Rede Paulista de Astronomia Será Lançada Durante Workshop na FAPESP
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada hoje (13/03) no site da
Agência FAPESP, destacando que Rede Paulista de Astronomia será lançada durante Workshop na FAPESP.
Duda Falcão
Notícias
Rede Paulista de Astronomia Será
Lançada Durante Workshop
na FAPESP
Por Samuel Antenor
Agência FAPESP
13 de março de 2017
(imagem: GMT)
SPAnet reunirá pesquisadores em rede para intensificar o
compartilhamento do conhecimento em astronomia produzido
em diferentes
instituições do Estado de SP.
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Astrônomos de
diferentes instituições de ensino e pesquisa de São Paulo estarão reunidos dia
16 de março, na sede da FAPESP, para o lançamento da São Paulo Astronomy
Network (SPAnet) – Rede Paulista de Astronomia –, voltada a promover o
intercâmbio de informações entre diferentes pesquisadores, instituições e
projetos de pesquisa.
Primeira do
gênero no Brasil, a SPAnet será apresentada à comunidade científica que
debaterá a criação de uma estrutura de gestão para a rede que possibilite a
integração da pesquisa e da infraestrutura existentes, visando o fortalecimento
da astronomia feita no Estado de São Paulo.
O workshop
também servirá para identificar ações imediatas que contribuam para aumentar a
visibilidade nacional e internacional da pesquisa paulista em astronomia, além
de discutir maneiras de promover a educação científica na área e trazer
contribuições científico-tecnológicas e econômicas para a sociedade.
Na abertura do
evento, Laerte Sodré, professor do Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), fará
um balanço da pesquisa astronômica paulista e apresentará os objetivos da
SPAnet.
De acordo com
ele, a rede terá como diferencial o acesso a uma infraestrutura em astronomia
que poucos países têm. “A ideia de criar uma rede de astronomia surgiu da
necessidade de organizar esforços isolados para a construção de uma infraestrutura
para pesquisas na área.
Em São Paulo,
somos parceiros de telescópios de grande porte no Chile e Havaí, com
participação de pesquisadores no Giant Magellan Telescope (GMT), no projeto de
radioastronomia Large Latin-America Millimeter Array (LLAMA), em colaboração
com a Argentina, e no projeto de altas energias ASTRI Mini-Array”, exemplifica.
Sodré também
ressalta as colaborações internacionais nesses projetos que envolvem temas na
fronteira da ciência contemporânea. Segundo ele, dada a complexidade dos
projetos, nenhuma iniciativa isolada teria mais sucesso do que a soma de expertises
de diferentes instituições. “De fato, se aproveitarmos as oportunidades em
projetos de ponta, teremos chance de fazer uma verdadeira revolução na nossa
astronomia”, afirma.
Ele explica
que a maximização do uso de recursos ajudará a conseguir resultados de impacto,
de alta visibilidade nacional e internacional. “Uma parte importante desses
projetos é o desenvolvimento de instrumentação científica. Assim, vamos
procurar promover atividades que impulsionem também a instrumentação
astronômica”, comenta, reforçando que, para a formação da SPAnet, foram
contatadas cerca de 10 instituições, com mais de 130 pessoas.
Rede em Discussão
Durante o
workshop, quatro mesas-redondas vão promover a discussão sobre diferentes aspectos
da pesquisa astronômica em São Paulo, duas na parte da manhã e outras duas à
tarde.
Na primeira
delas serão debatidas estratégias para aumentar a visibilidade da ciência, com Lucimara Pires Martins, do Centro de Ciências Exatas
e Tecnológicas da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL), Oli Dors Jr., do Instituto de Pesquisa e
Desenvolvimento da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), Odylio Aguiar, do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), João Steiner e Beatriz Barbuy, ambos do IAG/USP.
Na segunda,
voltada à promoção da instrumentação e da participação industrial, o grupo será
composto por Luiz Vitor de Souza, do Instituto de Física de São
Carlos (IFSC/USP), Bruno Castilho, do Laboratório Nacional de
Astrofísica (LNA), Claudia Vilega Rodrigues, do INPE, Danilo Zanella e Elisabete Dal Pino, ambos do IAG/USP, e José Octávio Armani Paschoal, do GMT Brazil.
Na parte da
tarde, serão debatidas ações para melhorar a educação e a difusão científica,
em mesa composta por Augusto Damineli, do IAG/USP, André Milone, do INPE, Rodolfo Langhi, da Faculdade de Ciências da
Universidade Estadual Paulista (UNESP/Bauru), e Gustavo Rojas, do Núcleo de Formação de Professores
da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Na última
mesa-redonda, Othon Winter, da UNESP de Guaratinguetá, João
Braga, do INPE, Gustavo Lanfranchi, do Núcleo de Astrofísica Teórica
da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUl), Roberto Costa, do IAG/USP, e Adriana Valio, do Centro de Rádio Astronomia e
Astrofísica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, vão discutir as formas de
gestão propostas para a SPAnet.
No
encerramento do workshop, Sodré vai apresentar a estrutura de um documento e
coordenar a escolha dos relatores para a elaboração do Plano para a Astronomia
de São Paulo, com discussões sobre estratégias e ações que ajudem a ampliar e
dar sustentação à SPAnet.
A Rede
Paulista de Astronomia foi inspirada em iniciativas similares bem-sucedidas,
como o South American Institute for Fundamental Research (SAIFR), sediado no
Instituto de Física Teórica (IFT) da UNESP, e na Netherlands Research School
for Astronomy (NOVA), que congrega as principais instituições de pesquisa em
astronomia da Holanda, considerada uma das mais sofisticadas do mundo.
Para Sodré,
trata-se de uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento da astronomia
em São Paulo em termos científicos, tecnológicos e educacionais. “Queremos
aumentar a conexão entre os pesquisadores do estado para criar as condições que
permitam ampliar o impacto e a visibilidade da astronomia paulista. Vamos criar
as condições para as coisas acontecerem”, diz.
A programação
completa do evento está disponível em www.fapesp.br/10777. Para inscrever-se gratuitamente acesse o
endereço www.fapesp.br/eventos/spanet/inscricoes.
Fonte: Site da Agência FAPESP
Comentário: Pois é leitor, bom, muito bom mesmo, já que a
união faz a força e os pesquisadores paulistas estão corretíssimos em se
unirem. Isto demonstra que enquanto o Programa Espacial Brasileiro segue sem
rumo e afundando cada vez mais nas mentiras e fantasias desses energúmenos, a Astronomia Brasileira segue avançando
e se preparando como pode para os anos vindouros, sendo este evento um primeiro
passo muito importante. Espero que,
mesmo que seja em nível não oficial e nas horas vagas dos intervalos dos
debates sobre esta Rede SPAnet, discussões entre pesquisadores possam ter como tema missões
de Astronomia Espacial, sejam elas unicamente brasileiras ou através de cooperação
internacional. Eu particularmente acharia muito interessante o desenvolvimento
de um pequeno telescópio espacial que pudesse ser posicionado além da órbita da
Lua, projeto este, por exemplo, que poderia ser realizado em cooperação com a
Argentina, Chile e outros países da América do Sul que se interessassem pelo mesmo.
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