CLBI Lança Décimo Foguete em Um Mês de Operações
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessantíssima nota publicada hoje
(17/06) no site da Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que o Centro de
Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) irá lançar na próxima sexta-feira
(19/06) mais um Foguete de Treinamento Básico (FTB), entre outras informações
sobre as ultimas atividades desse centro no último mês.
Duda Falcão
ESPAÇO
CLBI Lança Décimo Foguete
em um Mês de Operações
Além de foguetes de treinamento e de testes,
o Centro
lançou seu primeiro foguete acadêmico,
produzido por estudantes da Universidade
Técnica de Munique
Agência Força Aérea
Publicado: 17/06/2015 - 08:32h
O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI),
localizado em Parnamirim (RN), deverá lançar na próxima sexta-feira
(19/06), durante a operação Barreira XIV, mais um Foguete de
Treinamento Básico (FTB). Esse vai ser o décimo foguete lançado em pouco mais
de um mês de operações.
A
maratona operacional abarcou as operações Barreira XIII, que serviu para testar
a modernização dos radares do centro, e Astrus, em que a empresa Avibras testou
seus novos foguetes de artilharia que serão fornecidos ao Exército Brasileiro.
Nesse período, também aconteceu a operação War, com o primeiro lançamento de
foguete acadêmico realizado pelo CLBI, projetado e produzido por alunos de
engenharia da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha.
Segundo
o Diretor do CLBI, Coronel Maurício Lima de Alcântara, a ideia de lançar um
foguete acadêmico é um objetivo antigo e vai ao encontro da vocação
didático-pedagógica que a organização vem concretizando nos últimos anos.
"Estamos
investindo em parcerias com universidades e outras organizações tecnológicas.
Nossa meta é fomentar o desenvolvimento acadêmico e despertar talentos na área
aeroespacial”, explica.
Operação
War
As
tratativas para a execução da operação War começaram há um ano. Um dos
professores do grupo de estudantes de engenharia alemão veio à Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para ministrar uma palestra sobre
combustão líquida e se interessou em conhecer a estrutura do CLBI. O projeto
universitário tem 120mm de diâmetro; 2,30m de comprimento e atingiu ápice de 5
mil metros, a uma velocidade de 350m/s. Uma comitiva de 15 pessoas, entre
acadêmicos e professores, acompanhou o lançamento.
O
próximo passo do CLBI é a realização de uma competição de foguetes acadêmicos
que deve reunir as universidades brasileiras que possuem cursos de engenharia
aeroespacial, como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
CLBI Terá Centro Vocacional Tecnológico
Com
inauguração prevista para o final deste ano, será implantado no CLBI um Centro
Vocacional Tecnológico (CVT). O objetivo é aproximar estudantes de ensino
fundamental e médio das atividades espaciais. O projeto, que está em fase
licitatória, prevê a instalação de contêineres com oficinas que ensinem os
alunos sobre os processos envolvidos na construção e lançamento de um foguete.
Fonte: Site da Força Aérea
Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentário: Bom leitor analisando as atividades ocorridas
neste mês no CLBI e o pouco ou quase nenhum alarde feito pela Aeronáutica em
relação a estas atividades, me parece que a FAB vem agora adotando uma postura
diferente com relação à divulgação do que acontece em seus centros de
lançamento, o que se por um lado é positivo, por outro dificulta ainda mais a
divulgação de nossas atividades espaciais para sociedade. A noticia com relação
a tal “Operação War” realizada conjuntamente com a Universidade Técnica de Munique, é em nossa opinião extremamente
positiva e demonstra que como defendíamos em nossos comentários os centros brasileiros
podem e devem perfeitamente ser oferecidos para a comunidade internacional como
acontece com a Base de Esrange, na Suécia e a Base de Andoya, na Noruega,
bastando para isto ter atitude, e que aquela história de que os nossos centros
ficavam longe e de que havia uma impossibilidade logística não passava de pura
conversa fiada de gente que não tem interesse em se mexer. Note leitor que a
tal missão apesar de positiva, só veio acontecer por um acaso, mesmo o DCTA/FAB
tendo um acordo exitoso de mais de 40 anos com o DLR alemão, agência esta que
tem contatos com diversas instituições universitárias, centros de pesquisas e
instituições privadas europeias e de diversas partes do mundo que se utilizam para
lançar seus experimentos tanto a Base da Noruega e da Suécia, bem como a longínqua
Base de Woomera no Sul da Austrália. Já passou da hora de fazermos os
investimentos realizados nestes dois centros darem retorno e não esperar que
acasos como este aconteçam. Que bom que aconteceu e que sirva de exemplo para
os “GENTE QUE FAZ” desses centros, se é que realmente existem. Fora a América
Latina leitor, um grande mercado que deveria há décadas estar usando as facilidades
disponibilizadas pelos centros de lançamento brasileiros. Já quanto à notícia
do tal “Centro Vocacional Tecnológico”, sinceramente espero e torço que seja verdadeira,
pois a ideia realmente me agrada, e se não for mais uma fantasia do presidente fantoche
dessa Agência Espacial de Brinquedo (AEB), poderá marcar a gestão desse incompetente
pelo menos com algo de real valor.
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