Programa de Satélite SGDC Sobrevive a Ajuste Fiscal
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo publicado hoje (15/11) no site do
Jornal Folha de São Paulo e postado no dia de hoje no site da Força Aérea
Brasileira (FAB), destacando que o Programa do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas
(SGDC) sobrevive a ajuste fiscal.
Duda Falcão
Programa de Satélite Brasileiro
Sobrevive a Ajuste Fiscal
Mariana Barbosa
Folha de São Paulo
15/11/2015
Foto: Jorge Araújo/Folhapress
Eduardo Bonini, presidente da Visiona, com réplica
do satélite
geoestacionário brasileiro.
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Prioridade
nacional desde a revelação de que a presidente Dilma foi espionada pelos EUA,
em 2013, a criação de uma rede segura de telecomunicações do governo brasileiro
caminha para se tornar realidade com o lançamento do primeiro satélite
geoestacionário do país.
Com
previsão de entrar em órbita entre setembro do ano que vem e fevereiro de 2017,
o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) vai custar
R$ 1,8 bilhão ao país.
Os
primeiros equipamentos de solo que irão equipar as bases de Brasília e Rio já
chegaram, e a construção do satélite nas instalações da fabricante
franco-italiana ThalesAlenia Space, na França, já está "mais de 50%
avançada", diz Eduardo Bonini, presidente da Visiona, joint venture entre
Embraer (51% de participação) e a estatal Telebrás (49%) criada para executar o
projeto do SGDC.
"Todas
as datas estão dentro do cronograma."
Embora
o orçamento da Agência Espacial Brasileira não tenha passado ileso pelo ajuste
fiscal promovido pelo governo Dilma (foi reduzido de R$ 300 milhões para R$ 230
milhões neste ano), a verba do programa SGDC, bancada pelos ministérios da
Defesa e das Comunicações, está garantida.
Localizado
a 35,8 mil km da terra, o
satélite será lançado da Guiana Francesa e terá uso 10% militar e 90% civil.
Objetivo
do Programa
* Tornar mais segura à comunicação estratégica
do governo brasileiro.
* Prover a inclusão digital, com cobertura de internet em 100% do país.
* Receber tecnologia para no futuro ser capaz de integrar satélites no país.
Empresas
Envolvidas
ThalesAlenia
Space: Fornecedora do satélite
Arianespace: Responsável pelo foguete-lançador
Visiona: Joint ventre de Embraer (51%) e Telebrás (49%)
Lançamento
Previsto
* Entre setembro de 2016 e fevereiro de 2017 na base francesa de Kourou,
na Guiana Francesa
Carga
Útil
* Baseado na
plataforma Spacebus 4000, o SGDC levará duas cargas úteis, um com 50
transponders banda Ka oferecendo taxa de transferência de até 80 Gbps e o outro
com 7 transponders banda X
O
Satélite
Peso: 5,8 Toneladas
Custo do
projeto: R$ 1,8 bilhão
Vida útil: 15 anos
Altura: 7 metros
Envergadura: 37 metros
A
chamada banda X será usada para as necessidades de comunicação do governo, sob
gestão da Defesa. E a banda KA será usada para atender ao PNBL (Plano Nacional
de Banda Larga).
"De
um lado, ficaremos livre do tipo de influência como a da Agência de Segurança
Nacional dos EUA [NSA, na sigla em inglês], com uma rede segura de
governo", afirma o presidente da Telebrás, Jorge Bittar.
"De
outro, o satélite vai complementar a nossa rede de fibra óptica para podermos
atingir áreas remotas e muito pobres e oferecer serviços de governo, nas áreas
de educação, de saúde."
Só
uma dezena de países é capaz de construir o próprio satélite e fazer seu
lançamento. Mas, se no passado a corrida espacial estava envolta em disputas
geopolíticas entre as grandes potências, hoje a indústria é movida pela
necessidade estratégica de controle e acesso a uma rede de telecomunicação.
A
indústria de satélites já representa cerca de 60% da indústria espacial.
Segundo a Associação da Indústria de Satélites, o setor movimentou US$ 195,2
bilhões em 2013. Só os EUA são responsáveis por 44% desse total.
Um
dos objetivos do governo com o SGDC é adquirir tecnologia, por meio de um
programa de absorção e transferência incluído no contrato com a ThalesAlenia,
para que um dia o país seja capaz de produzir um satélite geoestacionário
nacional.
"Este
é o objetivo, mas esse processo não se materializa em menos de uma
década", diz Petrônio de Souza, diretor de Política Espacial da Agência
Espacial Brasileira, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
APOSTA
A
Visiona, que traz na bagagem a experiência da Embraer e um time de engenheiros
com passagem pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), é a nova
aposta do governo para estimular a indústria espacial nacional.
"Queremos
reforçar a cadeia industrial nacional para que a gente tenha competência não
apenas para fazer satélites de órbita baixa, mas também fazer a integração de
satélites geoestacionários", diz Bonini. "Mas esse é um plano de
longo prazo, não é para dois ou três anos."
Para
estimular a demanda por satélites e diversificar seus próprios negócios, a
Visiona também vai entrar no mercado de fornecimento de imagens de satélite de
altíssima resolução para empresas dos mais variados setores como agricultura,
construção, mineração.
A
empresa acaba de firmar um acordo com quatro dos maiores operadores de satélite
do mundo e que juntos contam com mais de 20 satélites em órbita.
"Nosso
objetivo é que clientes nacionais ajudem a estimular a demanda para se ter mais
um satélite de órbita baixa, o que poderia ocorrer em três a cinco anos."
OBJETIVO
DISTANTE
Instabilidades
orçamentárias do programa brasileiro ao longo das décadas e a ênfase no
desenvolvimento da capacidade tecnológica por meio de institutos de pesquisa,
em detrimento do desenvolvimento de uma indústria espacial, fizeram com que o
programa do país não alcançasse seus objetivos.
Desde
1997, o país contabiliza três tentativas de lançamentos de satélite fracassadas
na sua base de Alcântara, no Maranhão, incluindo um grave acidente em 2003,
quando 21 pessoas morreram.
Por
meio do INPE, o país é capaz de produzir cerca de 50% do conteúdo de um
satélite de sensoriamento remoto, que faz observação e transmite fotos da terra
com informações meteorológicas e de desmatamento, por exemplo.
Esses
satélites ficam alocados a menos de 1.000 km de altura e pesam de três a quatro
vezes menos do que um satélite geoestacionário.
Foto: Axel Bugge/Reuters
Veículo Lançado de Satélites (VLS) no centro de lançamento
de Alcântara, no Maranhão.
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Fonte: Site da Força Aérea
Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Comentário: Kkkkkkkkkkkkk, e realmente alguém duvidava que fosse diferente? Ora
leitor, é claro que tem uma parte da história nesta iniciativa que não esta sendo
contada e tenha certeza, nada nobre.
Oi Duda, você pode comentar sobre a real intenção da iniciativa, qual a parte da história não contada? (perdoe-me a ignorância, não sou da área e acompanho esporadicamente o seu blog)
ResponderExcluirBom dia Tânia!
ExcluirSerá que é necessário? Observe o que está acontecendo em torno desse desgoverno desastroso e você obterá a sua resposta.
Abs
Duda Fallcão
(Blog Brazilian Space)
Não sei se a pergunta é pior que a resposta ou o inverso! No texto está claro os objetivos do projeto....
ResponderExcluirPor que você faz um blog sobre esse assunto? Só para falar contra? Essa foi uma grande sacada do governo Dilma.
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