Conheça as Tecnologias Transferidas Para a Indústria Pelo Programa Espacial Brasileiro
Olá leitor!
Segue abaixo uma pequena nota publicada dia (28/06) site
da Força Aérea Brasileira (FAB), destacando as tecnologias transferidas para a
indústria pelo Programa Espacial Brasileiro.
Duda Falcão
ESPAÇO
Conheça as Tecnologias Transferidas Para a
Indústria Pelo
Programa Espacial Brasileiro
Em 25 anos, projeto VLS
permitiu nacionalização e desenvolvimento de produtos
Agência Força Aérea
28/06/2015 - 08:00h
Concebido
com o objetivo de colocar em órbita satélites brasileiros, o Projeto do Veículo
Lançador de Satélites (VLS), desenvolvido no Instituto de Aeronáutica e Espaço
(IAE), tem trazido diversos benefícios para a indústria brasileira,
representando autonomia e geração de recursos para o Brasil.
“Os
resultados indiretos desse desenvolvimento já possibilitaram conquistas
tecnológicas aplicadas na exploração de petróleo, equipamentos automotivos e
gerenciamento de sistemas de produção, entre outros”, afirma o Tenente-Coronel
José Duarte, chefe da Divisão de Sistemas Espaciais do IAE.
Desenvolvido
graças a mais de 25 anos de experiência acumulada pelo Departamento de Ciência
e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a indústria nacional, o VLS-1 tem o objetivo
de lançar um satélite de 200 kg a 750 km na órbita equatorial.
“O
VLS-1 colocará o Brasil no seleto rol dos países capazes de projetar, fabricar,
lançar, controlar, estabilizar e entregar uma carga útil em órbita terrestre.
Além disso, o projeto permite elaborar tecnologias críticas, capacitando e
garantindo autonomia à indústria brasileira”, explica o Coronel Duarte.
Conheça
as principais tecnologias transferidas para a indústria nacional pelo programa
espacial brasileiro:
Exploração
de Petróleo
Os
conceitos de estruturas otimizadas em materiais compostos, desenvolvido no IAE,
vêm sendo aplicados de maneira crescente pela Petrobras para exploração de petróleo
em águas profundas, no qual a redução de peso é um fator de importância vital
para equipamentos embarcados nas plataformas offshore.
Ventiladores
Industriais
As
técnicas desenvolvidas para a produção de cascas finas estruturais permitiram a
total nacionalização de diversos tipos de ventiladores industriais,
equipamentos que até 1985 eram importados. Atualmente, com mais de 300 unidades
operando em indústrias nacionais, o país começa a exportar o produto,
ingressando num mercado de milhões de dólares.
Rotores de Turbinas Eólicas
Os conhecimentos de estruturas aeroelásticas, aliados aos
processos de laminação a vácuo de compostos aeroespaciais, permitiram o
ingresso do Brasil no mercado mundial de rotores para turbinas eólicas. Uma das
mais limpas e modernas formas de geração elétrica, a energia eólica vem
apresentando crescimento vertiginoso em todo o mundo. Após certificação
internacional da qualidade de seus produtos, a indústria brasileira ingressou
nesse mercado com turbinas operando em diversas usinas no Brasil e no exterior.
Sistemas
de Ventilação
As técnicas de cálculo de aerodinâmica permitiram a fabricação de sistemas
especiais de ventilação de alto desempenho e baixo ruído, que hoje equipam as
mais novas estações de metrô de São Paulo, com expressivas melhorias em relação
aos sistemas importados da Europa.
Sistemas
de Flutuação
A
metodologia de cálculo empregada para estruturas espaciais vem sendo aplicada
nos sistemas de flutuação do robô-protótipo empregado pela Petrobras em
operações especiais a grande profundidade, e também nos sistemas de geração de
empuxo na extração de óleo. Protótipos desses equipamentos já foram aprovados
para uso nos campos de produção da Petrobras nas costas do Espírito Santo e do
Rio de Janeiro.
Usinas
de Álcool
Avançadas técnicas de cálculo estrutural e os conhecimentos de mecânica de
fadiga permitiram a análise detalhada, revisão de projeto e alterações em
componentes críticos de usinas paulistas de produção de álcool, visando
eliminar perdas de produtividade durante as fases de moagem de cana-de-açúcar.
Indústria
Automotiva
A
metodologia de projeto e análise de componentes do programa espacial está sendo
usada na modernização dos veículos nacionais. São exemplos: novos tanques de
combustível de ônibus da Mercedes-Benz; vasos de pressão para estocagem de gás
natural dos ônibus urbanos que começam a rodar nas grandes cidades brasileiras;
laminados anti-chama para o metrô do Distrito Federal; entre outros.
Desenvolvimento
de Produtos
Os
conceitos de engenharia de sistemas utilizados nos sofisticados equipamentos de
apoio aos lançamentos de foguetes, como é o caso do Banco de Controle de
Lançamento do VLS, feito pelo IAE e empresas brasileiras, está sendo empregado
em verificações informatizadas de produtos, contribuindo para o aumento da
qualidade e produtividade das empresas. Um exemplo é o conjunto de sistemas de
testes eletrônicos desenvolvido para a General Motors do Brasil.
Controle
e Gerenciamento de Processos
Os
elevados padrões de controle de processos requeridos pelo programa espacial vêm
propiciando a implantação em outros segmentos de controle e gerenciamento de
processos especiais, facilitando, ou mesmo automatizando, a tomada de decisões.
O sistema também assegura economia de recursos por meio da racionalização de
estações de supervisão e gerenciamento de distribuição de energia, de
telecomunicações e de fluxos de veículos. Um exemplo significativo é a
implantação de postos de pedágio informatizados em São Paulo.
O
programa espacial também obteve conquistas no desenvolvimento de produtos como
o aço de alta resistência, o propelente sólido para motores de foguetes e
materiais compostos estruturais e termoestruturais. Outro projeto importante é
o Sistema Inercial Aeroespacial (SIA), considerado tecnologia crítica, já que
possui alto custo de aquisição.
Conheça um pouco mais sobre o desenvolvimento tecnológico
nacional coordenado pela FAB:
Fonte: Site da Força Aérea
Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentário: E poderia ter transferido muito mais se a
partir do desgoverno de Fernando Collor de Mello houvesse pelo menos o
comprometimento com o Projeto do VLS-1 que houve durante o período dos governos
militares.
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