INPE Desenvolve Combustível Espacial Limpo
Olá leitor!
Segue abaixo uma grande notícia postada hoje (15/03) no
site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o “Laboratório
Associado de Combustão e Propulsão (LCP)” do instituto desenvolveu um combustível
limpo e mais barato para foguetes e motores de satélites.
Duda Falcão
INPE Desenvolve Combustível Espacial Limpo
Quarta-feira, 15 de Março de 2017
Um combustível limpo e mais barato para foguetes e
motores de satélites foi desenvolvido no Laboratório Associado de Combustão e
Propulsão (LCP) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
À base de etanol e etanolamina, o novo combustível é combinado
ao peróxido de hidrogênio concentrado e começa a queimar espontaneamente, sem a
necessidade de uma fonte de ignição externa (confira no vídeo disponível aqui).
Localizado no INPE de Cachoeira Paulista, o LCP é o único laboratório no Brasil
que concentra peróxido de hidrogênio (popularmente conhecido como água
oxigenada) para uso aeroespacial.
"A eficiência é próxima a dos propelentes tradicionalmente utilizados em
propulsão, a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio. Porém, os nossos
propelentes não são nocivos a saúde, ao contrário da hidrazina que é
cancerígena e do tetróxido que é fatal a uma exposição de 10 minutos a uma
concentração de 200 ppm no ar", explica Ricardo Vieira, chefe do LCP/INPE.
O novo combustível pode ser usado em motores de apogeu, ou seja, de
transferência de órbita de satélites ou, ainda, em últimos estágios de veículos
lançadores. O peróxido de hidrogênio é cedido ao INPE pela Empresa Peróxidos do
Brasil e concentrado no LCP até 90% em peso.
"O mais interessante é comparar o custo destes propelentes. A importação
de hidrazina e de tetróxido de nitrogênio custa, respectivamente, R$ 712,00/kg
e R$ 1.340,00/kg. Já o peróxido de hidrogênio 90% é preparado no LCP a um custo
aproximado de R$ 15,00/kg e o combustível à base de etanol/etanolamina de
R$35,00/kg", completa Vieira.
O vídeo disponível aqui mostra teste de um
motor-foguete de 50 N, que emprega água oxigenada 90% como
oxidante e etanol/etanolamina como combustível, adicionando sais de cobre como
catalisador para a reação.
O desenvolvimento tecnológico contou com financiamento da Fapesp, como parte da
tese de doutorado de Leandro José Maschio (USP), orientada pelo chefe do
LCP/INPE Ricardo Vieira.
Saiba mais sobre o LCP/INPE: www.lcp.inpe.br
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
Comentário: Olha aí leitor, apesar do caos, uma boa
notícia, e note que quando isso acontece não tem como origem a nossa Agencia
Espacial de Brinquedo (AEB), agência esta que só sabe divulgar notícias e
conquistas dos outros, além de mentiras e fantasias. Parabéns ao LCP do INPE.
Excelente notícia. Quanto a nossa AEB, acredito que precisamos primeiro descobrir qual a sua real finalidade.
ResponderExcluirPois é Pe. Paulo Giovanni!
ExcluirJá havia passado da hora de termos uma notícia desta. Porém é ainda muito pouco para um Programa Espacial de 56 anos de idade.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)