Astrofísica Estelar Investiga Universo e Sua Evolução
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (30/03) no site da “Agência
USP” destacando que Astrofísica Estelar na USP investiga universo e sua
evolução.
Duda Falcão
CIÊNCIAS
Astrofísica Estelar Investiga
Universo e Sua Evolução
Joana Leal,
do USP Online
30/março/2015
O Laboratório de Astrobiologia, do Instituto de
Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, por meio da
astrofísica estelar, pesquisa as características e particularidades de
estrelas, planetas e a evolução estelar, de modo a entender a estrutura do
universo e o surgimento da vida. O Laboratório de Astrobiologia — ou
AstroLab, como é conhecido — surgiu do esforço conjunto de pesquisadores
de diferentes áreas com interesses comuns por astrobiologia.
Foto: ESO
AstroLab surgiu do esforço de pesquisadores
de diferentes
áreas.
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Em 2009
o grupo ganhou um espaço físico, o Observatório Abrahão de Moraes, localizado
entre as cidades de Valinhos e Vinhedo, no interior de São Paulo. Para o
professor Jorge Horvath, pesquisador do laboratório e docente do IAG, a
diversidade de áreas de atuação dos membros do AstroLab é o componente
principal que garante a qualidade dos trabalhos realizados.
“Um
grande problema atual para a pesquisa é que as pessoas ficam extremamente
fechadas em suas especialidades. Se voltarmos séculos atrás, no momento do
Renascimento, quando grandes avanços aconteceram, isso não ocorria. Os
estudiosos possuíam conhecimentos sobre muitas áreas, e Leonardo Da Vinci é o
melhor exemplo disso”, afirma Horvath. De fato, estudar temas tão complexos
como, em última análise, a origem de tudo que existe não poderia ser tarefa
para apenas uma especialidade.
Formação
dos Astros
Em
termos práticos, a astrofísica estelar estuda a origem e a evolução das
estrelas. A formação dos astros ocorre em regiões densas de poeira e gás,
compostas basicamente por hidrogênio. Sob a influência da gravidade, as nuvens
que compõem a área de formação tendem a colapsar (algo como “implodir”) e
formar proto-estrelas. Daí por diante, até o fim de suas vidas, diferentes
processos podem acontecer com as estrelas — elas podem se tornar, por
exemplo, nebulosas planetárias, supernovas, buracos negros, sofrer a influência
de surtos de raio gama ou jatos estelares, entre vários outros destinos. E de
lá sai material para compor todo o extenso campo que a astrofísica estelar
estuda.
Devido
às distâncias inimagináveis da Terra, o único dado que somos capazes de coletar
dos astros é a radiação que eles emitem e chega até nós. Portanto, a
astrofísica das estrelas é determinada por intermédio de observações, da busca
pelo entendimento teórico e de simulações feitas em computador. Dessa maneira,
utilizando técnicas avançadas, pode-se chegar a massa, temperatura, idade e
diversas outras características físicas dos astros.
Embora a
formação estelar pareça um processo complexo, explicar como as estrelas morrem
é algo mais simples, pois a energia no núcleo das estrelas é formada por meio
de fusão nuclear, por essa razão o fim de suas vidas é sempre uma explosão. “A
explosão das estrelas sempre causa algum problema aos planetas vizinhos, e
assim surge uma das principais questões a se estudar: a zona habitável para
cada estrela. Principalmente das que estão próximas à Terra”, conta Horvath.
Contudo,
é muito difícil prever a data exata de quando as estrelas irão explodir. “As
estrelas que formam o Cinturão de Órion, popularmente conhecidas como Três
Marias, com certeza morrerão, mas não se pode afirmar se em um período de um
milhão ou três milhões de anos”, completa o docente.
Atualmente
o AstroLab funciona em parceria com diversos outros laboratórios, internos e externos
à USP, como é o caso do Laboratório de Química Prebiótica (LQP) da Universidade
Estadual de Londrina (UEL), que estuda como as moléculas imergem de materiais
inorgânicos e atuam no início da vida; o Instituto de Astrobiologia da NASA
(NAI); a Associação Europeia de Redes de Astrobiologia (EANA), entre outros. O
Laboratório de Astrobiologia mantém ainda uma forte preocupação em levar os
conhecimentos produzidos para a sociedade, seja por meio de divulgações
científicas, eventos abertos ao público, ou dando espaço para a viabilização de
projetos de pessoas que não atuam no AstroLab.
Mais informações: (11) 3091-2806; email foton@iag.usp.br,
com o professor Jorge Horvath
Fonte: Site da Agência USP
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