ON Reúne Placas Fotográficas Que Contribuíram Para Comprovar Teoria da Relatividade
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (17/11) no site do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que uma equipe do
Observatório Nacional (ON) reuniu as placas fotográficas da expedição
brasileira que contribuiu em 1919 para comprovar a Teoria da Relatividade de Albert
Einstein.
Duda Falcão
ON Reúne Placas Fotográficas Que Contribuíram
Para Comprovar
Teoria da Relatividade
Equipe selecionou 61 placas do Observatório Nacional que
documentam eclipse de 1919. Observação em Sobral (CE)
ajudou a demonstrar conclusões de Albert Einstein.
Por Ascom do ON
Publicação: 17/11/2015 | 17:20
Última modificação: 17/11/2015 | 17:24
Crédito: Observatório Nacional
Uma equipe do
Observatório Nacional (ON/MCTI) fez um levantamento das placas fotográficas que
fazem parte do resultado da expedição que observou o eclipse total do Sol na
cidade de Sobral (CE) em 1919 e contribuiu para a comprovação da Teoria da
Relatividade Geral, de Albert Einstein.
Composto pelo astrônomo
Carlos H. Veiga, pelas bibliotecárias Katia T. dos Santos e M. Luiza Dias e
pelo analista Renaldo N. da S. Junior, o grupo avaliou 900 placas fotográficas
do acervo da biblioteca do Observatório. Pela importância científica, foram
selecionadas as 61 placas das observações do famoso eclipse, que ainda guardam
fielmente a imagem da lua nova encobrindo perfeitamente a imagem do Sol,
registradas num dia muito especial para a ciência.
A partir da segunda
metade do século XIX, as imagens fotográficas eram registradas em placas de
vidro. Esse dispositivo, coberto por uma emulsão contendo sais de prata
sensíveis à luz, era usado não só para registrar o cotidiano, mas também pela comunidade
astronômica, até a última década do século passado, para observação de corpos
celestes. Por ter um baixo coeficiente de dilatação térmica, as placas de vidro
garantiam, ao longo do tempo, a precisão e confiabilidade das medidas
astronômicas.
A fotografia permitiu um
grande avanço para a astronomia e para o desenvolvimento da astrofísica,
passando a ter um papel de detector, comparando os dados observacionais com o
distanciamento temporal de grandes estruturas, como as galáxias. Em 1873 foi
iniciado um programa sistemático de observação da atividade das manchas solares
e eclipses e da coroa solar.
Uma Manhã Que Mudou a Ciência
Na manhã de 29 de maio
de 1919, um fenômeno celeste trocaria, por alguns minutos, o dia pela noite
numa pacata cidade do Nordeste brasileiro. Os minutos de duração do fenômeno
deveriam ser aproveitados ao máximo. Era a oportunidade para comprovar
experimentalmente uma nova afirmação científica prevista por uma teoria
idealizada por Einstein (1879-1955), físico de origem alemã: a relatividade
geral, que pode ser entendida como uma teoria que explica os fenômenos
gravitacionais.
Sobral, a cidade
cearense, seria o palco que ajudaria a confirmar um efeito previsto pela
relatividade geral: a deflexão da luz, na qual um feixe de luz (neste caso,
vindo de uma estrela) deveria ter sua trajetória encurvada (ou desviada) ao
passar nas proximidades de um forte campo gravitacional (no caso, gerado pelo
Sol).
Esse desvio da luz faz
com que a estrela observada seja vista em uma posição aparentemente diferente
de sua posição real. O objetivo dos astrônomos era medir um pequeno ângulo
formado por essas duas posições.
Naquele dia, aconteceria
um eclipse solar total. Os cálculos previam que deveria haver, pelo menos, uma
estrela localizada no fundo de céu cuja luz passasse próxima ao bordo solar.
Com essa configuração e boas condições meteorológicas, haveria grande chance de
comprovar a nova teoria.
Leia mais e veja outras imagens do evento
histórico, além de indicações bibliográficas.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
Comentário: Pois é leitor, simplesmente fantástico. Este Observatório
Nacional tem é história.
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