Brasil Ganha Medalhas em Olimpíadas de Astronomia

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada dia (07/10) no site do “Jornal da Ciência” da SBPC informando estudantes brasileiros ganham medalhas de ouro, prata e bronze na II Olimpíada Latino-americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA).

Duda Falcão

Brasil Garante Medalhas de Ouro, Prata e
Bronze em Olimpíadas de Astronomia

Bruno L'Astorina
(Comitê Científico e Didático da
Olimpíada Brasileira de Astronomia)
Jornal da Ciência
07/10/2010

Estudantes brasileiros ganharam quatro medalhas de ouro na II Olimpíada Latinoamericana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) realizada de 5 a 10 de setembro em Bogotá, Colômbia.

Todos os cinco estudantes brasileiros foram premiados na II Olimpíada Latinoamericana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). As medalhas de ouro foram trazidas pelos estudantes Lucas Smaira (Guaxupé, MG), Rodrigo Pomgeluppi (Itabira, MG), Richard Martim Souza, (Rio de Janeiro, RJ) e Catarina Neves (São Paulo, SP). Além disso, a estudante Helena Wu (Santana do Parnaíba, SP) foi premiada com a medalha de bronze.

A equipe foi liderada pelos professores João Batista Garcia Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), e Julio César Klafke, da Universidade Paulista (UNIP).

Também foram premiados todos os cinco integrantes da equipe brasileira na IV Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês), que aconteceu entre 12 e 21 de setembro na capital da China, Beijing.

Thiago Hallak (São Paulo, SP) voltou com medalha de prata; Luiz Felipe Martins Ramos (Rio de Janeiro, RJ), Tábata Amaral (São Paulo, SP) e Gustavo Haddad (São José dos Campos, SP) trouxeram bronze; e Tiago Gimenes (São Bernardo do Campo, SP) recebeu menção honrosa.

A equipe foi liderada pela professora Thaís Mothé Diniz, do Observatório do Valongo/UFRJ, e por Felipe Pereira, um dos ex-participantes da Olimpíada, doutorando em Física pela Universidade de São Paulo (USP).

Participam das olimpíadas estudantes de ensino médio de todo o mundo, selecionados a partir suas correspondentes nacionais - como na maior parte das olimpíadas de conhecimento.

No Brasil, a seleção acontece a partir da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que existe desde 1998. Em 2010, participaram da OBA cerca de 780 mil alunos, distribuídos em 9.200 escolas.

Do total, cerca de 120 alunos são chamados para um curso semi-presencial, ministrado por ex-participantes da olimpíada, durante oito meses. No fim deste curso, há uma ou duas provas de seleção, e então são definidos os dez alunos selecionados: cinco para a IOAA e cinco para a OLAA.

O Brasil encabeçou, no ano passado (2009), junto com outros seis países latino-americanos, a fundação da OLAA. Seus objetivos estão centrados na integração latino-americana e no incentivo ao ensino e divulgação da astronomia na região. Sua primeira edição ocorreu no mesmo ano, na cidade do Rio de Janeiro.

Já a IOAA foi fundada em 2007 por cinco países asiáticos e europeus. Sua organização, independente e colegiada entre os países participantes, é reconhecida pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) e agora busca o reconhecimento da UNESCO. O Brasil participa desde sua primeira edição e, em 2012, sediará o evento.

A organização da OBA, bem como a participação brasileira na IOAA e na OLAA, são de responsabilidade da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e Furnas S.A. A verba para treinamento e participação dos estudantes brasileiros em olimpíadas internacionais vem, em sua maior parte, de agências de financiamento estatal, principalmente do CNPq.


Fonte: Site do Jornal da Ciência da SBPC de 07 de outubro de 2010.

Comentário: Muito boa notícia que demonstra a capacidade de nossos estudantes nessa área, mas que infelizmente está mal dimensionada pela AEB e pela SAB pela falta de eventos no país que permitam a esses estudantes a criarem, coordenarem e participarem de projetos astronômicos e astronáuticos como já ocorre nos chamados “Spacecamps” mundo a fora há muitos anos. O IAE promove anualmente um evento nessa categoria (até onde eu sei infelizmente só direcionado a estudantes universitários) na área Aeronáutica que é o “Aerodesing”. No entanto, não existe no Brasil ainda um evento na área espacial que aproveite a competência e o entusiasmo desses estudantes como ocorre em outros países. Temos os foguetes, temos os estudantes, temos a competência para organizar e coordenar eventos como esse e o que falta é a visão aos pseudos gestores do PEB e do governo, cegos pela ignorância e incompetência administrativa. As possibilidades são enormes, inclusive com a participação de países latino-americanos, mas a cegueira é ainda maior e assim nossos estudantes continuarão por muito tempo lançando foguetes de água. Lamentável! Parabéns aos jovens estudantes brasileiros pelas medalhas conquistadas.

Comentários

  1. Caro colega,

    Sou professora de escola pública de Minas Gerais, e neste ano recebemos um material interessantissimo sobre austronautica,lhe confesso que no primeiro momento fiquei perdida, apesar do material ser de excelente qualidade, que tal vc incluir no blog tecnologia espacial e meio ambiente na sala de aula? ou mesmo tópico em meio ambiente e ciências atmosféricas. Iria ser de grande contribuíção na educação. Ah ... olhei o seu perfil, tenho um colega do curso de doutorado que assina como vc (Augusto Cesar Falcao) . Meu contato: sicupira.eliana@gmail.com

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  2. Olá Eliana!

    Seja bem vinda ai blog. Bom Eliana, eu não entendi bem o que você quis dizer. Que material foi esse que a sua escola recebeu? Foi o material do programa “AEB Escola” da Agência Espacial Brasileira (AEB)? Caso seja esse o material, você pode solicitar orientação à mesma sobre como utilizar esse material. Além disso, se não me engano, a própria AEB oferece treinamento para os professores num evento que ocorre durante alguns dias na base em Alcântara (MA). Veja bem Eliana, eu não sou professor e a função do blog é divulgar notícias sobre o Programa Espacial Brasileiro (PEB) e suas ciências correlatas (Astronomia, Astrofísica, Astrobiologia, Cosmologia, Etc.). No entanto, as notícias são divulgadas e às vezes comentadas por mim, quando elas existem na net, entende? É um trabalho de coleta de informações. No entanto, acredito que se você fizer uma pesquisa nos textos postados desde a criação do blog em 30/04/2009 (use o tópico “Pesquisa no Blog” que fica na coluna da esquerda ou mesmo individualmente por mês, também na mesma coluna) talvez você encontre informações que possa usar em sala de aula, tá ok? Quanto ao seu colega do curso de doutorado se o mesmo é baiano de Salvador e chama Augusto César Velloso Falcão, ele é meu irmão.

    Abs

    Duda falcão
    (Blog Brazilian Space)

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