SENAI/SC Participa de Desenvolvimento do Primeiro Satélite da Indústria Nacional
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada dia (21/05) no site da “Federação das
Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC)”, tendo como destaque a
participação do SENAI/SC no desenvolvimento deste primeiro satélite da Indústria
Nacional.
Duda Falcão
SENAI/SC Participa de Desenvolvimento
do Primeiro Satélite da
Indústria Nacional
Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados assinou,
nesta segunda (21), convênio com a Visiona Tecnologia Espacial
Assessoria de Imprensa
Federação
das Indústrias do Estado de Santa Catarina
21/05/2018
Foto: Filipe Scotti
Roberto de Medeiros Jr (Instituto da Indústria/FIESC),
Schmitt (FIESC), Campos (Visiona), Guimarães (Embrapii)
e Maurício Cappra Pauletti
(diretor técnico do SENAI).
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Florianópolis, 21/5/2018 – Por meio de seu Instituto de Inovação em
Sistemas Embarcados, o SENAI/SC, entidade da FIESC, participará do
desenvolvimento do primeiro satélite da indústria brasileira. Com seu projeto
orçado em R$ 12 milhões, o equipamento terá a dimensão, em centímetros, de
10x20x30 (por isso é tecnicamente chamado de nano satélite), dará uma volta à Terra
a cada hora e meia, numa órbita de 600 quilômetros (pouco mais que a distância
em linha reta entre os extremos Leste e Oeste de Santa Catarina),
coletando imagens e informações ambientais, em especial em relação à qualidade
da água. A parceria com a Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture entre a
Telebras e a Embraer, foi formalizada nesta segunda-feira, 21, na sede do
Instituto da Indústria, da FIESC, em Florianópolis.
Clique aqui para ver a
cobertura fotográfica completa da solenidade de assinatura do convênio.
O Instituto SENAI, em Florianópolis, desenvolverá estação de terra e os
softwares de integração do computador de bordo com os diversos componentes
embarcados (câmeras, sensores, entre outros), além de realizar experimentos
durante a operação. A instituição catarinense também trabalhará no
desenvolvimento dos sensores que ficarão em terra para a coleta das informações
que serão recolhidas pelo satélite.
Em Brasília, onde conduziu a reunião do Conselho de Política Industrial
da Confederação Nacional da Indústria, o presidente da FIESC, Glauco José
Côrte, destacou que a participação do SENAI/SC no desenvolvimento de satélites
é um marco para a inovação em Santa Catarina, acrescentando que a inovação é um
dos principais fatores para o crescimento de longo prazo.
“O projeto visa estabelecer a capacidade do Brasil de desenvolver um
satélite completo”, destacou o diretor do Instituto SENAI de Inovação em
Sistemas Embarcados, André Pierre Mattei. “Vamos validar, desenvolver
tecnologias, testar soluções quando estiver em órbita. Enfim, é um grande
experimento”, salientou. “O SENAI se expõe ao que há de mais moderno em termos
de tecnologia. O satélite é grande demandante de tecnologia e isso vai trazer
uma enorme capacidade para os nossos pesquisadores, o que vai transbordar para
outros projetos e incrementar o nível da indústria catarinense e nacional”,
disse.
O presidente da Visiona, João Paulo Campos, considera o projeto
fundamental. “Vai validar tecnologias que a empresa já vem desenvolvendo há
cerca de quatro anos, são inéditas no País e que são absolutamente necessárias
para os próximos projetos espaciais do Brasil, não só na questão de nano satélites,
mas também em grandes satélites, em grandes projetos, como a observação da
Amazônia”. Segundo ele, a validação das tecnologias vai dar confiança para a
realização de projetos maiores. “Quando pudermos dizer que temos um
sistema de controle e de gestão de satélites maduro, teremos segurança para
poder colocar nosso próprio sistema num satélite de R$ 200 milhões”,
exemplificou. O executivo destacou que a Visiona pretende transformar o
experimento em um produto de exportação. Para ele, a indústria espacial só é
viável com parceria com institutos de pesquisa. “Quando se tem menos recursos,
conseguir sinergia entre todos os elementos é mais importante. O SENAI se
mostrou um parceiro altamente pró-ativo e capaz”, acrescentou.
O convênio assinado nesta segunda prevê aporte de R$ 7,8 milhões com
apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O
restante será integralizado pela Visiona e pelo próprio SENAI. Este é o
primeiro projeto Embrapii do Instituto de Sistemas Embarcados, cujo credenciamento
foi aprovado no final de 2017.
“O Brasil precisa dessa tecnologia e desse instrumento, temos
competência para fazer isso, como está demonstrado aqui no Instituto SENAI”,
afirmou o presidente da Embrapii, Jorge Almeida Guimarães. “Temos certeza de
que este será apenas um primeiro satélite e que teremos vários satélites
lançados a partir da tecnologia brasileira”, afirmou, observando que muitos
setores da economia necessitam de serviços prestados com apoio da indústria
espacial. “Um deles é o do campo, da agricultura, no qual um dos grandes
problemas é a conectividade. Os satélites servirão não apenas ao agronegócio,
mas também às escolas rurais”, declarou.
“A inovação aumenta a competitividade e reduz a vulnerabilidade das
nações”, destacou o vice-presidente da FIESC para a Grande Florianópolis, Tito
Alfredo Schmitt.
Fundada em maio de 2012, a Visiona é uma empresa brasileira integradora
de sistemas espaciais, resultante de iniciativa do governo brasileiro de
estimular a criação de uma empresa integradora na indústria espacial, seguindo
a Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e da
Estratégia Nacional de Defesa (END). É uma joint-venture da Telebras, empresa
de economia mista do setor de telecomunicações, e a Embraer, companhia privada,
líder nos setores aeroespacial e de defesa.
“A inovação aumenta a competitividade e reduz a vulnerabilidade das
nações”, destacou o vice-presidente da FIESC para a Grande Florianópolis, Tito
Alfredo Schmitt.
Imersão Tecnológica
A assinatura do convênio ocorreu durante a realização da 8ª edição do
Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação, que reuniu lideranças e
gestores da área de inovação de empresas de todo País. O programa foi criado em
2016 pela Mobilização Empresarial para a Inovação (MEI) e tem o objetivo de
apresentar instituições focadas em inovação.
Reportagem da TV ISC.
Fonte: Site da Federação das Indústrias do Estado de Santa
Catarina (FIESC)
Comentário: Bom caro leitor, esta é mais uma fonte de informação
sobre este projeto que me parece por um lado muito positivo para o Programa
Espacial Brasileiro (PEB), mas que por outro lado não parece estar sendo
divulgado toda a verdade sobre esta iniciativa. Eu particularmente não sou nada
fã desta "VISIONA Tecnologia Espacial", não por achar que o país não precisa de
uma empresa integradora, muito pelo contrário, mas sim pela motivação que a
trouxe a vida, e pela forma como toda esta operação foi conduzida e evidentemente,
pelas pessoas que participaram desta iniciativa. É aquela coisa leitor, diga
com quem tu andas que eu direi quem tu és, e a grande prova disso é esse inseguro
trambolho francês que atende pelo nome de SGDC-1. Bom, por conta disso coloquei
ontem a participação desta VISIONA neste projeto em pauta no nosso grupo do Zap “PEB
em Debate”, questionando aos membros o que eles achavam sobre esta empresa e as
opiniões variaram entre os profissionais. Porém o mais importante foi a dúvida
levantada sobre a percentagem brasileira no desenvolvimento deste satélite,
divulgada como sendo de 100%. Coisa que pelo que parece não é verdade, já que
para a especificação do sistema de controle do satélite (AOCS) foi contratada uma
empresa canadense chamada “NGC Aerospace”, empresa esta que tem na sua liderança o
pesquisador Prof. Dr. Jean de Lafontaine da Universidade de Sherbrooke, profissional
este que em 15 fevereiro de 2017 esteve no ITA ministrando palestra sobre Robótica Espacial
(veja aqui). A questão aqui leitor é, será que após 57 anos de atividades espaciais brasileiras não haveria no país uma empresa nacional capaz de fazer esta
consultoria? Sinceramente duvido muito disso. E outra, aproveitando a oportunidade, o que será feito do conhecimento desenvolvido pelos
profissionais do fantástico “Projeto SIA” nesta área de sistemas de controle após
todo investimento feito em formação, infraestrutura e desenvolvimento
tecnológico? É preciso leitor que você tenha certeza de que eu não sou nada contrário a parcerias
internacionais, acho muito válido, desde que não haja conhecimento no país, ou
que seja para desenvolver conjuntamente ainda mais o que já existe, coisa que
aqui não parece ser o caso. Ora leitor, faça-me uma garapa. Aproveitamos mais
uma vez para agradecer a nossa leitora Mariana Amorim Fraga pelo envio desta
matéria e do vídeo que acompanha a mesma.
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