Brasil Aumenta Participação em Observatórios Astronômicos
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada hoje (25/03) no site
“Inovação Tecnológica” tendo coo destaque o aumento da participação do Brasil em
Observatórios Astronômicos.
Duda Falcão
PLANTÃO
Brasil Aumenta Participação em
Observatórios Astronômicos
Com informações da Agência FAPESP
25/03/2015
[Imagem: Divulgação/LNA]
O Observatório Pico dos Dias terá uma
estação para
monitorar lixo espacial.
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Além da adesão ao Observatório Europeu
do Sul e de serem
responsáveis pela construção da segunda maior câmera astronômica do
mundo, pesquisadores brasileiros estão envolvidos em uma série de
outros projetos de âmbito internacional.
A maioria
dos instrumentos astronômicas vinha sendo desenvolvida pelas próprias
universidades e instituições de pesquisa porque até então não havia um modelo
de parceria com empresas, explica João Steiner, professor do Instituto de
Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo
(IAG-USP).
Os
primeiros instrumentos científicos para projetos astronômicos desenvolvidos no
Brasil foram para os telescópios do Observatório do Pico dos Dias,
em Minas Gerais, inaugurado em 1980, e operado e mantido pelo Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA).
"Naquela
época não havia essa possibilidade e cada universidade e instituição de
pesquisa tinha suas próprias oficinas mecânicas e eletrônicas e seus
engenheiros, e desenvolviam tudo internamente. A contratação de serviços de
empresas só começou na metade da década de 1980", disse Steiner.
Instrumentação Científica
De acordo
com os pesquisadores, uma "nova era" do desenvolvimento de
instrumentação científica para projetos astronômicos foi iniciada nos anos
2000, quando foram inaugurados o Observatório Gemini - cujas operações iniciaram em 2004
com dois telescópios gêmeos, um nos Andes chilenos e outro no Havaí - e o SOAR (Southern Observatory for
Astrophysical Research), inaugurado nos Andes em 2005.
O Brasil
conta com 6,5% de participação nas observações do Gemini, cujos telescópios têm
espelhos principais com 8,1 metros de diâmetro. No SOAR, com espelho de 4,2
metros de diâmetro, a participação brasileira é de 30%.
"Apesar
do sucesso científico da participação brasileira de 6,5% nas observações e 12%
das publicações de artigos resultados de pesquisas realizadas no observatório
em 2014, não fomos muito bem-sucedidos nas estratégias para desenvolver
instrumentação científica no Gemini, mas aprendemos algumas lições sobre como
não fazer determinadas coisas", disse Steiner. "Já no SOAR,
verificamos que contratar indústrias para ajudar a desenvolver instrumentos
científicos é o melhor caminho”
[Imagem: INPE]
O INPE também está desenvolvendo
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Espectrógrafos Ópticos
Os pesquisadores brasileiros colaboraram na construção
de três espectrógrafos ópticos para o telescópio do SOAR.
O primeiro deles é um espectrógrafo de alta
resolução espacial com unidade de campo integral, o segundo é o imageador Brazilian
Tunable Filter (BTFI), e o terceiro é o Steles - o primeiro aparelho
de alta resolução desse tipo feito no Brasil.
"Temos desenvolvido muitos espectrógrafos
alimentados por fibras ópticas, o que fez com que ganhássemos experiência no
Brasil na construção de instrumentos científicos que utilizam esse
material", disse Sodré. "Isso também nos habilitou a participar de
projetos internacionais de porte muito maior do que aqueles em que estávamos
acostumados a participar."
Um desses grandes projetos é o de desenvolvimento
do subsistema de fibras ópticas para o novo espectrógrafo do telescópio japonês
Subaru, com espelho de 8,2 metros de diâmetro, em Mauna Kea, no Havaí.
O telescópio japonês realizará de 2019 a 2023 um
mapeamento de galáxias com o intuito de entender a natureza da energia escura,
responsável pela expansão acelerada do Universo, e aumentar o conhecimento
sobre como foram formadas as primeiras aglomerações de estrelas.
[Imagem: GMT]
Telescópios Com Participação Brasileira
Pesquisadores
de universidades e instituições de pesquisa brasileiras também participarão do
desenvolvimento de instrumentação científica para o radiotelescópio Llama (Long Latin American Millimetric
Array), na Argentina, previsto para entrar em operação em 2021.
Outros
projetos astronômicos com participação brasileira são o CTA (Cherenkov
Telescope Array) - o maior observatório do mundo
dedicado ao estudo de corpos celestes que emitem radiação gama,
previsto para ser construído até 2020 nos hemisférios Sul e Norte - e o GMT (Giant Magellan Telescope) - um dos maiores telescópios do mundo,
que começará a ser construído no Chile este ano e deverá entrar em operação em
2021.
"Há a
possibilidade de indústrias brasileiras participarem da construção da cúpula do
telescópio [GMT], que será uma estrutura composta por 4 mil toneladas de
aço", disse Steiner. "Além disso, assumiremos a responsabilidade de
desenvolver alguns instrumentos científicos que envolvem tecnologias muito
típicas do setor aeroespacial."
De acordo
com o professor, a participação de pesquisadores brasileiros no desenvolvimento
de instrumentação científica para o GMT já estava prevista desde o início das
negociações da adesão do Brasil ao projeto.
"Não
basta só usar os telescópios e instrumentos científicos desenvolvidos em outros
países. Temos que aprender a fazer esses instrumentos e adquirir cada vez mais
experiência no desenvolvimento de tecnologias relacionadas à astronomia, mas
que podem ter aplicações em outros setores", avaliou.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Comentário: Bom leitor não há a menor dúvida quanto ao
crescimento da Astronomia Brasileira no nos últimos 10 anos, seja nas
participações acima citadas, ou nas descobertas astronômicas realizadas por
brasileiros neste período. Entretanto a Astronomia é uma grande área da ciência
que colabora significamente com o desenvolvimento da tecnologia espacial em
todo mundo, e nesta questão, ou seja, na Astronomia Espacial, a ação brasileira
tem se restringido apenas em participações pequenas em missões estrangeiras
como a CoRoT (Convection, Rotation and Planetary Transits)
e talvez em alguma outra menos divulgada. Em Astronomia Espacial no Brasil muito tem se falado
na Missão ASTER, na Missão da Sonda Lunar da USP/Airvatis, no tal Satélite Lattis que incluía uma Missão Astronômica, mas que parece foi infelizmente cancelado, bem como (em muito menor
escala), na possibilidade do Brasil desenvolver um Telescópio Espacial para ser
colocado em órbita, mas a verdade leitor é que em nenhum desses projetos existe a
menor certeza de que realmente se tornarão realidade, ou se entrarão para
aquela lista de projetos espaciais brasileiros frustrados (ela é enorme). Afinal,
sem recursos não se faz nada e pelo que foi divulgado a “Missão ASTER”
necessita de algo em torno de 35 a 40 milhões, a Missão Lunar algo em torno de
10 milhões e o tal Telescópio Espacial precisaria de um valor bem acima dos
outros dois projetos, algo mais no campo da Ficção Científica se levarmos em
conta o desgoverno que temos. Não há compromisso do nosso desgoverno da "Ogra" de
conduzir com seriedade um programa tão crucial para nossa soberania como o
projeto do VLS-1, que dirá missões como esta, mas enfim... apesar de tudo do
chão a Astronomia Brasileira continua avançado, e a continuar neste caminho, daqui
a dez anos, o seu desenvolvimento poderá fazer uma grande diferença.
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