CBERS-3 Será Lançado em Novembro de 2011
Olá leitor!
Vinicius Neder,
com informações da Assessoria
de Comunicação do INPE
13/10/2010
Segue abaixo uma nota postada hoje (13/09) no site do “Jornal da Ciência” da SBPC destacando que segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara, o Satélite CBERS-3 será lançado em novembro do próximo ano.
Duda Falcão
CBERS-3 Será Lançado em Novembro de 2011
Vinicius Neder,
com informações da Assessoria
de Comunicação do INPE
13/10/2010
A próxima versão do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, o CBERS-3, será lançada em novembro do próximo ano, segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Gilberto Câmara.
A previsão de Câmara foi feita nesta quarta-feira, dia 13, durante a reunião de cúpula do Comitê de Satélites de Observação da Terra (CEOS), no Rio de Janeiro, que vai até quinta-feira, dia 14. O INPE ocupa atualmente a presidência do CEOS.
Em 12 de maio deste ano, o INPE anunciou o fim de operações do CBERS-2B, com o qual perdeu contato desde março. Os atrasos no cronograma de lançamento do CBERS-3 estariam relacionados com o embargo à venda de componentes eletrônicos de aplicação espacial, imposto à China pelos Estados Unidos, segundo reportagem do jornal "Valor Econômico" publicada em maio. A próxima versão do satélite será lançada da China, assim como os CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B.
"Enquanto isso, estamos usando imagens dos satélites norte-americano, o LANDSAT, e indiano, o RESOURCESAT", disse Câmara, em entrevista coletiva nesta quarta-feira. "A Índia está presente aqui e confirmou a disposição de renovar o acordo de recepção de dados, de tal forma que o novo satélite indiano vai poder ser usado", completou Câmara, referindo-se ao RESOURCESAT-2, a ser lançado no fim deste ano.
Segundo Câmara, os acordos para compartilhamento de dados entre as agências garantem o monitoramento do solo brasileiro. "Os dados desses satélites suprem as necessidades. Naturalmente, gostaríamos de ter mais dados, mas a tendência é que a próxima geração de satélites de observação da Terra aumente muito a quantidade e a qualidade de informações que a gente presta para o Brasil", afirmou o diretor do INPE.
O compartilhamento de dados de monitoramento terrestre via satélite é uma das principais agendas do CEOS. Em 2004, o INPE foi pioneiro ao disponibilizar imagens de satélite gratuitamente, para usuários de todo o mundo. Dois anos depois, a NASA, agência espacial dos Estados Unidos, adotou iniciativa semelhante.
Também durante a entrevista coletiva, o secretário-geral do Grupo sobre Observações da Terra (GEO, na sigla em inglês), José Achache, destacou o acesso a dados livres como ponto crítico da cooperação científica entre agências espaciais do mundo todo. O GEO reúne 84 países e trata de todo o tipo de monitoramento sobre a Terra (não apenas o espacial).
Gilberto Câmara também destacou avanços em negociações para cooperação científica com a NASA, conforme encontros no âmbito da reunião de cúpula do CEOS, nesta terça-feira, dia 12. A disposição colaborativa da agência norte-americana iria além da liberação de informações dos satélites e estaria relacionada a mudanças na política espacial promovidas pelo governo de Barack Obama.
"A NASA, com a nova política espacial, está focando em observações da Terra, entendendo o planeta em que vivemos, e numa ênfase muito definitiva em colaboração internacional. Nove das 13 missões de pesquisa [da NASA] envolvem colaboração internacional substancial", afirmou Michael Freilich, diretor da Divisão de Ciência da Terra da NASA, depois de citar o caso da lacuna deixada pelo CBERS-2B como exemplo da importância da colaboração internacional nesse campo.
Cúpula
Durante a reunião de cúpula do CEOS também foi anunciada a adesão de dois membros: o National Satellite Meteorological Center (NSMC), órgão da China Meteorological Agency (CMA), e a South African National Space Agency (SANSA). Criado em 1984, o CEOS concentra 28 agências espaciais e 20 organizações internacionais.
Ao fim da reunião, nesta sexta-feira, dia 15, a Agenzia Spaziale Italiana (ASI) assume a presidência rotativa do comitê. A reunião também resultará num relatório sobre todos os fatores influentes nas mudanças climáticas que podem ser monitorados via satélite. O objetivo é subsidiar a reunião do GEO, em Pequim (China), em novembro, e a Conferência das Partes (CoP-16) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, em inglês), em Cancún (México), em dezembro.
Fonte: Site do Jornal da Ciência da SBPC de 13 de outubro de 2010
Comentário: Com anos de experiência no acompanhamento dos projetos do PEB, aprendemos logo que prazos pré-estabelecidos pelas instituições responsáveis por seus desenvolvimentos não tem (a não ser em raríssimas exceções) a devida preocupação em ser cumpridos por essas mesmas instituições. Assim sendo, prefiro aguardar pra vê se essa novela do CBERS-3 se encerrará mesmo em novembro de 2011. No entanto, não resta dúvida do excelente trabalho que vem realizando o senhor Gilberto Câmara na direção do INPE e de que pela primeira vez é divulgado um prazo mais preciso para o lançamento desse satélite. Porém, as variáveis no PEB são enormes não tendo o senhor Gilberto Câmara total controle sobre as mesmas e assim sendo, o que hoje é azul amanhã pode ser vermelho. Vamos aguardar e torcer.
Meu caro:
ResponderExcluirComo você mesmo já deve ter citado por aqui, essa demora já coloca em dúvida se compensaria o lançamento do CBERS-3, pois, lendo este trecho:"[...]gostaríamos de ter mais dados, mas a tendência é que a próxima geração de satélites de observação da Terra aumente muito a quantidade e a qualidade de informações que a gente presta para o Brasil[...], não sei não, mas acho que o CBERS-3 pode ser até "engavetado".
Olá Jairo!
ResponderExcluirVeja bem, o lançamento do CBERS-3 não há dúvida que acontecerá, só não sei se em novembro de 2011. O satélite está quase pronto e os testes finais devem ser realizados ainda no primeiro semestre de 2011. O problema não é o INPE e muito menos os chineses e sim a burrocracia do governo brasileiro que pode atrapalhar a liberação dos recursos necessários para a devida conclusão do satélite nos prazos exigidos para o cumprimento dessa previsão de lançamento. Além disso, o satélite sofre boicote internacional (principalmente dos americanos) na venda de certos subsistemas e equipamentos para o mesmo que não são fabricados no Brasil ou na China. Porém, acredito que esse problema já tenha sido equacionado pelo INPE e pela CAS chinesa e a grande ameaça mesmo poderá ser os burrocratas de Brasília.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)