Empresa Telespazio Realizou Simpósio Sobre tecnologias de Radar Orbital em Brasília
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (24/09) no site da
Força Aérea Brasileira (FAB), destacando que a empresa italiana “Telespazio” realizou
em Brasília, na ultima na quinta-feira (20/09), um Simpósio Sobre
Tecnologias de Radar Orbital.
Duda Falcão
TECNOLOGIA
Empresa Telespazio Realiza Simpósio
Sobre tecnologias de Radar Orbital
Satélite com RADAR SAR capta imagens, em qualquer horário
do dia
e da noite, mesmo em áreas cobertas de nuvens, tanto na
superfície
terrestre quanto marítima
Por Tenente João Elias
Revisão: Major Alle
Fonte e Edição: Agência Força Aérea
Publicado: 24/09/2018 17:00
Fotos: Soldado Wilhan Campos
A Empresa Telespazio, uma prestadora de serviço do
Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), e que é uma joint venture entre
a Leonardo e a THALES, que implantou o Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações Estratégicas (SGDC), realizou, na quinta-feira (20), em
Brasília (DF), o Simpósio sobre tecnologias de radar orbital para Defesa e
Inteligência, em parceira com a Força Aérea Brasileira (FAB),por meio da
Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE).
O objetivo foi divulgar os recentes avanços tecnológicos
e o emprego de ferramentas de geotecnologias que envolvem sensoriamento radar
na solução de problemas brasileiros, bem como promover a troca de experiências
entre os integrantes civis e militares presentes. O evento reuniu
oficiais-generais da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da FAB, além
do Embaixador da Itália, de representantes do Ministério da Defesa Italiano, da
Agência Espacial Italiana, de empresas brasileiras e de universidades.
"Somente nos últimos três anos, passamos a dar uma
maior atenção ao espaço, principalmente, por meio da criação da CCISE e
da Reestruturação dos
padrões de governança. Nós já sabemos quais são as prioridades, como é o caso
do satélite ótico, e, logo depois, o satélite SAR. Esse evento trata de
Satélite SAR e a Telespazio é uma das grandes empresas no mundo que trabalha
com essa tecnologia e, com certeza, nós vamos conseguir dar um passo à frente
nesse tipo de conhecimento", destacou o Comandante da Força Aérea
Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato.
De acordo com o Ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna,
o Brasil já possui um satélite para a produção de comunicações e um satélite
para produção de imagens vai complementar uma necessidade urgente. "Nós já
estamos atrasados nesse tipo de tecnologia espacial e o país gasta muito dinheiro
adquirindo imagens internacionais a preço caríssimo quando podemos obter
imagens já com a dimensão total do Brasil, voltadas para o que nos interessa em
diferentes áreas", ressaltou.
O Embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini,
enfatizou as diversas parcerias que o Brasil e o Grupo Leonardo já realizaram,
como o desenvolvimento do caça AM-X, conhecido na FAB como A-1. "O setor
aeroespacial é uma nova trilha de cooperação entre a Itália e o Brasil. Espero
que a colaboração entre essas duas nações seja cada vez mais presente",
enfatizou.
Já o representante da Agência Espacial Italiana, Roberto
Ibba, disse que a cooperação entre os países pode trazer evoluções. "Creio
que essa cooperação com a Defesa da Itália, além da troca de imagens, pode
transferir a experiência entre os países e ampliar essa versatilidade",
especificou.
Satélite SAR
O Satélite com RADAR SAR (do inglês Shyntethic
Aperture Radar ou Radar de Abertura Sintética) é um satélite de
observação da terra que tem diversas aplicações, como na meteorologia,
agricultura, conservação da biodiversidade, cartografia, inteligência e
segurança.
Segundo o integrante do Ministério da Defesa da Itália,
General Fortunato di Marzio, os satélites são fundamentais não só para questões
militares. "A Itália tem uma grande experiência em gestão de informações
espaciais para utilidade civil. Elas colaboram na recuperação muito mais rápida
em casos de terremoto, por exemplo, ou de desastres ambientais. Nós estamos
convencidos de que satélites e tecnologias desse tipo podem ajudar o Brasil, um
país grande, com o maior território da América do Sul, em questões como o
monitoramento da selva", pontuou.
De acordo com os especialistas, esse radar possui
tecnologia que capta imagens, em qualquer horário do dia e da noite, mesmo em
áreas cobertas de nuvens, tanto na superfície terrestre quanto marítima.
"O Brasil, que possui mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados,
precisa de tecnologia para manter o controle do seu território, combater
atividades criminais e prevenir desastres naturais, e isso pode ocorrer por
meio de imagens desse sistema", afirmou o representante do Grupo Leonardo,
Placido de Maio.
Outras empresas privadas brasileiras assistiram ao
seminário. De acordo com o presidente da empresa Santiago e Cintra, Eduardo
Oliveira, os radares SAR e óticos poderão trabalhar em conjunto. "Nós
trabalhamos com dados óticos, temos vários contratos atualmente na área de
desmatamento. A integração de dados orbitais e dados óticos só iria contribuir
para que seja diminuído drasticamente o desmatamento", disse.
PESE
Ainda durante o evento, o Vice-Presidente da CCISE,
Brigadeiro do Ar José Vagner Vital, apresentou o Programa Estratégico de
Sistemas Espaciais (PESE), que é gerenciado por sua organização militar.
Conforme estabelece a Estratégia Nacional de Defesa, cabe à FAB, por delegação
do Ministério da Defesa, a responsabilidade de promover uma série de medidas
com o objetivo de garantir a execução desses projetos na área nacional e a
consequente autonomia de produção nacional.
"O nosso programa abarca o Centro de Operações
Espaciais [COPE], as frotas de satélites e o sistema de acesso ao espaço
que compreende os lançadores e os centros de lançamento. Isso tudo
prevendo o uso integrado do espaço para atender às necessidades do Estado
Brasileiro", declarou.
O Chefe do COPE, Coronel Marcelo Vellozo Magalhães,
destacou a importância do simpósio. "Todo satélite tem uma missão e esse
simpósio fala sobre a aplicação do satélite SAR, o que vem muito a contribuir,
e o COPE está preparado para operar uma tecnologia orbital dessa
natureza", finalizou.
Fonte:
Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentário:
Bom leitor eu vou realmente ficar aqui na torcida para que o modelo de parceria
adotado (caso aconteça realmente) com esta empresa italiana para este Satélite Radar
SAR, seja o mesmo adotado na época no projeto do caça AMX (projeto este que trouxe
grandes benefícios tecnológicos a Aeronáutica Brasileira) e não no modelo
adotado neste trambolho francês que atende pelo nome de SGDC-1 que, repito, foi
extremamente caro, não contribuiu em nada tecnologicamente para o Brasil e
ainda existe a forte suspeita de ser inseguro e monitorado pela Organização do Tratado
de Atlântico Norte (OTAN).
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