Foguete Brasileiro a Etanol Passa em Testes na Alemanha
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (17/03) no site
“Inovação Tecnológica”, destacando que foram finalizados os testes da queima de
um estagio superior de um foguete germano/brasileiro que supostamente se encontraria em
desenvolvimento.
Duda Falcão
ESPAÇO
Foguete Brasileiro a Etanol Passa
em Testes na Alemanha
Redação do Site Inovação Tecnológica
17/03/2017
[Imagem: Airbus Safran Launchers GmbH]
Os testes serviram para a escolha do melhor projeto
de um
mecanismo interno do foguete.
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Foguete Verde
As agências
espaciais do Brasil (AEB) e da Alemanha (DLR) deram um passo importante no
desenvolvimento de um foguete alimentado por etanol, que as duas entidades
chamam de "propulsão verde".
Foram
finalizados com êxito na Alemanha os testes de queima do estágio superior do
foguete.
"Duas cabeças de injeção com diferentes conceitos foram desenvolvidas em paralelo, a fim de encontrar a tecnologia ótima para a propulsão do futuro foguete germano-brasileiro," explicou Lysan Pfützenreuter, gerente do projeto na DLR.
"Duas cabeças de injeção com diferentes conceitos foram desenvolvidas em paralelo, a fim de encontrar a tecnologia ótima para a propulsão do futuro foguete germano-brasileiro," explicou Lysan Pfützenreuter, gerente do projeto na DLR.
"Nesta
primeira série, alcançamos todos os nossos principais objetivos do teste. Foi
realizado com êxito um total de 42 ignições durante um período de 20 dias.
Durante estes testes, pudemos analisar de perto, entre outras coisas, o comportamento
da ignição e a estabilidade do sistema durante a ignição e o arranque da câmara
de empuxo. A partir daí, obtivemos conhecimentos importantes para o
desenvolvimento de motores adicionais," acrescentou a engenheira
aeroespacial.
Cabeças de Injeção
As duas
cabeças de injeção diferem na forma como o combustível é aspergido na câmara de
combustão e misturado com o oxigênio.
Um dos
sistemas foi desenvolvido no Brasil, por engenheiros do Instituto de
Aeronáutica e Espaço, e o outro foi desenvolvido na Alemanha pela empresa Airbus
Safran Launchers, dentro do projeto SALSA, que visa construir um foguete de
propulsão a álcool em substituição aos combustíveis sólidos.
Com os dados
dos testes, a equipe agora definirá o melhor projeto de cabeça de injeção para
equipar o motor L75, que equipará o foguete brasileiro destinado ao lançamento
de pequenos satélites.
Lançador de
Nanossatélites
A Agência
Espacial Brasileira espera abrir mercado para o foguete de pequeno porte com o
forte apelo do "combustível verde", além de conseguir atuar no
emergente mercado dos nanossatélites.
Além disso, o
"novo" combustível poderá reduzir significativamente o custo dos
lançamentos espaciais, uma vez que o custo de fabricação, transporte e
armazenagem do etanol é significativamente inferior ao da hidrazina, o composto
químico mais utilizado nos foguetes de combustível líquido de pequeno e médio
portes.
Em 2014, o Brasil lançou com êxito seu primeiro foguete a etanol, mas
o VS-30 V13 é projetado apenas para voos suborbitais.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Comentário: Tenha calma leitor, essa notícia me parece truncada,
pois creio que o tal foguete do Projeto SALSA europeu a ser desenvolvido, não
tem nada haver com o Brasil, e no que diz respeito à participação brasileira
nestes testes, é somente em relação ao desenvolvimento da cabeça de injeção do motor líquido
L75. Ponto. Entretanto, antes que você fique eufórico com tudo isso, vale lembrar
que quando em outubro do ano passado o IAE anunciou o inicio dos testes a
quente na Alemanha da câmara de empuxo desse motor, um comentário polêmico feito no Blog
pelo pesquisador Fausto Ivan Barbosa (veja aqui), pesquisador este que havia
participado deste projeto do IAE e até onde sei, atualmente trabalhando no ITA, gerou uma grande discussão e colocou em dúvida a viabilidade de todo o projeto. Sinceramente leitor, para
mim foi um grande balde de água fria, pois foi à confirmação inequívoca de que
o governo brasileiro não tem o menor interesse de conduzir um programa espacial
de verdade. Ou o Pesquisador Fausto Ivan Barbosa disse besteira (o que eu
duvido muito), ou o motor L75 caminha para dentro de alguns anos tornar-se peça
de exposição no Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB) como lembrança da falta
de seriedade e compromisso de um governo composto por vermes vagabundos. Portanto
leitor, relaxe e não se deixe levar por essa notícia. Vale aqui um
esclarecimento. O fato dos testes com o Motor L75 estarem sendo realizados na
Alemanha, é explicado pela falta de instalações no Brasil para realizar testes
com motores líquidos deste tipo de empuxo, e isto por si só, apos 56 anos
de atividades espaciais do país, já é uma clara demonstração da falta de compromisso
governamental com o Programa Espacial Brasileiro (PEB). Aproveitamos para agradecer publicamente ao leitor Marcelo Farias pelo
envio desta notícia.
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