SGDC - Telebras e VIASAT Terão Que Pagar Multa de R$ 5,1 Milhões à Via Direta
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (28/05) no site “Poder 360”
destacando que a Telebras e a VIASAT terão que pagar multa de R$ 5,1 milhões à
Via Direta.
Duda Falcão
Telebras e VIASAT Terão Que Pagar
Multa de R$ 5,1 Milhões à Via
Direta
Prazo de 48h para entregar contrato
Negociação de satélite está travada
Telebras solicita sigilo de justiça
Por MARLLA SABINO
28 de maio de 2018 (segunda-feira) - 18h55
A Justiça Federal do Amazonas determinou que a Telebras e a VIASAT
paguem multa de R$ 5,1 milhões à Via Direta em até 10 dias (íntegra).
A juíza Jaiza Maria Fraxe, da 1ª Vara Cível da Justiça Federal no
Amazonas, alega que as empresas descumpriram a ordem de apresentar a íntegra,
sem tarjas, do contrato que envolve a exploração comercial do satélite
SGDC.
A estatal brasileira chegou a enviar uma cópia do documento para a Justiça,
no entanto, tarjou todas as informações sobre o plano de negócio das empresas,
modelo da venda e valores. O documento foi recusado pela Justiça do Amazonas.
A juíza estipulou prazo de 48 horas para a empresa
apresentar uma cópia do contrato à Justiça. Na decisão, a magistrada afirmou
que, caso o prazo não seja cumprido, será feita busca e apreensão do documento
pela PF (Polícia Federal).
A diretora jurídica da Telebras, Isabel Santos,
afirmou que a empresa ainda não foi notificada sobre as determinações. Ela
disse ao Poder360 que, em nenhum momento, a estatal de
telecomunicações se recusou a cumprir os prazos e determinações da Justiça.
“A Telebras não se opõe de forma nenhum a ordem
judicial. Solicitamos que fosse adotado 1 procedimento para resguardar o sigilo
do documento. Vários documentos vazaram”, disse.
Isabel afirmou que a estatal solicitou a entrega
física do documento, em pasta reservada, à Justiça. Segundo ela, a empresa está
aberta à inspeção judicial do Poder Judiciário e do Ministério Público.
Segundo a diretora jurídica, não há intenção de
esconder o contrato. Ela explicou que, em fevereiro, quando as empresa fecharam
a negociação, foi enviada uma cópia do contrato ao TCU (Tribunal de Contas da
União).
“A Telebras é uma empresa estatal que atua em pé de
igualdade à iniciativa privada nesse setor. Não queremos que nossos
concorrentes possam ter acesso às cláusulas com informações comerciais. Uma vez
que o contrato for aberto, não tem reversão”, afirmou.
Para a juíza, no entanto, não basta o contrato ter
passado pelo crivo do TCU. “O fato não retira das requeridas o dever de cumprir as
determinações da Justiça Federal de apresentar o documento sem tarjas ou
qualquer artifício que possa dificultar (pelas partes, MPF e Juízo) a
compreensão do seu teor”.
A ação foi movida pela empresa amazonense Via Direta,
que alega que estava negociando com a empresa para usar 15% da capacidade do
satélite.
Ao Poder360, o presidente da Telebras, Jarbas
Valente, afirmou que a empresa chegou a demonstrar interesse,
mas não houve negociações.
CONTRATO
SUSPENSO
A juíza questionou a Telebras por manter o satélite em
funcionamento, gerando internet na fronteira do estado de Roraima, mesmo após a suspensão do contrato, em março.
“A própria Telebras informa em sua contestação
que as operações foram iniciadas na Escola Municipal Casimiro de Abreu e
na Escola Indígena Tuxaua Silvestre Messias, na data de 30.03.18, e não foram
interrompidas, confirmando sua indiferença em face das determinações judiciais”,
escreveu.
A diretora jurídica explicou que as instalações foram
feitas antes da Telebras ser notificada da decisão de suspensão do contrato.
Segundo ela, desde que a empresa teve ciência, nenhuma instalação ou manutenção
no sistema foram feitas.
Fonte: Site Poder 360 - https://www.poder360.com.br
Comentários
Postar um comentário