Professores e Alunos Comemoram os Resultados Alcançados Com o Projeto UBATUBASAT
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada na edição de maio do “Jornal
do SindCT” destacando que professores e alunos da Escola de Ubatuba comemoram os resultados alcançados com o Projeto UBATUBASAT.
Duda Falcão
NOSSA
PAUTA 3
Professores
e Estudantes
Comemoram Resultados
Jornal do SindCT
Edição nº 37
Maio de 2015
Rafaela Daniol Torres, Maryanna Conceição e Glécia
Alencar Rodrigues são alunas do segundo ano do ensino médio da Escola Municipal
Presidente Tancredo de Almeida Neves (ETEC). Há seis anos na escola, participam
do Ubatuba- Sat e estão se especializando há mais de três anos nas técnicas de
solda do projeto. “É legal participar do projeto, estudar com os amigos.
E pensar também no futuro. Penso em fazer engenharia
eletrônica”, conta Rafaela. Glécia afirma que a equipe da escola e do projeto
virou quase uma família. “Estou pensando em trabalhar com isso. Tenho prática,
peguei gosto. Temos que trabalhar com aquilo que a gente gosta”. Maryanna
relembra as viagens de 2012 para os EUA, com nove alunos, e de 2013 para o
Japão, com 12 alunos. “Fomos as três para o Japão e para os EUA. O mais
interessante foi conhecer a cultura de cada local, que é bem diferente”. O
professor Rogério Stojanov, que acompanha a evolução das três nas soldas,
explica que, no caso do satélite, tudo terá que funcionar bem para dar certo.
“Basta uma coisa não funcionar para dar tudo errado. Por
isso, é preciso ser muito rigoroso”. Ele registra que os equipamentos do novo
laboratório foram comprados com recursos da Associação de Pais e Mestres da
escola. Além disso, a partir de 2014 a ETEC passou a oferecer o novo curso de
Ensino Médio Integrado à Informática, o “MIN”. Trata-se de um curso de período
integral, com uma carga horária de aproximadamente uma vez e meia a do curso
convencional de ensino médio.
O MIN oferece muitas aulas de laboratório, além de
matérias ausentes no curso convencional: cálculo diferencial e integral, por
exemplo. Dalton Derik Bueno Oliveira ingressou no MIN em 2015, após uma seleção
com cerca de 100 alunos para 40 vagas. “Fiquei entre os dez primeiros. Gosto
mais de Exatas. Sou mais números do que letras”. Ao se formar, pensa em fazer
algo ligado à tecnologia. “Meus pais falam que esse é o futuro. Gosto muito de
mexer com computadores e sempre fui apaixonado por matemática”.
A professora Patrícia Patural avalia que os projetos
criam possibilidades que mudam radicalmente a vida dos alunos. “São jovens que,
em muitos casos, nunca saíram de Ubatuba. E de repente vão para os EUA, para o
Japão. Conhecem um laboratório da NASA! Ajudamos a produzir uma consciência de
que eles podem fazer muito mais”. (AB)
Fonte: Jornal do SindCT - Edição 37ª - Maio de 2015
Comentário: Pois é, não posso deixar de registrar que li
esta matéria bastante emocionado, pois para mim é um sonho realizado observar o
que está ocorrendo nesta escola de Ubatuba com esses adolescentes e
professores. Quando fui estudante de Intercambio Cultural nos anos 80 nos EUA,
me associei na época ao não mais existente NSI - NATIONAL SPACE INSTITUTE (hoje
conhecida como NSS - NATIONAL SPACE SOCIETY), instituição que editava a saudosa
Revista SPACE WORLD e que costumava realizar passeios com seus associados,
principalmente para Cabo Canaveral, visando naquela época acompanhar os
lançamentos dos Ônibus Espaciais, exemplo que hoje acredito seja seguido também
pela atual NSS. No meu único passeio na época com o grupo de associados do NSI
(apesar de ser mais barato do que uma excursão comum continuava caro para
minhas condições de estudante) infelizmente fui surpreendido com o cancelamento
do voo do Ônibus Espacial, mas nesta viajem uma das atividades prevista para os
associados do NSI era a visita a uma espécie de SPACECAMP que estava na época
acontecendo na Flórida, visita esta que valeu por cada centavo gasto por mim.
Foi lá que vi pela primeira vez que atividades espaciais não eram simplesmente
coisas de cientistas loucos e consagrados e que jovens de quase todas as idades
podiam sim ter acesso a essas tecnologias, inclusive participando e criando
projetos. Sai de lá embasbacado e extremamente preocupado, não só pelo fato de
ter a consciência de que o futuro da humanidade está no espaço, mas
principalmente por observar que para nós brasileiros este futuro estava há anos
luz de distancia. Qual não foi a minha surpresa quando soube em 2012 que a
empresa Acrux Aerospace Technologies de São José dos Campos (SP), realizaria o
1º SPACECAMP do Brasil (estive presente na primeira fase deste evento) e
posteriormente a criação desta fantástica iniciativa do Prof. Cândido Moura.
São exemplos extremamente positivos que tem resultado em outras iniciativas sérias
tão positivas quanto, como a Missão Lunar da USP São Carlos abordada aqui
recentemente na entrevista com o Eng. Lucas Fonseca (veja aqui), fruto do desejo
deste profissional e de seu sócio que deixaram carreiras sólidas e bem
sucedidas na Europa para retornarem ao Brasil e tentar mudar os rumos de nosso
Programa Espacial. Parabéns a esses realizadores e visionários, quiça eles
fossem maioria não só no PEB, bem como em todas as áreas que compõem a
Sociedade Brasileira. Certamente assim os nossos governantes teriam outra
postura.
“ O BOM EXEMPLO TEM QUE SER DIFUNDIDO PARA OUTROS ESTADOS DO BRASIL” O GRUPO CEFAB PARBENIZA UBATUBA.
ResponderExcluirEnsinar astronomia e astronáutica , assim como as demais disciplinas científicas, sob o viés investigativo e na perspectiva da resolução de problemas, permite desenvolver habilidades ou competências que são típicas das ciências e essenciais em sua realização, como a curiosidade , a admiração e a imaginação agregadas as matérias de química, física e a própria Madre superiora ( á Matemática). Ou, ainda, o próprio senso de iniciativa, de exploração e de descoberta, tão característico da atividade científica. Nem sempre nos damos conta disso, mas trabalhar com base no desenvolvimento de habilidades é o foco para o qual se encontram, atualmente, mais justificativas no ensino de ciências. Afinal, em tempos de informação amplamente disseminada, o que cabe a nova revolução de ensino proposto: A formação e revitalização didática do professor. Manter-se no papel tradicional de divulgador dos novos conhecimentos que serão introduzidas as novas matérias, conceitos básicos de: Astronomia, Astronáutica, Eletrônica, Informática , etc. Onde todos serão preparados, estabelecidos ou estimular o desenvolvimento de habilidades destes novos conceitos de ensino , necessárias, inclusive, para que os alunos analisem (e até superem) criticamente o conhecimento disponível.Com todos esses propósitos a (re)introdução destas estimulantes matérias em nosso currículo básico pode colaborar em sair da área de comodismo, enfadamento, monotonia e abstinência das aulas. Afinal, é difícil pensar em exemplo de disciplina científica que comporte tantos ‘problemas’ e possibilidades de investigação e a participação de grupos formados nas salas de aula. Os lançamentos de foguetes, o desenvolvimento dos Cansat´s, como ressaltam nos países desenvolvidos, é interdisciplinar, vale-se de dois laboratórios, um interno e outro natural, nos campos de investigação, observações noturnas com os telescópios e dos testes estáticos e lançamentos. Não adianta fugir da realidade, quanto as questões de revitalização dos módulos de ensino Está enraizada na história e nas culturas destas tecnologias , apresenta uma diversidade de problemas e discussões, e embates da teoria e na praticidade, apela à curiosidade dos jovens , motiva , especula-se , permite desenvolver habilidades, ideias, propicia a formulação de modelos explicativos próprios (e sua superação), oferece oportunidade de visão global, promove o conhecimento científico, contribui para a criticidade e, ainda, gera prazer estético futuristico, na produção da futuros engenheiros que irão ajudar o nosso PEB.