Projeto Visa Otimizar Unidades de Medidas Inerciais

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada dia (06/03) no site da “Agência USP” destacando que um projeto da área de robótica desenvolvido pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e pela a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), visa otimizar a precisão e a confiabilidade das unidades de Medidas Inerciais.

Duda Falcão

Tecnologia

Projeto Visa Otimizar
Unidades de Medidas Inerciais

Keite Marques,
da Assessoria de Comunicação da EESC
Por: Da Redação - agenusp@usp.br
Publicado em 6/março/2015
Com informações da Revista Pesquisa FAPESP

Foto: Divulgação
Testes na EESC têm sido feitos
com caminhão autônomo.
Projeto de pesquisa na área de robótica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos,  e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) visa otimizar a precisão e a confiabilidade das unidades de medidas inerciais — sensores compostos por um magnetômetro, um acelerômetro e um giroscópio — que não passaram por um processo de certificação.  O projeto foi selecionado na primeira chamada do Programa em Pesquisa eScience, lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Dependendo da aplicação, os sensores  precisam passar por um processo de certificação, porém isso os encarece muito. Esse tipo de procedimento é obrigatório, por exemplo, nos sensores das aeronaves que precisam transmitir um sinal altamente confiável para a cabine de controle. Em contrapartida, existem sensores que, dependendo do uso, não necessitam de certificação como, por exemplo, aqueles usados em veículos terrestres e aéreos não tripulados de pequeno porte.

O grupo de pesquisa coordenado pelo professor Marco Terra, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC, conseguiu desenvolver técnicas para aumentar a precisão das informações das unidades de medidas inerciais. Chamadas de “Filtragem Robusta”, elas  complementam a leitura dos algoritmos conhecidos como filtros de Kalman — um algoritmo pode ser entendido como um conjunto de ações que, quando executadas em uma determinada sequência, levam a um resultado específico desejado — e ajudam a minimizar alguns ruídos na transmissão de dados.

“Os estudos desses algoritmos têm sido publicados em revistas internacionais e têm contribuído com a teoria de sistemas de controle e de filtragem. Estamos agora aplicando essas técnicas na robótica, em particular em veículos autônomos”, comentou o professor.

Medidas Inerciais

As leituras das unidades de medidas inerciais que não são certificadas, e por isso de baixo custo, apresentam em geral menor precisão do que as das unidades certificadas. Para aumentar a confiabilidade dessas medidas, a pesquisa busca implementar filtros recursivos robustos em FPGA (Field Programmable Gate Arrays) — um tipo de hardware que pode ser programado para uma ou mais funções específicas do usuário — no sistema embarcado que irá receber as informações das unidades de medidas inerciais e comandar as ações do caminhão autônomo com segurança.

“Desenvolvemos a teoria de estimativa de variáveis em tempo real. Desse modo, assim que os dados são gerados, eles também são processados e uma interpretação é dada no mesmo instante para estimar o que vai ocorrer no futuro próximo”, explicou Terra. A pesquisa, que está em desenvolvimento, é aplicada em um caminhão autônomo — que dispensa motorista — para desenvolver estimativas de variáveis em tempo real, como velocidade, distância e posicionamento. As unidades de medidas inerciais transmitem as informações captadas, e posteriormente o algoritmo faz a leitura de cada variável e transmite a um sistema que por sua vez realiza o comando final.

“A junção dos dados da unidade de medida inercial com a precisão da leitura através da ‘Filtragem Robusta’ pode dar a autonomia necessária para o veículo andar sem motorista ou ser um grande auxílio para prevenir acidentes aumentando a sua capacidade de dirigibilidade”, explicou o professor. O estudo será desenvolvido por um período de dois anos. “A expectativa é de que a pesquisa gere uma patente”, afirmou Terra.

O projeto de pesquisa coordenado pelo professor Terra, chamado de “Sistema de referência de atitude, orientação e posição baseado em filtro de Kalman robusto implementado em FPGA”  foi um dos quatro selecionados na primeira chamada do Programa em Pesquisa eScience. Lançado pela FAPESP, o programa pretende explorar avanços de estudos em computação que ajudem a vencer desafios científicos e tecnológicos em outros domínios, e vice-versa.

A iniciativa da FAPESP, lançada em 2013, também busca organizar, classificar, visualizar e facilitar o acesso ao gigantesco volume de dados constantemente gerados em todos os campos de pesquisa, a fim de obter novos conhecimentos e fazer análises abrangentes e originais. O termo eScience muitas vezes é considerado sinônimo da ciência desenvolvida a partir da análise de grande quantidade de informações, pois resume o desafio de pesquisa conjunta.


Fonte: Site da Agência USP

Comentário: Esta leitor provavelmente é uma tecnologia que poderá ser utilizada na área espacial e, portanto está aí a notícia para quem ainda não teve acesso a mesma.

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