Oportunidade Para a Indústria Espacial Brasileira?
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo escrito pelo Sr. Joel Chenet (Thales Alenia Space) e postado ontem (08/03) pelo companheiro André Mileski em seu no
Blog Panorama Espacial.
Duda Falcão
Oportunidade Para a
Indústria Espacial Brasileira?
Joel Chenet
Thales Alenia Space
O Brasil Perdeu a Liderança do Setor Espacial na
América do Sul?
No ano passado, a Argentina lançou com sucesso seu
próprio satélite de comunicações. Investimentos não muito grandes, porém
constantes, foram a chave para o desenvolvimento de uma solução “made in
Argentina”, contando ainda com apoio da indústria europeia.
Hoje, após este sucesso, a Argentina quer expandir-se
para fora de suas fronteiras e tornar-se o líder sul-americano no fornecimento
de soluções para outros países como Colômbia, Peru, Venezuela e outros.
Este é um cenário inesperado, pois o Brasil tem investido
em atividades espaciais há muito mais tempo do que os outros países da América
do Sul, com muito mais investimento acumulado.
Novos Players e Novas Oportunidades Vão Chegar
A Visiona foi criada para gerenciar o programa SGDC.
Durante toda a competição, a empresa demonstrou ter plena capacidade para
dirigir o processo e para contratar com agilidade, sem nenhuma contestação das
empresas envolvidas.
A Visiona entrará numa fase mais complexa, que é a
integração do sistema completo com o satélite. É verdade que empresa vai
enfrentar alguns problemas, mas problemas estes que vão permitir adquirir
muitas competências. Com o treinamento dos seus engenheiros na Franca, que está
ocorrendo como parte do contrato, após estas etapas, a empresa contará com uma
equipe muito bem qualificada.
Como “integrador industrial”, a Visiona também
contribuirá para que as empresas brasileiras do setor possam continuar
crescendo e se desenvolvendo.
O Governo Brasileiro, durante o processo de competição,
solicitou à Thales Alenia Space um compromisso relativo à ampla transferência
de tecnologia. O cronograma para essa transferência é bem curto, portanto,
dentro de alguns anos e baseado nessas modernas tecnologias, as empresas
brasileiras estarão aptas a desenvolver e fabricar um satélite de
monitoramento.
Em complemento aos investimentos do país e das empresas,
a transferência de tecnologia é a forma mais barata e mais rápida que o país
tem para acelerar o seu processo de independência tecnológica.
O Espaço é de Suma Importância ao Governo e à População
Aplicações espaciais são algumas vezes a única solução
para se ter uma visão global dos recursos do país como as Amazônias Verde e
Azul, e também levar ao governo uma informação segura e independente sobre o que
está acontecendo no mundo.
Aplicações espaciais também são muito úteis à população,
como as comunicações, o acesso à internet, melhorar a previsão da meteorologia,
gestão da água etc. Hoje quase todas as pessoas estão usando satélites. E sem
saber.
O Espaço é a Chave Mestra Para a Economia
A Indústria Espacial Brasileira precisa se desenvolver
para não depender de outros países, mas também por razões econômicas. Em alguns
anos, as empresas brasileiras poderiam exportar serviços e equipamentos
(exportações espaciais na Europa representam a metade desse mercado). Hoje, no
mínimo, uma forte indústria espacial brasileira diminuiria as importações.
O desenvolvimento das aplicações espaciais vai criar
muitas oportunidades de negócios. Na Europa, os especialistas econômicos dizem
que cada 1 euro investidos no espaço vai gerar 20 euro na economia.
O Brasil Pode Tomar um Atalho
Para voltar a ser o líder regional no setor espacial, o
melhor caminho é usar a transferência da tecnologia e implementá-la o mais
rápido possível.
Com base em um integrador industrial (Visiona) com
competências chave como controle de atitude e órbita, e com a aquisição, por
meio da transferência da tecnologia, de competências em plataformas e
instrumentos de observação para as empresas brasileiras, o Brasil terá a
oportunidade de construir seu próprio sistema espacial para segurança, para
gestão de seus próprios recursos e seu desenvolvimento econômico.
E Voltar à Liderança da Corrida Espacial!
Joel Chenet é presidente geral da Thales Alenia Space no Brasil
Artigo publicado na edição especial de Tecnologia
& Defesa sobre atividades espaciais, em fevereiro de 2015.
Fonte: Blog Panorama Espacial - http://panoramaespacial.blogspot.com.br/
Comentário: Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,
este leitor é o clássico exemplo de como condicionar os seus próprios interesses
a situação de momento dizendo meias verdades. Triste. Não entendeu? Simples,
veja quem escreveu o artigo.
" O DESCOBRIDOR DA PÓLVORA"
ResponderExcluirAs oportunidades perdidas pelos maus administradores, foram inúmeras. O Brasil precisa de forma emergencial, recolher as ancoras que estão adentradas na lama da corrupção. Eu nunca tomei conhecimento de que se constrói um casa pelo telhado. A propósito, que é o maluco de transferir a " FULL TECNOLOGIA DE FOGUETES A PROPULSÃO LÍQUIDA"? Está sim é a base principal para se poder alcançar o espaço sideral, o resto! é complemento."
Bobinho, outro abduzido pela mídia, acredita que tudo é motivado pela corrupção. Todos os países têm corrupção, o Brasil não é exceção. A oligarquia que dá as costas para o Brasil trabalham para não permitir seu avanço. Um Brasil soberano, potência econômica e tecnologica na América do Sul não é boa idéia para alguns países.
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