São José Recebe o Centro Tecnológico da Thales-Omnisys Para Espaço e Defesa
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo publicado ontem (10/03) no site no
site “www.defesanet.com.br“
destacando que a Parque Tecnológico de São José dos Campos recebeu ontem o "Centro Tecnológico
da Thales – Omnisys para Espaço e Defesa".
Duda Falcão
COBERTURA ESPECIAL - Especial
Espaço - Tecnologia
Thales-Omnisys - Centro Tecnológico
para Espaço e Defesa
São José Recebe o Centro Tecnológico da Thales-Omnisys Para Espaço e Defesa
Júlio Ottoboni
Especial DefesaNet
10 de Março, 2015
- 22:15 ( Brasília )
Fotos: Renato Soares
A partir da
esquerda: Joël Chenet, Vice-presidente da Thales Alenia Space
para o Brasil,
Ruben Lazo, Vice-presidente da Thales na América Latina
e Julien Rousselet,
Diretor geral da Thales no Brasil.
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O Parque Tecnológico
de São José dos Campos recebeu na terça (10MAR15) o Centro Tecnológico
da Thales – Omnisys para Espaço e Defesa. O valor do
investimento anunciado é de R$ 15 milhões e foram apresentados o novo
vice-presidente da Thales na América Latina, Ruben Lazo, pelo
vice-presidente da Thales Alenia Space para o Brasil, Joël Chenet .
Participou também do encontro o diretor geral da Thales Brasil, Julien Rousselet.
O investimento
será distribuído ao longo dos próximos cinco anos e serão arcados pelas
empresas Thales
Alenia Space e Omnisys, essa de capital brasileiro e sediada em
São Bernardo do Campo (SP). O novo centro pretende estimular parcerias e ações
conjuntas em projetos com companhias brasileiras no segmento aeroespacial e
militar.
O Centro Tecnológico
Espacial está de acordo com as medidas implementadas dentro do
escopo do contrato do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC),
firmado pela Thales Alenia Space em 2013. O centro está idealmente localizado
no Parque Tecnológico de São José dos Campos, que já hospeda a empresa Visiona,
não muito longe da Embraer e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Inicialmente, o Centro Tecnológico Espacial desenvolverá parcerias tecnológicas
com empresas brasileiras do setor espacial.
Entre as
propostas do núcleo está a criação de um centro de análise de dados ligado ao
programa europeu Copernicus, desenvolvido para observação remota da Terra. O
que permitirá ao país um ganho no gerenciamento ambiental, em especial a
Floresta Amazônica, que gera inúmeras preocupações em dirigentes estrangeiros
tal sua importância para o clima planetário e a velocidade em que tem sido
destruída.
A Thales Alenia
Space é um joint venture franco-italiano do setor aeroespacial, criada em 2007,
ligando duas gigantes do setor. Atualmente a sede desta empresa do grupo fica
em Cannes, na França. No Brasil ela já opera em parceria com a Agência Espacial
Brasileira ( AEB) e num contrato firmado com a empresa Visiona,
joint-venture brasileira envolvendo a Embraer e Telebrás, que visa a construção
de um satélite de comunicação geoestacionário. É líder europeia em
sistemas de satélites e um dos principais players em infraestruturas orbitais.
É uma uma joint-venture entre a Thales (67%) e a Finmeccanica (33%). Com
faturamento consolidado de 2 bilhões de euros em 2013, a Thales Alenia Space
tem 7.500 colaboradores em França, Itália, Espanha, Alemanha, Bélgica e Estados
Unidos.
O executivo da
Thales Alenia Space para o Brasil, Joël Chenet , entende ser importante a
constituição de um centro tecnológico no Vale do Paraíba. Isso favorecerá a
aproximação da empresa com parceiros como Embraer, Visiona e com o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o principal articulador na área
satelitária do Brasil.
“Pretendemos
ajudar as universidades brasileiras a estabelecer programas como um mestrado em
engenharia em Sistemas Espaciais”, explicou o dirigente francês. A Thales
Alenia pretende criar um curso universitário voltada a satélites,
provavelmente no Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA), que
estimulará estudos financiados para o desenvolvimento de teses de doutorado
para o segmento.
Um primeiro
passo neste sentido já foi dado, com mais de 40 engenheiros do país contratados
para atuarem na empresa, voltados para estudos e pesquisas de tecnologias
espaciais a serem empregadas em projetos brasileiros.
A OMNISYS,
por sua vez, já atua no programa do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS) e
também no Amazônia-1, com previsão para ser colocado em órbita em 2017. Ambos
sob supervisão e desenvolvimento coordenados pelo INPE. E também entende que a
proximidade com as empresas do polo do Vale do Paraíba será vantajosa. Ela tem
sua sede em São Bernardo do Campo e mantém uma unidade no Rio de Janeiro. Suas
atividades estão concentradas nas áreas de controle de tráfego aéreo,
telecomunicações, satelitária, meteorologia e em sistemas de defesa aérea.
A partir da esquerda: Julien Rousselet, Diretor geral da Thales no Brasil, Joël Chenet, Vice-presidente da Thales Alenia Space para o Brasil e Ruben Lazo, Vice-presidente da Thales na América Latina. |
Fonte: Site www.defesanet.com.br
Comentário: Triste, extremamente triste esta notícia e ainda
tem gente que comemora esta estupidez. O PEB diminui de tamanho a cada ano e
com ele o número de empresas genuinamente brasileiras que durante décadas se
beneficiaram dos recursos do povo brasileiro para desenvolver as suas tecnologias. Isto é crime, já que essas empresas deveriam ser classificadas como "Empresas de Segurança Nacional". A Omnisys foi uma delas e há algum tempo já pertence ao grupo Thales, portanto
é uma tremenda de uma mentira quando o artigo diz que a Omnsys é uma empresa de
capital nacional, já foi, não é mais desde 2006. Este é apenas um exemplo do
que vem ocorrendo com as empresas do setor espacial do país, muitas já vendidas,
como a antiga Eletroeletrônica, a Optvac e a atual AEL Sistemas. Fala-se nos
bastidores que a próxima será a “Opto eletrônica” que interessa ao grupo
SAFRAN europeu, e neste momento temo, muito mesmo, que também a Orbital
Engenharia esteja indo por este caminho. Afinal ela já assinou um acordo para representar
empresas chinesas no país, caminho semelhante adotado pelas empresas que já foram
desnacionalizadas. Neste ritmo leitor em breve o que chamamos de Programa Espacial
Brasileiro na realidade estará mais para um programa internacional desenvolvido
em território brasileiro por empresas de outras nações. Mais um souvenir dos desgovernos civis. Lamentável!
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