Brasil Desenvolve Novos Satélites e Defende Livre Acesso

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada hoje (05/11) no site “Apollo11.com” destacando que o Brasil está desenvolvendo novos satélites e defendendo o livre acesso aos dados.

Duda Falcão

Brasil Desenvolve Novos Satélites e
Defende Livre Acesso aos Dados

Editoria: Espaço - Brasil no Espaço
Sexta-feira, 5 nov 2010 - 10h48

O Brasil participa esta semana da Cúpula do Grupo de Observação da Terra (GEO, em inglês) que acontece em Beijing, na China até a sexta-feira (5). Representado pelo ministro Fábio Pitaluga, do Ministério das Relações Exteriores e pelo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, o país defende a política global de livre acesso aos dados de satélites.

Foto: Satélite de Coleta de dados SCD-1 antes do lançamento,
durante bateria de testes no Laboratório de Integração e
Testes, LIT, do INPE. Crédito: INPE.

A GEO reúne 84 países, a Comissão Européia e 56 organizações internacionais para discutir o futuro e a importância dos dados coletados da Terra. O INPE tem dois programas, o Data Democracy e o Capaccity Building, que está implementando para disponibilizar dados e receber outros de maneira gratuita.

“A tecnologia espacial no lugar de ser algo distante da sociedade brasileira é algo muito necessário e muito próximo à sociedade, porque o Brasil é um país imenso com grandes recursos naturais, mas também com grandes problemas de gestão desses recursos e de suas cidades. As informações providas por satélites são essenciais para que o Brasil tenha condição de entender o Brasil, conhecer o nosso país. Saber o que acontece na Amazônia, nas cidades, no Cerrado, no Oceano, na Mata Atlântica e isso só é possível com tecnologia espacial através das informações trazidas por satélites”, explicou Gilberto Câmara Neto em entrevista concedida ao Mistério da Ciência e Tecnologia.

O primeiro satélite artificial foi lançado ao espaço a 53 anos, no dia 4 de outubro de 1957. A União Soviética colocou em órbita da Terra o Sputnik I que funcionou por apenas 22 dias, mas abriu às portas para a era espacial.


Brasil

Ao longo das décadas, o Brasil também desenvolveu muita pesquisa na área espacial e tem em expansão o seu programa de desenvolvimento de satélites.

Hoje, o país já desenvolve três linhas de satélites. Dois deles estão em órbita, o SCD I e o SCD II, e fazem coleta de dados transmitindo informações sobre temperatura, vazão de rios e enchentes diretamente ao INPE.

Outros três satélites de sensoriamento remoto já foram lançados e mais dois estão sendo preparados em conjunto com a China, para tirar fotos digitais da superfície do planeta mostrando o uso do nosso território sendo útil, por exemplo, para questões ligadas ao desmatamento, agricultura e poluição. Por último estão sendo construídos também satélites de análise meteorológica.

Também fazem parte dos satélites em desenvolvimento do INPE, aqueles para estudos científicos que vão explorar fenômenos do Espaço como as galáxias, outros planetas e a interação do Sol e da Terra.

O Brasil espera sair da reunião com metas definidas para o triênio 2011-2013. O país quer melhorar o acesso aos dados de observação da Terra e desta maneira conseguir se aprofundar em importantes áreas como a agricultura, a biodiversidade, clima, ecossistemas, energia, saúde, desastres naturais e recursos hídricos.



Comentário: Fica muito claro para o blog a pouca informação que o autor dessa matéria tem sobre a atual situação do PEB na área de satélites no Brasil. Diferente do que procura sutilmente demonstrar o autor, esse setor no Brasil não funciona com deveria e como teria condições de funcionar. Os satélites em construção do país têm os períodos mais extensos de desenvolvimento em todo mundo, sendo em média 10 anos e em alguns casos 30 anos, como o Satélite Amazônia-1. Isso fez com que o país viesse a perder a hegemonia no setor de satélites para os argentinos e a continuar com essa política, haverá de perder espaço para outras nações do continente. O esforço do INPE no setor é louvável e digno de comprimentos, mas a verdade é que, como todo instituto governamental, o mesmo depende de decisões do governo que é incompetente e pior, burrocrata ao extremo. As metas para o triênio 2011 - 2013 que o INPE espera ter definidas após a reunião da GEO não significarão nada se não houver o comprometimento do governo em adotá-las integralmente, coisa que mesmo tendo a maior boa vontade do mundo não acreditamos que ocorra.

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