SCD-1: Um Fenômeno do Mundo dos Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo um interessante artigo postado dia (03/03)
no site do “defesanet,com”, tendo como destaque o primeiro satélite oficial desenvolvido
no Brasil por brasileiros, ou seja, o Satélite de Coleta de Dados (SCD-1),
satélite este que está há 24 anos operando no Espaço e quebrando recordes.
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - ESPECIAL
ESPAÇO - TECNOLOGIA
SCD-1: Um Fenômeno do Mundo dos Satélites
Após 24 anos no espaço o SCD (Satélite de Coleta de
Dados) ainda funciona
mesmo que parcialmente. O excepcional é que foi planejado
durar 1 ano.
Júlio Ottoboni
03 de Março, 2017 - 10:20 ( Brasília )
Logo da missão SCD1 com os principais participantes na
época.
|
São 24 anos no
espaço, completados em fevereiro, em órbita da Terra, e ainda se encontra
funcionamento. O Satélite de Coleta de Dados (SCD-1), o primeiro de uma série
prevista pela Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), é hoje um fenômeno
entre os satélites artificiais do mundo. Seu projeto inicial era para funcionar
um ano, recolhendo dados ambientais das Plataformas de Coleta de Dados (PCD)
espalhadas pelo território nacional.
Caso o SCD-1
alcance seu 25º ano no espaço, a serem completados em 09 de fevereiro de 2018,
ele se tornará um dos mais bem sucedidos objetos espaciais com função de
monitoramento ambiental já produzido pelo segmento aeroespacial. Um feito
praticamente inédito na história da tecnologia satelitária desde o começo da
corrida espacial, na década de 50. Esse é um dos satélites mais longevos em relação
ao seu projeto inicial.
O tempo de 25
anos é calculado como o máximo de tempo para um objeto em órbita terrestre
baixa, como a do SCD-1 que é de 750 quilômetros, sofra com o efeito de arrasto
da gravidade do planeta e caia na superfície, geralmente se desintegrando na
reentrada atmosférica.
"A
longevidade do SCD-1 comprova o alto grau de competência técnica não só das
equipes de engenharia espacial e de integração e testes que participaram do
desenvolvimento do satélite, como também das equipes de operação em voo do
Centro de Rastreio e Controle de Satélites do INPE", comentou o
engenheiro do instituto, Jun Tominaga.
O lançamento
do SCD-1 colocou o Brasil entre as nações que dominam o ciclo completo de uma
missão espacial desde sua concepção até o final de sua operação em órbita. Com
115 kg, o SCD-1 foi totalmente projetado, desenvolvido e construído pela equipe
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de São José dos Campos.
Para seu desenvolvimento, o Inpe investiu em laboratórios com tecnologia de
ponta, como o Laboratório de Integração e Testes ( LIT) e no desenvolvimento de
técnicos e engenheiros.
Esse pequeno
satélite foi um marco na coleta de dados ambientais e que são distribuídos para
instituições nacionais governamentais e do setor privado. Elas desenvolvem
aplicações e pesquisas em diferentes áreas, como estudo da química da
atmosfera, previsão meteorológica e climática, controle da poluição e avaliação
do potencial de energias renováveis.
O SCD-1 foi
lançado com começo de fevereiro de 1993, a partir do foguete Pesagus, de origem
norte americana. Nas próximas semanas ele completa sua órbita 127.000, algo
próximo a marca de seis bilhões de quilômetros girando em torno do planeta.
Para se ter uma ideia da trajetória, a distância média entre a Terra e Marte é
de cerca de 225 milhões de quilômetros.
Devido a uma
falha em sua bateria, desde 2010, o satélite tem funcionado quando está
iluminado pelo Sol. Com a falha no suprimento de energia, de acordo com o
Centro de Rastreio e Controle do Inpe, o SCD-1 ainda consegue coletar e
transmitir dados ambientais, que acabam destinados ao monitoramento de bacias
hidrográficas, marés, meteorologia, clima, pesquisas sobre mudanças climáticas
e desastres naturais.
Atualmente, a
carga útil do satélite se resume a um transponder de coleta e transmissão de
informações telemétricas. O SCD-1 opera em horários determinados do dia, o que
equivale a cerca de 65% do tempo total anterior.
O segundo
transponder, denominado de serviço, que recebe os telecomandos do Inpe para as
correções de órbita do satélite não funciona mais. A perda deste equipamento
diminui a precisão das estimativas do posicionamento do satélite no espaço.
Embora ainda se tenha condições de efetuar algumas operações de controle do
SCD-1.
Os técnicos do
INPE fazem periodicamente manobras para manter os painéis solares apontados
para o Sol, para captar energia, e o radiador voltado para o espaço a fim de
dissipar calor. Desde sua colocação no espaço, a velocidade de rotação do
satélite, que o manter em órbita, vem diminuindo, dos iniciais 120 rpm
para 5 rpm este ano. Isso tem afetado a estabilidade na rotação e no seu ângulo
em relação à superfície do planeta. E tem causado uma elevação das temperaturas
de alguns equipamentos embarcados, que hoje estão acima dos limites
estabelecidos.
Apesar dos
problemas mencionados, o SCD-1 continua fornecendo dados de carga útil válidos
a seus usuários, de modo que, embora com alguma degradação, ainda realiza sua
missão de coleta de dados ambientais em um nível satisfatório.
O Satélite de Coleta de Dados (SCD-1), o primeiro de uma
série
prevista pela Missão Espacial Completa Brasileira.
|
O SCD montado no foguete Pegasus e o bombardeiro B-52 a serviço da NASA. |
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário:
O SCD-1, bem como o SCD-2, são a comprovação de que realmente ‘podemos’, de que
o Brasil tem profissionais atuando nos institutos do PEB, nas empresas
brasileiras do setor e também fora do
país em empresas estrangeiras e em Agencias Espaciais de outros países (NASA,
ESA, JAXA, ROSCOSMOS, DLR, CNES, ASI, entre outras) capazes e preparados para atingir
resultados como este, mas a verdade é que com exceção do ex-presidente SARNEY
(curioso isso), em momento algum os governos civis desses debiloides tiveram
comprometimento com este importantíssimo programa para o futuro da Nação
Brasileira. Nunca houve de fato por parte dos governos civis desde Fernando
Collor de Mello qualquer politica espacial efetiva e dinâmica que facilitasse e
estimulasse o desenvolvimento do setor no país. A tal Política
Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE), não passa de uma tremenda piada, e o
documeto gerado para descrever essa fatasiosa política não serve nem mesmo como
Papel Higênico. O leitor menos observador pode está se perguntado o porquê
disso, mas o entendimento é de fácil compreenção. Programa Espacial em um
país onde ainda se acredita que a Lua é a morada de São Jorge, não gera voto, e
para os populistas de merda que infestam a classe política desse Território de
Piratas, o voto é à base de sustentação deles no poder, portanto pouco ou nada importa
de fato que soluções realmente desenvolvimentistas sejam tomadas, e assim são
gerados os projetos populistas de fachada que pouco contribuem para impedir o
crescimento dos problemas que afetam a nação, mas serve para manter a população
ignorante, submissa e conivente com os interesses nefastos desses vermes. O PEB
teve um bom começo e esse satélite foi um dos frutos desse bom começo, mas na época
vivíamos a ditadura militar, onde havia mais respeito e compromisso com os
interesses da nação e hoje estamos nas mãos desses vermes corruptos e
comprometidos com os seus próprios interesses. Nos falta um Programa Espacial
de verdade, isto não resta a menor dúvida, especialmente se quisermos ter voto
nas questões planetárias nos próximos anos, mas a verdade é que a situação é
ainda mais grave, pois nos falta algo bem maior, ou seja, um verdadeiro PROGRAMA
DE NAÇÃO, programa este que infelizmente jamais será implementado enquanto
perdurar esta dinastia nefasta dos populistas no país. Acordem enquanto é tempo.
À época não tínhamos um lançador para este e ( aos berros )E AINDA NÃO TEMOS ATÉ HOJE , o que que esses INCOMPETENTES estão fazendo .
ResponderExcluirOlá Justin!
ExcluirPara responder sua pergunta é preciso que você primeiro entenda que o Programa Espacial Brasileiro é um Programa de Governo, diretamente ligado as decisões do Poder Executivo, e não um Programa de Estado como deveria ser como a Saúde, a Educação, entre outros. Respondendo sua pergunta, a maioria dos profissionais sérios quando se convenceram de que o Governo não queria realmente conduzir um Programa Espacial deixaram suas funções para trabalhar na industria, em outros países ou mesmo em outras áreas. Os que ficaram, se acomodaram ou tentaram de alguma forma manter o programa vivo, mas Programa Espacial Justin é uma questão de Estado e só se faz com comprometimento governamental, seja estabelecendo uma política efetiva e dinâmica, seja gerando demanda, seja estimulando a formação contínua de novos profissionais, seja fornecendo os recursos financeiros, humanos e logísticos necessários, e principalmente cobrando por resultados, coisa que só existiu durante os governos militares, mesmo numa época em que os recursos eram difíceis, mas havia o real interesse de desenvolver as atividades espaciais do país. Havia motivação, seriedade e compromisso e hoje isso só existe em alguns profissionais do setor e são a ações deles que ainda mantem o programa vivo.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Obrigado , Duda , pela resposta , quero esclarecer que os INCOMPETENTES aos quais me refiro são os (des )governos , atual e anteriores , que não estão e nem estiveram nem ai pro nosso moribundo programa espacial.
ExcluirOlá Justin!
ExcluirNão há de que amigo, estamos aqui para isso.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)