Concluído o Modelo Térmico do Satélite Amazônia-1
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (09/10) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o
instituto concluiu o Modelo Térmico do Satélite Amazônia-1.
Duda Falcão
Concluído o Modelo Térmico
do Satélite
Amazônia-1
Sexta-feira, 09 de Outubro de
2015
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu o modelo
térmico do Amazônia-1. Destinado ao monitoramento de recursos naturais, o
satélite é o primeiro construído a partir da Plataforma Multimissão (PMM),
estrutura inovadora desenvolvida pela instituição brasileira, capaz de se
adaptar aos propósitos de diferentes missões e, assim, reduzir custos de
projetos espaciais.
Os ensaios térmicos acontecem nos próximos dois meses no Laboratório de
Integração e Testes (LIT) do INPE, em São José dos Campos (SP). Durante os
testes, são simuladas as condições em órbita enfrentadas pelo satélite, exposto
a temperaturas extremas e radiação espacial.
“As partes mais expostas do satélite enfrentarão temperatura de
aproximadamente -80ºC no período de
eclipse e +80ºC no período iluminado. Uma importante etapa do desenvolvimento
de um satélite é demonstrar que suas temperaturas são mantidas dentro dos
limites especificados, garantindo seu funcionamento. Para isso, construímos um
modelo representativo do satélite para passar por ciclos de teste que visam
qualificar o Subsistema de Controle Térmico”, explica Adenilson Roberto da
Silva, coordenador do Programa de Satélites baseados na Plataforma Multimissão
do INPE.
O modelo térmico do primeiro satélite nacional de observação terrestre
será colocado na câmara vácuo-térmica do LIT/INPE para a simulação, em várias
etapas, das condições limites do ambiente térmico previstas em órbita
terrestre.
O controle térmico do Amazônia-1 foi projetado por técnicos da
Coordenação de Engenharia e Tecnologia Espacial (ETE) do INPE. Após a
realização do Teste de Balanço Térmico, para qualificar o Subsistema de
Controle Térmico do satélite, começam os preparativos para a integração e
testes do modelo elétrico, que visa verificar e validar as funcionalidade e
interfaces entre os subsistemas. Depois disso, será integrado e testado o
modelo de voo do Amazônia-1.
Qualificação
Durante o processo de desenvolvimento, o projeto do satélite se tornou
mais complexo pela introdução de novas técnicas e dispositivos. A utilização de
mantas isolantes multicamadas foi intensiva e exigiu o aprimoramento do projeto
e dos procedimentos de fabricação e implementação.
Um satélite exige a instalação de aquecedores em seus componentes mais
sensíveis, como as baterias, elementos do sistema de propulsão e equipamentos
da carga útil. Os aquecedores são controlados, em malha fechada, por um
software instalado no computador de bordo.
Tintas, fitas de controle térmico, isolantes e acopladores condutivos e
materiais de interface (folhas de índio e mantas a base de silicone) completam
o arsenal utilizado para manter as temperaturas de todos os componentes do
satélite dentro de seus limites operacionais, quando em órbita terrestre.
O Modelo Térmico foi construído a partir do Modelo Estrutural, já
qualificado por testes mecânicos que simularam condições de vibração e de
acústica. Para qualificar a estrutura mecânica, foram dimensionadas e
caracterizadas as cargas que o satélite irá experimentar durante o lançamento.
Para os testes térmicos, os equipamentos eletrônicos, antes
representados por “dummies” estruturais, foram adaptados para serem “dummies”
térmicos. “Todos os elementos de controle térmico foram instalados conforme
estabelecido no projeto, de forma a representar fielmente as funcionalidades
térmicas do satélite”, conclui Issamu Muraoka, engenheiro do INPE responsável
pela arquitetura térmica do satélite Amazônia-1.
Modelo do satélite será levado à câmara vácuo-térmica
para qualificação.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Comentário: Pois é leitor, está ai finalmente a primeira
visão do Satélite Amazônia-1, que na área de satélites é sem dúvida a maior novela
do Programa Espacial Brasileiro (PEB), novela esta que remonta a antiga Missão
Espacial Completa Brasileira (MECB), quando então era chamado de SSR-1
(Satélite de Sensoriamento Remoto – 1).
E olha que ainda é apenas o Modelo Térmico do Satélite, faltando ainda o
Modelo Elétrico, para ai sim chegarmos aos testes e a integração do Modelo de
Voo deste satélite. Enfim... quem sabe um dia, talvez mais breve que se possa
imaginar, conseguiremos dar um fim nesta novela desgastante e frustrante, e
assim dar inicio e sequencia a outras tão longas quanto.
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