O Eng. Lucas Fonseca e a Missão Lunar da USP São Carlos
Olá leitor!
Uma vez mais o Blog BRAZILIAN SPACE na sua missão de tentar bem informar aos nossos leitores sobre as Atividades Espaciais Brasileiras, trazemos agora para você outra entrevista da “Série de Entrevistas” com profissionais que atuam em nosso Programa Espacial, esta agora com um dos jovens mais sérios e promissores deste importante
setor do país.
Refiro-me ao diretor e cofundador da empresa
espacial brasileira AIRVANTIS e atualmente professor convidado da USP São Carlos, o Eng. Lucas Fonseca.
Nesta
interessantíssima entrevista, o Eng.
Lucas nos fala sobre o seu envolvimento com a fantástica e inovadora missão lunar do Grupo ZENITH da USP São Carlos, sobre uma Missão em Alta Altitude em curso em parceria com o Grupo do Astrobiólogo Douglas Galante (IAG/USP), sobre a sugestão recente
do Blog quanto ao Fórum de Debates do PEB, entre outros assuntos. Bem como também anuncia que com a ajuda do Prof.
Daniel Varela Magalhães (um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Relógio Atômico Brasileiro) o seu grupo
tem a ambiciosa pretensão de colocar um Relógio
Atômico no espaço.
Pois é leitor, convido você a ler com bastante
atenção essa interessante entrevista com este profissional promissor, de visão e com experiência
comprovada na Missão Roseta da ESA.
Aproveito para agradecer publicamente uma vez
mais ao Eng. Lucas
Fonseca pela atenção dispensada ao Blog BRAZILIAN SPACE. Boa leitura a todos.
Duda Falcão
Eng. Lucas Fonseca |
LUCAS FONSECA: Sou natural de Santos-SP, mas por mais que goste muito da minha
cidade natal, já não habito a baixada santista desde quando entrei na faculdade
de engenharia em São Carlos, tendo vivido em diversas cidades desde então.
Atualmente tenho 31 anos, moro em São Paulo capital e sou co-fundador da
empresa Airvantis. Sou formado em engenharia mecatrônica pela USP de São Carlos
e tenho mestrado em engenharia de sistemas espaciais pela Supaero em Toulouse.
Dentro da área espacial, trabalhei na DLR com o módulo Philae, da missão
Rosetta. Após 3 anos de Europa, retornei ao Brasil onde abri minha empresa, na
qual atualmente desenvolvo projetos de engenharia variados. Além disso, sou
idealizador e orientador de um grupo de estudos de temática espacial dentro da
USP São Carlos chamado Zenith.
BRAZILIAN
SPACE: Eng. Lucas,
em contatos anteriores nos foi divulgado que o senhor e o Grupo ZENITH da USP
São Carlos estão trabalhando no desenvolvimento de uma missão lunar. Quando e
como surgiu essa ideia?
LUCAS FONSECA: Quando voltei para o Brasil, sabia da dificuldade do desenvolvimento
da área espacial em nosso país, e acreditava que um bom caminho para colaborar
no segmento seria através da educação. Sempre acreditei no potencial dos
Cubesats como ferramenta educacional e resolvi investir no assunto. Em conjunto
com o professor Daniel Varela Magalhães, propusemos aos alunos da Escola de
Engenharia de São Carlos a fundação do grupo Zenith que teria como principal
atividade o trabalho com os Cubesats. Isso aconteceu em 2013 e obviamente
precisávamos trabalhar em cima de um objetivo para nossa missão. A missão lunar
veio através da interação com pesquisadores de diferentes institutos. Tivemos
auxílio de pesquisadores do INPE, CNES e NASA e focamos em desenvolver uma
missão que fosse desafiadora e que gerasse interesse científico na comunidade
internacional. Pode parecer uma ideia muito ambiciosa; que de fato é, mas Cubesats
estão vindo para revolucionar o acesso espacial e na minha opinião é um
excelente meio de incluirmos o Brasil no hall
das conquistas espaciais fantásticas.
BRAZILIAN
SPACE: Eng. Lucas recentemente o senhor postou uma
nota na página de sua empresa AIRVANTIS no Facebook informando de que ainda no primeiro semestre de 2015 vocês pretendem colocar um
experimento em alta altitude, e até o final do ano, ter a plataforma que será a
base para esta missão lunar. O senhor poderia esclarecer melhor esta informação
para os nossos leitores?
LUCAS FONSECA: Atualmente dividimos nosso trabalho em duas
frentes principais, o desenvolvimento da plataforma que será a base do Cubesat
e o desenvolvimento do experimento. Para a missão lunar, precisamos levar em
consideração diversos aspectos distintos de uma missão de baixa órbita.
Importante lembrar que a lua não está protegida por nossa magnetosfera em boa
parte do tempo em que orbita a Terra e por conta desse ambiente agressivo, a
plataforma do Cubesat tem que ser desenvolvida de modo que seja tolerante à
eventuais falhas. Ainda não temos 100% definida a arquitetura que será usada na
missão e atualmente queremos testar algumas ideias, e por isso a ideia de
colocar um balão de alta altitude para tirar algumas soluções propostas da
bancada e avaliarmos a aplicabilidade delas. Além disso, o principal
experimento que estamos planejando, é o teste de crescimento de uma colônia de
bactérias sob a influência do ambiente espacial. Esse experimento consiste no
dispositivo que força o início do crescimento da colônia e diversos sensores
que caracterizam a situação da colônia e do ambiente que está agindo sob a
mesma. Testar o experimento em alta altitude nos traz indícios se estamos indo
no caminho certo, sendo uma etapa fundamental da nossa missão. Queríamos de
fato lançar esse experimento até julho, mas estamos barrados na burocracia de
importação de componentes e vamos atrasar alguns meses. Isso não impede que
continuemos a desenvolver a plataforma do Cubesat e estamos mantendo a ideia de
ter um primeiro protótipo funcional até o fim do ano.
Concepção artística do experimento em alta altitude.
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BRAZILIAN SPACE: Eng. Lucas,
o senhor nos havia dito em contato anterior que estava conversando com o
astrobiólogo Douglas Galante do Instituto
de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo
(USP), talvez o maior especialista em Astrobiologia do Brasil. A missão em alta
altitude citada pelo senhor tem algo haver com isso? E caso sim, como surgiu
esta ideia?
LUCAS FONSECA: Conheci o Douglas em um evento em
que palestramos e ficamos muito motivados com o trabalho um do outro. Além do
Douglas, que atualmente trabalha para o LNLS, temos o Fábio Rodrigues,
professor do Instituto de Química da USP nos auxiliando. Toda a parte
experimental de nossa missão está sendo proposta por eles e atualmente estamos
trabalhando em parceria no desenvolvimento da carga útil.
BRAZILIAN SPACE: Eng. Lucas, quais são os
objetivos desta missão lunar e quando e como efetivamente vocês pretendem
lançá-la no espaço?
LUCAS FONSECA: Chamamos de missão lunar para facilitar o entendimento do público
geral, mas na verdade queremos visitar o ponto de Lagrange L2 que se encontra
além da Lua. Os pontos de Lagrange são pontos no espaço que surgem do problema
de três corpos (no nosso caso a Terra, Lua e nossa sonda) quando um dos corpos possui
uma massa pequena em relação aos outros dois. Esses pontos são posições assumidas pela sonda
que são dinamicamente estáveis em relação aos dois corpos maiores e mantém
sempre a mesma posição em relação a eles. Ou seja, no caso do L2 Terra-Lua, um
corpo que está estacionado nesse ponto além da órbita da Lua (L2), mantém o
mesmo período orbital e, portanto, sempre acompanhando o movimento da lua para
um observador terrestre. Os pontos de Lagrange ocorrem em diversos pontos no
sistema solar e alguns já foram previamente visitados (como alguns existentes
pela interação Terra e Sol). O ponto L2 em questão tem uma característica
interessante, pois permite a observação constante da face escondida da Lua. Por
conta dessa característica, esse ponto é um excelente candidato para
estabelecer uma estação espacial permanente, permitindo a transmissão de dados
da superfície oculta da Lua para a Terra, armazenamento de provisões para
missões de colonização lunares e até operações de resgate de eventuais colonos lunares.
A ideia principal de nossa missão, que estamos chamando de missão lunar
brasileira Z1, é caracterizar essa região ao redor do ponto L2, fornecendo
dados dessa vizinhança para futuras missões tripuladas. Além disso, incentivar
o crescimento de uma colônia de bactéria nesse ponto nos permite entender,
entre outras coisas, como que matéria orgânica se comporta nessa região, hora
protegida, hora não, pelo campo magnético da terra e assim obter informações
relevantes sobre como a vida poderia ter iniciado em nosso planeta. Para
facilitar a comunicação com a Terra (já que o ponto L2 fica sempre protegido
pela própria Lua quando visto por um observador na Terra), pretendemos
posicionar o Cubesat em uma órbita artificial ao redor do ponto L2, conhecida
como órbita Halo. Essa órbita, que possui a forma de uma auréola ao redor do
ponto L2, permite contato visual permanente com a face-mais-distante-da-Lua e
com a Terra, já que o diâmetro dessa auréola é maior que o diâmetro lunar. Quanto ao Cubesat em si, ele será constituído
de 6 volumes (6U) e além dos experimentos aqui relatados, ainda tentaremos
adicionar uma câmera e mecanismo de orientação para observação da superfície
lunar.
Concepção artística da Sonda Lunar da USP São Carlos. |
BRAZILIAN
SPACE: Eng. Lucas já existe o interesse ou a
possibilidade da AEB em apoiar de alguma forma esta missão?
LUCAS FONSECA: Já tive oportunidade de mencionar
o projeto pessoalmente para eles, mas nunca tive um interesse ou retorno por
parte deles. Também nos inscrevemos para
um Anúncio de Oportunidades (Uniespaço), mas tivemos uma resposta negativa. Se
eles quiserem nos apoiar, obviamente iremos aceitar, mas não estamos focando
nossas atividades na expectativa de termos um apoio financeiro da AEB neste
momento. Uma parte extremamente crítica é o lançamento, por conta do custo elevado
e a necessidade do desenvolvimento diplomático nas relações internacionais. Qualquer
auxílio que facilite essa etapa do projeto, seria muito valioso para nossa
missão.
BRAZILIAN
SPACE: Eng. Lucas,
quanto alunos e professores da USP e de outras eventuais instituições de ensino
estarão envolvidos com este projeto?
LUCAS FONSECA: Recebemos auxílio eventual de diversos professores da USP, mas o
grande facilitador e apoiador de nossas atividades é sem dúvida o prof. Daniel
Varela Magalhães. Através do apoio dele, atualmente temos um laboratório para
desenvolvimento dentro da USP e somos um grupo reconhecido oficialmente pela
comissão de graduação da USP como atividade extracurricular dos alunos. O
trabalho do Daniel é fantástico, ele é um dos responsáveis pelo desenvolvimento
do relógio atômico brasileiro e atualmente um de seus projetos é usado como
padrão de tempo e frequência pelo INMETRO. Temos a ambição de colocar um
relógio atômico brasileiro no espaço, mas isso é conversa pra outra hora. Quanto
aos alunos, temos em torno de 10 alunos trabalhando no projeto. Não participo
da organização do grupo e não sei especificar quantas pessoas estão trabalhando
nesse momento. O grupo possui sua própria gerência e atualmente dois alunos
estão coordenando essas atividades: o Danilo Pallamin de Almeida e o Diogo
Tsuruda. Infelizmente, por não ser uma atividade remunerada, não consigo me
dedicar integralmente ao projeto, apenas atuando como orientador em meu tempo
vago com a Airvantis. Além da Escola de Engenharia de São Carlos, temos alunos
da Universidade Federal de São Carlos ajudando. Se alguém quiser conhecer
melhor as atividades do Zenith ou propor colaboração, peço que contate o Danilo
ou o Diogo, respectivamente nos e-mails: danilo.pallamin.almeida@usp.br
e diogo.tsuruda@usp.br.
BRAZILIAN
SPACE: Eng. Lucas, em nossa ultima entrevista o
senhor disse que achava sensacional o projeto Tancrêdo I da galerinha de Ubatuba e
que gostaria muito de passar parte do seu tempo contribuindo com esse tipo de
projeto no Brasil. Houve algum contato do senhor com o Prof. Candido Moura, e
caso não, há este interesse de sua parte?
LUCAS FONSECA: Não contatei, mas estou aberto em ajudar
qualquer iniciativa que tenha cunho educacional. Tenho minhas obrigações com
minha empresa, e nem sempre consigo estabelecer novas iniciativas para
desenvolver atividades em paralelo. Mesmo assim, estou disposto em ajudar dentro
das minhas possibilidades. Além da minha crença no poder educacional, essa é
uma maneira de me manter próximo das atividades espaciais. Para a minha
empresa, é muito difícil focar apenas no segmento espacial, e muitas vezes me
vejo atuando em segmentos distantes da minha formação. Às vezes me sinto
frustrado dessa realidade, mas já era previsto quando resolvi empreender em
nosso país.
BRAZILIAN
SPACE: Eng. Lucas,
o Blog BRAZILIAN SPACE acredita ser necessário
realizar palestras de divulgação sobre os verdadeiros projetos espaciais em
curso no Brasil, pois não só ajudam na divulgação desses projetos, bem como
também pode estimular novas iniciativas. Diante disto, o senhor estaria
disposto a realizar palestras através do país sobre esta Missão Lunar, e caso
sim, como os interessados podem entrar em contato contigo?
LUCAS FONSECA: Sim, extremamente necessário.
Tenho conversado com algumas figuras conhecidas do meio para gravar um pequeno
documentário que não apenas englobe a ideia de nossa missão lunar, mas também
traga para o público leigo a necessidade da exploração espacial. Tenho recebido
resposta positiva em relação a ideia do documentário e contatei uma produtora
que demonstrou interesse em inscrever essa ideia para captação de recurso pela
lei Rouanet. Pretendo colocar um esforço maior no segundo semestre, estou
realmente animado com isso. Como a missão Rosetta ainda está muito em voga, acabei
focando minhas palestras atuais sobre esse assunto. Mas pretendo sim começar um
circuito de divulgação da missão lunar.
Precisamos
trazer a comunidade para nosso time, pois queremos divulgar massivamente o
projeto, vislumbrando a captação de recurso através de um financiamento coletivo.
Na minha percepção, um trabalho de divulgação científica muito sério tem que
ser feito para possibilitar projetos espaciais saírem do papel através do
financiamento coletivo. Tenho observado esse tipo de trabalho crescendo de
maneira bem orgânica no Brasil através do Podcasts, comunidades no Facebook, Fóruns, Space Camps e obviamente pelo próprio Blog BRAZILIAN SPACE. Mas mesmo
assim, acredito que para o sucesso de um investimento coletivo, um esforço unificado
das mídias tem que ser direcionado para o público geral, fortalecendo a vontade
da contribuição voluntária para esses projetos que são propostos no Brasil e
que barrados por falta de verba.
Se alguém
quiser me contatar, meu email é lucas.fonseca@airvantis.com.br.
BRAZILIAN SPACE: Eng. Lucas, recentemente por
sugestão do Dr. Waldemar Castro Leite Filho (ex-IAE) e estimulado pelo
impactante artigo sobre a situação do PEB escrito pelo Eng. João Luiz Dallamuta (veja aqui), o Blog BRAZILIAN SPACE lançou
recentemente a ideia da realização de um Fórum de Debates sobre toda esta
situação (veja aqui). Qual é a sua opinião sobre esta ideia?
LUCAS FONSECA: Tento ser pragmático em relação às
possibilidades de mudança que temos em mãos. Acho muito válido a organização do
fórum de debates para discutirmos a situação atual do PEB, desde que se tenha
um objetivo claro de onde queremos e podemos chegar após seu término. Criar um fórum de debates e apenas documentar
ideias fantásticas no papel não causaria muito efeito caso não fosse elaborado
um racional de implementação efetivo e que diferisse do que já vem sendo feito.
Falo isso, pois se pegarmos alguns dos documentos já gerados pelo próprio
governo (e.g. PNAE, Desafios do Programa Espacial Brasileiro, A Política
Espacial Brasileira e etc.), já temos toda a importância do programa espacial
discutida e relatadas pelos nossos profissionais e mesmo assim não conseguimos
prosseguir com a maior parte das ideias. Não acho que o problema esteja apenas
na escolha da tecnologia a ser empregada ou das parcerias malfadadas que
andamos realizando, precisamos repensar o todo baseado na evolução do mercado
mundial. Deixo aqui meu nome e vontade para auxiliar no debate, torço que renda
bons frutos.
BRAZILIAN
SPACE: Finalizando
Eng. Lucas, o senhor teria algo a mais que gostaria de acrescentar para os
nossos leitores?
LUCAS FONSECA: Por mais que alguns leitores possam não perceber, o Brazilian
Space representa uma força-motriz importante para o PEB. Fica fácil perceber
através das interações que ocorrem no blog que existe uma comunidade assídua
que compartilha um interesse comum com bastante empenho. O esforço do Duda é de
fato muito louvável, mas gostaria de alertar a necessidade de todos levantarmos
a bandeira juntos e criarmos uma massa crítica que empurre o PEB para frente.
Para isso, precisamos conscientizar as pessoas em nosso alcance da importância
que o PEB representa para o futuro do Brasil. Agradeço o interesse em minhas
atividades e gostaria de contar com vocês na divulgação da importância de
desenvolvermos a ciência em nosso país. Repetindo, meu email é
lucas.fonseca@airvantis.com.br . Estejam a vontade de me enviar qualquer
dúvida ou sugestão.
" UMA HOMENAGEM ALÉM DA LUA"
ResponderExcluirEntre as incertezas deste BRASIL, os avanços e os recuos da vida de quem tem uma visão além do horizonte, longe da pátria, as beiras das curvas e dos obstáculos existentes entre continuar brilhando no exterior ou permanecer num país afagado pelos inaptos , pessoas que nada fazem, além de usurpar as nossas riquezas , e sufocar as esperanças, é maravilhoso saber que existe ainda pessoas de sua step, que acredita no investimento da educação e nas sementes do solo pátrio, entre jovens existentes nas universidades e institutos.
Há sua pessoa é a compaixão dos nossos sofrimentos, o riso da nossa alegria onde a cada dia buscamos uma solução para o PEB, o conforto da nossa ansiedade em saber que temos pessoas capazes de produzir, projetos de excelência.
O CEFAB parabeniza a sua postura, dinamismo e retidão.
Você é mais um BRASONAUTA de inspiração para muitos , não apenas para profissionais da tua área, como para todos os que conhecem sua performance de organização e trabalho, e homenagear você com total correção será sempre impossível, pois nada haverá nunca que o Brasil, possa fazer para lhe retribuir tudo o que você executou no projeto do módulo de pouso “ Phiale”, no DLR.