SPAnet Vai Conectar Toda a Pesquisa Astronômica Realizada em São Paulo
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado ontem (17/03) no site da
Agência FAPESP, destacando que um a Rede Paulista de Astronomia (São Paulo Astronomy Network – SPAnet) criada
dia 16/03 último, vai conectar toda a pesquisa astronômica realizada no
estado de São Paulo.
Duda Falcão
Notícias
SPAnet Vai Conectar Toda a Pesquisa
Astronômica Realizada
em São Paulo
Por José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
17 de março de 2017
(Foto: Large Latin-America Millimeter Array)
Comitê Gestor da São Paulo Astronomy Network, constituído
em workshop realizado na FAPESP, fará cadastro de empresas com
potencial de
atuação no campo da instrumentação astronômica.
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A criação da
Rede Paulista de Astronomia (São Paulo Astronomy Network – SPAnet) atesta o
ponto de maturação alcançado pela pesquisa astronômica no Estado de São Paulo.
Constituída em workshop realizado na sede de FAPESP em 16 de março de 2017, a
rede será coordenada por Laerte Sodré Junior, professor titular e diretor do
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de
São Paulo (IAG-USP).
Além de Sodré,
o Comitê Gestor da SPAnet, eleito por aclamação no final do evento, será
composto por: Adriana Valio (Universidade Presbiteriana Mackenzie), na
Coordenação Científica; João Braga (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais),
na Coordenação Acadêmica; Claudia Lúcia Mendes de Oliveira (IAG-USP), na
Coordenação de Instrumentação; Gustavo de Araújo Rojas (Universidade Federal de
São Carlos), na Coordenação de Educação; e Lucimara Pires Martins (Universidade
Cruzeiro do Sul), na Coordenação de Comunicação.
Como primeira
de suas atividades, caberá ao Comitê Gestor elaborar o Plano para a Astronomia
de São Paulo. “Esperamos que esse documento informe a comunidade científica e o
grande público sobre o significado e os objetivos da SPAnet, voltados para a
promoção da astronomia paulista e o aumento das conexões entre os integrantes
da área. E contemple alguns tópicos cruciais para o desenvolvimento do setor:
como aumentar o impacto de nossa ciência; como promover a instrumentação e a
participação industrial na atividade astronômica; e como melhorar a educação e
a difusão científica em astronomia”, disse Sodré à Agência FAPESP.
Entre outras
ações de curtíssimo, curto ou médio prazos atribuídas ao Comitê, destacam-se a
criação de um escritório de educação e divulgação, destinado a levar os temas
maiores da astronomia e os resultados das pesquisas astronômicas realizadas em
São Paulo para o grande público; a realização de um censo da astronomia
paulista, com o levantamento completo das iniciativas e pessoas envolvidas na
área; e a elaboração de um cadastro de empresas de tecnologia com potencial de
atuação no campo da instrumentação astronômica.
Como enfatizou
Sodré logo no início do encontro, “conectividade” é a palavra-chave para
definir o que se espera dessa rede, em uma área que se desenvolveu de forma
espetacular nos últimos anos, mas cujas iniciativas e pessoas ainda carecem de
maior integração. Cursos compartilhados, melhor aproveitamento da
infraestrutura disponível, maior acesso aos grandes telescópios geridos por
consórcios internacionais, workshops pontuais sobre pesquisas em andamento são
alguns resultados que podem advir desse aumento de conectividade.
A comunidade
astronômica sediada em São Paulo reúne cerca de 160 cientistas, que participam
da publicação de mais de 500 artigos científicos por ano, cerca de 2,2% do
total mundial. Como lembrou o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de
Brito Cruz, presente na abertura do workshop, até 2005, o impacto desses
artigos estava abaixo da média internacional. Houve um pico de impacto em 2012.
E hoje o fator de impacto está 40% acima da média – um dos melhores indicadores
de qualidade da pesquisa científica paulista.
Esse salto
qualitativo foi fortemente determinado pelo robusto aporte de recursos da
FAPESP ao setor: R$ 230 milhões no período 2007-2016. “Em grande parte graças à
FAPESP, o Estado de São Paulo dispõe agora de uma infraestrutura em astronomia
que poucos países têm. Somos parceiros de telescópios de grande porte no Chile
e no Havaí, possuímos um radiotelescópio em Itapetinga e, por via competitiva,
nossos pesquisadores têm acesso a outras facilidades observacionais tanto na
Terra quanto no espaço, em vários comprimentos de onda”, comentou Sodré.
A mais recente
dotação de vulto, de R$ 162 milhões, aprovada pela FAPESP em 2014-2015,
assegurou a participação brasileira em três grandes projetos internacionais: o
Giant Magellan Telescope (GMT),
o primeiro dos telescópios terrestres gigantes previstos para entrar em
operação no Chile; o Large Latin-America Millimeter Array (LLAMA),
um radiotelescópio de 12 metros em construção na porção argentina do deserto do
Atacama; e o ASTRI
Mini-Array, um conjunto de nove telescópios para radiação gama que será
o precursor do Cherenkov Telescope Array (CTA), o
maior observatório de raios gama do mundo, com cerca de 100 telescópios.
Duas condições
apresentadas pela FAPESP para a aprovação dessa dotação foram a criação de
laboratórios integrados de instrumentação científica, reunindo eletrônica,
óptica, mecânica e tecnologia de informação, e a criação de uma rede de
astronomia. Os laboratórios deverão ser inaugurados em 24 de março próximo. E a
rede é a SPAnet, que acaba de ser criada.
“Vamos tentar
estabelecer uma estratégia para cada frente: ciência, tecnologia, educação.
Gostaríamos que todas as pessoas que atuam de alguma maneira em astronomia
possam participar. Em princípio, todas as instituições que fazem astronomia em
universidades e centros de pesquisa, e mesmo fora deles, como planetários, são
bem-vindos”, concluiu Sodré.
Para saber mais sobre as pesquisas astronômicas desenvolvidas por pesquisadores paulistas leia as reportagens publicadas na Agência FAPESP e na revista Pesquisa FAPESP:
Fonte: Site da Agência FAPESP
Comentário: Bom, bom, muito bom mesmo, como já havia dito
em meu comentário anterior, além de ser um grande exemplo para outros astrônomos
espalhados por outros estados da federação. Parabéns a Comunidade Paulista de Astrônomia,
vocês estão no caminho certo.
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