Desmatamento da Mata Atlântica é o Menor Registrado Desde 1985
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (25/05) no site do
“Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)” destacando que Desmatamento da Mata Atlântica é o menor já registrado
desde 1985.
Duda Falcão
Notícia
Desmatamento da
Mata Atlântica
é o Menor Registrado Desde 1985
Por INPE
Publicado: Mai 25, 2018
São José dos Campos-SP, 25
de maio de 2018
O desmatamento da Mata
Atlântica entre 2016 e 2017 teve queda de 56,8% em relação ao período anterior
(2015-2016). No último ano, foram destruídos 12.562 hectares (ha), ou 125 Km²,
nos 17 estados do bioma. Entre 2015 e 2016, o desmatamento foi de 29.075 ha.
Este é o menor valor total
de desmatamento da série histórica do monitoramento, realizado pela Fundação
SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O
levantamento começou identificando as alterações no período de 1985 a 1990 e a
divulgação dos dados ocorreu a partir de 1992.
Marcia Hirota,
coordenadora do Atlas e diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, destaca que,
apesar de o desmatamento continuar, há motivo para comemoração. “Em um momento
político e eleitoral importante para o País, a Mata Atlântica dá o seu recado:
é possível reduzir o desmatamento. Com o compromisso e o diálogo entre toda a
sociedade, incluindo proprietários de terras, governos e empresas, podemos
alcançar o desmatamento ilegal zero, já presente em sete estados”, vislumbra
ela.
Sete estados beiram o
desmatamento zero, com desflorestamento em torno de 100 hectares (1 Km²). O
Ceará e Espírito Santo, com 5 hectares (ha), são os estados com o menor total
de desmatamento no período. São Paulo (90 ha) e Espírito Santo ganharam
destaque pela maior redução do desmatamento em relação ao período anterior.
Foram 87% e 99% de queda, respectivamente. Os demais estados no nível do
desmatamento zero foram: Mato Grosso do Sul (116 ha), Paraíba (63 ha), Rio de
Janeiro (19 ha) e Rio Grande do Norte (23 ha).
Para Flávio Jorge Ponzoni,
pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE, não se pode afirmar que
há tendência de queda, pois o desmatamento reduziu depois de três anos com
aumento consecutivo. Além disso, após a queda de 2010-2011, o ritmo do
desmatamento vinha oscilando bastante. “A última queda foi no período entre
2013 e 2014, chegando a 18.267 hectares, 24% a menos que o período anterior.
Antes disso, o menor índice de desmatamento havia sido registrado entre 2010 e
2011, com 14.090 hectares. De lá para cá, não é possível comprovar uma
tendência”.
Os novos dados do Atlas da
Mata Atlântica indicam que as ações de alguns estados para coibir o
desmatamento – como maior controle e fiscalização, autuação ao desmatamento
ilegal e moratória para autorização de supressão de vegetação (caso de Minas
Gerais) – trazem resultados positivos. Por outro lado, as imagens de satélite
disponíveis de períodos passados permitem observar que o desmatamento em alguns
estados – sul da Bahia, noroeste de Minas Gerais, centro-sul do Paraná e
interior do Piauí – ocorre no mesmo local nos últimos anos, com avanços da
mancha de degradação. “Isso evidencia as chances de frear ainda mais o
desmatamento. Nossos mapas estão disponíveis para que as autoridades busquem
melhorar o controle em cada estado".
Neste levantamento, 65%
dos 17 estados da Mata Atlântica tiveram queda do desflorestamento, incluindo
os quatro maiores desmatadores. A Bahia, primeiro estado do ranking de
desmatamento, suprimiu 4.050 hectares, mas teve queda de 67%; Minas Gerais
(3.128 ha), reduziu 58%; o Paraná (1.643 ha), é o terceiro, e reduziu 52% e
Piauí (1.478 ha), o quarto, que reduziu 53%.
A crise econômica é um
fator que pode ter contribuído para a queda, ao afetar os investimentos dos
setores produtivos e reduzir seu poder econômico, mas seriam necessários novos
estudos para comprovar essa relação.
Acesse o relatório
completo em: https://goo.gl/4pzZ1p.
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
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