Agência Espacial Brasileira Se Preocupa com Impactos Gerados por Detritos no Espaço
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (30/09) no site da “Agência
Espacial Brasileira (AEB)”, destacando que esta piada espacial esta preocupada com
impactos gerados por detritos no espaço.
INSTITUCIONAL
Agência Espacial Brasileira se Preocupa com
Impactos Gerados por Detritos no Espaço
Coordenação de Comunicação Social
Publicado em: 30/05/2018 09h46
Última modificação: 30/05/2018 09h53
Crédito: LNA
Observatório do Pico dos
Dias.
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A recente queda da estação espacial chinesa Tiangong-1 trouxe
consigo renovados temores dos perigos representados pela grande quantidade de
lixo espacial que cobre a órbita da Terra. Com 12 satélites ativos, o que
corresponde a 0,95% do total de objetos lançados pelos Estados Unidos, o Brasil
não é um grande produtor de detritos no espaço. Ainda assim, segundo o
tecnologista da Agência Espacial Brasileira (AEB) Ademir Xavier, o país goza do
status de “Estado lançador”, o que gera à AEB a responsabilidade de registrar
objetos espaciais brasileiros para que seja possível contabilizar possíveis
impactos ambientais.
Há pouco mais de dois anos, a AEB intermediou uma parceria inédita
entre o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e a Agência Espacial Russa
(Roscosmos) para a instalação de um telescópio russo dedicado ao rastreamento e
monitoramento de lixo espacial. Essa parceria reforçou a preocupação do país
com o tema e deu maior visibilidade aos esforços empreendidos na promoção de
ações que conscientizassem entes públicos e privados, além da própria
comunidade científica, sobre a emergência do uso sustentável do espaço.
Xavier lembra que a quantidade de detritos tende a aumentar por
conta dos fragmentos gerados a partir de colisões entre artefatos sem função no
espaço e do aumento do número de lançamentos previstos pelo mercado
espacial. De fato, relatório recente da Satellite
Applications Catapult, empresa especializada em tecnologia e
inovação, pontua que aproximadamente 1.300 pequenos satélites (com peso inferior
a 500kg) devam ser lançados no período 2017-2020. Para se ter uma dimensão
desses números, são quase 16,5% do total de lançamentos nos últimos 60 anos.
Publicações recentes da Agência Espacial Europeia (ESA) registram
que a quantidade de lixo no espaço atualmente soma 7,5 mil toneladas. São
restos de satélites ou lançadores, naves desativadas ou, até mesmo, peças
perdidas que orbitam em velocidades espantosas, algo entre 27 e 54 mil
quilômetros por hora. Para se ter uma ideia do que isso significa, um objeto de
um centímetro, numa eventual colisão com outro artefato no espaço, possui
energia comparável à explosão de uma granada de mão. Fragmentos um pouco
maiores, entre 1 e 10 cm, têm potencial para danificar seriamente qualquer um
dos 1.738 satélites que ainda estão ativos, e que são essenciais para a
eficiência de serviços como navegação, telecomunicações e observação da Terra,
por exemplo.
Embora haja pouca chance de que a queda de rejeitos espaciais
tenha consequências adversas para seres humanos – seja pelo fato de as terras
emersas representarem apenas 29% da superfície terrestre, seja pelo fato de
esses objetos serem consideravelmente incinerados em sua trajetória descendente
–, se não houver um esforço de redução desse tipo de sucata, em poucas décadas
será inviável a utilização da órbita baixa da Terra para a operação de
satélites de sensoriamento remoto e meteorologia.
Formas de Monitoramento
Crédito: LNA
Existem duas formas de monitoramento, explica Xavier, os chamados
métodos ativos e passivos. O uso de um radar é um exemplo de método ativo,
sendo mais caro, mas mais eficiente por envolver sistemas de eco de alta
potência que pode atingir distâncias consideráveis. Essencialmente, um feixe de
ondas de rádio é emitido e se detecta seu eco. Com base no tempo que as ondas
levam para serem refletidas, pode-se saber onde o objeto está e qual a sua
dimensão. A eficiência é alta, pois é possível detectar objetos com centímetros
de dimensão. O rastreamento também é possível ao se utilizar reflexão por feixe
de laser, sendo esse outro método ativo.
Um exemplo de método passivo é o óptico, que envolve o uso de
telescópios que observam objetos movendo-se contra o fundo do céu quando esses
são iluminados pelo sol. O método é limitado no tamanho do objeto que pode ser
detectado e pelo fato de exigir que o sol o ilumine, mas tem significativa
eficiência e serve como checagem da base de dados dos objetos ativamente
detectados.
Os Avanços no Brasil
Inaugurado em abril de 2017, o telescópio dedicado ao monitoramento
de lixo espacial foi instalado no Observatório do Pico dos Dias (OPD), em
Brazópolis (MG). Com o LNA como parceiro no Hemisfério Sul, a Roscosmos, que
opera equipamento semelhante na Rússia, consegue localizar detritos com maior
precisão. As coordenadas desses objetos são posteriormente enviadas à ESA e à
Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), para serem inseridas em um catálogo
internacional. O LNA informa que, graças ao novo telescópio, já é possível
mapear entre 500 e 800 rejeitos espaciais por noite.
Além desse monitoramento óptico, há diversos estudos publicados no
Brasil que investigam formas de contribuição do país na mitigação do problema
de detritos espaciais. Os atuais executores das missões espaciais brasileiras
já adotam padrões internacionais de planejamento de projeto na direção de
reduzir o risco de impactos pela exigência de planejamento de reentrada.
O país também conta com iniciativas acadêmicas para o cálculo de
propagação de detritos. Especialistas que atuam em universidades brasileiras
vêm desenvolvendo projetos no intuito de prever, com bastante antecedência,
possíveis colisões.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Kkkkkkkkk, ora leitor, a galera desta piada espacial
na verdade tá mais preocupada em receber o deles no final do mês, kkkkkk, Ora
me deixe.
Caro Duda Falcão,
ResponderExcluirComo ex-integrante concursado da AEB e considerando que o meu projeto de doutorado ter sido na área de detritos espaciais, não poderia me furtar em dizer que dentre as pessoas sérias, dedicadas, íntegras e capazes da AEB está o Dr. Ademir Xavier Jr, com quem tive a honra de realizar estudos e trabalhos em diversos projetos, inclusive na área de detritos espaciais.
Dentre estes trabalhos elaboramos destaco uma nota técnica para identificar, avaliar e selecionar os melhores sítios para instalação de estações de rastreio de objetos / calibração de satélites.
Tendo em vista a inexistência na AEB de uma metodologia ou processo formal, com base científica, para tal tarefa e por termos sido demandados pela gestão da AEB para “ver um local na região norte para instalar uma estação russa igual a de Brazópolis (MG)”, elaboramos um estudo técnico-científico para subsidiar a nossa tarefa, dada a forma genérica e imprecisa com que a demanda nos foi apresentada.
Sendo assim, considerando o prazo exíguo que nos foi dado (30 dias), realizamos estudos que resultaram na elaboração de uma matriz de decisão rápida que considera diversas indicadores e características físicas, de infraestrutura, etc. para permitir o processo classificação dos melhores locais para a instalação de tais instalações e assim auxiliar o processo decisório da gestão, baseado em elementos objetivos e quantificáveis.
Caso deseje, posso fornecer o referido trabalho para que seja publicado no site.
Por fim, deixo os cumprimentos os colegas sérios, dedicados e honestos da AEB, na pessoa do Dr. Ademir Xavier, os quais lutam todos os dias contra a incompetência, a mediocridade e a péssima e arcaica gestão que ainda prevalecem por lá.
Saudações,
Rui Botelho
Caro Rui Botelho!
ExcluirObrigado por trazer essas informações para os nossos leitores e sim, nos envie o referido trabalho que publicaremos com prazer no Blog BRAZILIAN SPACE.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)