
a preocupação, sim, existem algumas situações que dificultam muito a observação
de um asteroide. Por exemplo, um corpo que esteja vindo numa grande velocidade
na direção do Sol seria um objeto difícil de ser observado. Mas se
considerarmos todo o espaço em torno da Terra, é muito difícil de acontecer que
um corpo grande, realmente em rota de colisão, venha justamente numa posição
difícil ou tenha características que dificultem a observação. A chance de haver
um asteroide perigoso que não se consiga observar é muito pequena. Caso seja
observado algum dia um objeto que vá entrar ou esteja em rota de colisão com a
Terra, temos hoje condições de tentar desviar esse objeto da órbita. Existem
tecnologias hoje para se fazer isso.”
Por
conta da possibilidade da previsão antecipada é que já se sabe que em 2027
haverá a passagem do asteroide batizado de 1999 AN10 e com diâmetro estimado em
mais de um quilômetro. Ele poderá chegar a pouco mais de 30 mil quilômetros da
superfície da Terra, mas a NASA também já anunciou que não haverá riscos de
impacto com o planeta.
O
astrônomo Leandro Guedes informa que o asteroide 2015 TB145 vai poder ser visto
através de pequenos telescópios e radiotelescópios, com melhor visualização no
Hemisfério Norte. A máxima aproximação da rocha espacial está prevista para
as 17h no horário de Greenwich. Aqui no Brasil, às 15 horas de 31 de
outubro (horário de Brasília).
“Ele
vai estar mais perto da Lua, vai ser mais fácil vê-lo no Hemisfério Norte. Um
pouco depois, ele vai ficar no céu durante o dia, e então não vai ser mais
possível observar com telescópio. Mas existem observações com radiotelescópios
sendo programadas para analisá-lo e conhecê-lo ao máximo”, explicou o
astrônomo.
Fonte: Site Sputniknews - http://br.sputniknews.com/
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