IEAv Busca Validação em Cenário Espacial de Acelerômetros Desenvolvidos na Divisão de Fotônica (EFO-S)

Olá leitor!

Segue uma nota postada recentemente no site do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) destacando que este instituto busca validar em Cenário Espacial Acelerômetros desenvolvidos na Divisão de Fotônica (EFO-S).

Duda Falcão

IEAv Busca Validação em Cenário Espacial
de Acelerômetros Desenvolvidos
na Divisão de Fotônica (EFO-S)

IEAv – Instituto de Estudos Avançados


O Instituto de Estudos Avançados é uma Instituição de Ciência e Tecnologia dedicada a pesquisas em temas na fronteira do conhecimento. Cada uma de suas Divisões se dedica ao desenvolvimento de produtos de aplicações duais (civis e militares), de alto valor agregado e que nos tornem independentes tecnologicamente dos países mais desenvolvidos. Nesse contexto, impacta diretamente a soberania nacional, não só evitando embargos internacionais, mas ainda gerando produtos autóctones que corroboram para o desenvolvimento do país. De forma geral, cumpre com excelência sua missão de "Ampliar o conhecimento científico e o domínio de tecnologias estratégicas para fortalecer o Poder Aeroespacial Brasileiro".


No curso desses desenvolvimentos, são atingidos e superados cada um dos “níveis de prontidão tecnológica (TRL)”, de 1 a 9, definidos por um método capaz de estimar a maturidade dos “Critical Technology Elements (CTE)”. O IEAv se propõe, em sua pesquisa e desenvolvimento, a atingir TRL 7, o qual é o mais elevado sem a participação da indústria, sendo definido como “Demonstração do protótipo do sistema em um ambiente operacional”. Atingir esse nível de maturidade é o que chamamos de “vencer o vale da morte”, ou seja, desenvolver um produto testado e validado em ambientes operacionais, tão agressivos quanto o espacial, por exemplo.


No início de abril de 2018, uma equipe da Divisão de Fotônica (Subdivisão EFO-S) concluiu e entregou para o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) não só um, mas três diferentes protótipos de acelerômetros a fibra óptica para ensaio em ambiente operacional espacial, visando a atender os requisitos de TRL 7. Tais protótipos compõem a “Unidade de Medição Acelerométrica ACELERA”, um laboratório portátil, remoto e autônomo, e serão embarcados em um Foguete VS-30 a ser lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em Julho próximo, durante a Operação MUTITI.

Um dos acelerômetros baseia-se em tecnologia de grades de Bragg em fibra óptica e é capaz de medir acelerações em três eixos ortogonais. Os outros dois acelerômetros baseiam-se em tecnologia de macrocurvatura em fibra óptica e, com diferentes topologias, serão utilizados para medir aceleração no eixo longitudinal do foguete. A eletrônica embarcada e todos os acelerômetros foram desenvolvidos na Subdivisão de Sensores (EFO-S), da Divisão de Fotônica (EFO) do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), por uma equipe composta pelos pesquisadores Dr. Rogério Moreira Cazo - Maj Eng, Dr. João Marcos Salvi Sakamoto, Matheus Minelli de Carvalho - Cap Eng, pelos alunos Ronaldo dos Reis Jr e Walter Ferreira Jr e pela técnica Keila Viana Couto.

Segundo o Cel Av Lester de Abreu Faria, Diretor do IEAv, “este feito demonstra não só a elevada capacidade de cada um de nossos pesquisadores, mas ainda o potencial estratégico de nossos laboratórios e linhas de pesquisa. Por meio do desenvolvimentos de produtos como esses, o Brasil se torna, cada vez mais, soberano e independente tecnologicamente, mostrando ao resto do mundo sua capacidade de desenvolver ciência e de gerar assimetria de poder a partir de produtos completamente nacionais”. Ainda comenta que, “produtos mais complexos como satélites, mísseis e outras plataformas aéreas podem dispor desses elementos a fim de serem desenvolvidos sem o receio de embargos ou restrições de venda, elevando o Brasil a um novo nível no cenário geopolítico internacional”.



Fonte: Site do Instituto de Estudos Avançados (IEAv)

Comentário: Está é por si só uma bela notícia, e esclarece também qual será uma das cargas úteis tecnológicas do foguete VS-30 da tal Operação MUTITI que, segundo esta nota, será lançado em julho do CLA. Entretanto fica a pergunta, será mesmo que após todo este esforço esses três diferentes protótipos de acelerômetros a fibra óptica se tornarão produtos a serem passados para empresa genuinamente brasileira? Exemplos de tecnologias desenvolvidas que não deram em nada, ou foram repassadas para empresas não brasileiras pela inercia, mal caratismo e desinteresse do governo não faltam. Um exemplo deste de falta de continuidade está no Estágio Propulsivo Líquido (EPL), testado em voo uma única vez em setembro de 2014 durante a realização da Operação Raposa, e até hoje sem sofrer continuidade. E o que dizer das atividades do Projeto SARA que sequer conseguiu lançar seu primeiro protótipo, pois o mesmo explodiu junto com o foguetes na plataforma de lançamento, em um dos episódios desastrosos do PEB ainda não satisfatoriamente explicado. Enfim, só resta torcer que esses três acelerômetros venham ser realmente úteis ao nosso Patinho Feio.

Comentários

  1. Brasil,
    Líder em pesquisas sobre buracos negros quânticos. O resultado prático só Deus sabe.

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  2. É bem melhor do que ser lider em desmatemento, em analfabetismo funcional, em corrupção, em acidentes de trânsito e outros mais onde somos tão "competitivos".Todo conhecimento científico é asiim,ninguem sabe quais serão ou se haverá uma aplicação prática.Mas é a base sobre a qual se ergue toda e qulquer tecnologia.Esse conhecimento poderá ser elementar para a computação e a comunicação quântica de amanhã.

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