A UnB e o Programa Uniespaço


Olá leitor!

Segue abaixo uma noticia postada dia (04/09) no site da Universidade de Brasília (UnB) destacando a chamada do “Programa Uniespaço” da Agência Espacial Brasileira (AEB) e as tecnologias espaciais desenvolvidas na UnB com o apoio desse programa.

Duda Falcão

Tecnologia

Quer Lançar um Foguete?

Agência Espacial Está com Inscrições Abertas para Impulsionar Pesquisas na Área Espacial.
Professores e Alunos da UnB Contam como é Participar do Projeto

Mariana Cordeiro
Secretaria de Comunicação da UnB
04-09-2009



A Agência Espacial Brasileira procura especialistas. Pesquisadores que possam contribuir com o desenvolvimento tecnológico da área através do "Programa Uniespaço". As propostas de pesquisa aprovadas serão financiadas durante dois anos por um total de R$ 3 milhões.

Controlar a atitude, a embarcação e o ciclo de vida em órbita de satélites artificiais são alguns dos temas incentivados pela Agência Espacial Brasileira, responsável pelo projeto. Os cientistas precisam ter vínculo com instituições de ensino superior. As sugestões de pesquisa devem ser enviadas por e-mail até o dia 10 de setembro.

“O Uniespaço tem como finalidade agregar as universidades do país ao esforço de desenvolver tecnologias necessárias ao Programa Espacial Brasileiro (PEB)”, afirma Thyrso Villela Neto, diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento.

Criado em 1997, o plano começou a funcionar há cinco anos. Dois dos 32 projetos já contemplados pelo Uniespaço foram desenvolvidos pela Universidade de Brasília: o foguete híbrido e o propulsor à plasma do tipo Hall. Ambos realizados de forma pioneira no Brasil, respectivamente, pelo Departamento de Mecânica e pelo Instituto de Física.

EVOLUÇÃO - “Seria difícil melhorar a estrutura e a qualidade do Laboratório de Plasma sem os recursos do Uniespaço, pois precisamos de cooperação internacional para testar o protótipo do propulsor Phall”, explica José Leonardo Ferreira, professor responsável pela pesquisa iniciada em 2003. Nessa época, sobras de material eram o principal ingrediente dos experimentos executados apenas pelo docente e por um mestrando.

Em 2004, o Phall foi submetido ao Uniespaço pela primeira vez. De lá para cá, a equipe aumentou e mais de oito teses foram concluídas no laboratório. A apresentação dos resultados passou por congressos na Europa, no Canadá e nos Estados Unidos.

A inovação do Phall está relacionada com a capacidade de economizar energia durante missões espaciais de longa duração. “Por ser uma tecnologia avançada, a área ainda tem muitas possibilidades de desenvolvimento mundial”, afirma Ferreira. No entanto, o especialista destaca algumas desvantagens dos programas de financiamento espacial. “Infelizmente, é comum pesquisar técnicas durante um longo período que nunca serão testadas no espaço”, conclui.


Veteranos Acreditam na Importância do Uniespaço
Como Porta para o Mercado de Trabalho

Mas para o coordenador do primeiro foguete brasileiro que mistura combustíveis sólidos e líquidos, Carlos Alberto Gurgel, este não é um fato comprometedor. “O mais importante é desenvolver a ideia, pois a aplicação prática é consequência do processo”, ressalta Gurgel. Cerca de 15 docentes e estudantes trabalham atualmente no projeto desenvolvido há sete anos. Danilo Sakay, formando em Mecânica, é um dos envolvidos. “Participar deste projeto é uma oportunidade excelente. O Brasil precisa de engenheiros que dominem a área”, conta o aluno que viajará para a França em consequência da pesquisa desenvolvida na UnB.

Outra vantagem para os alunos consiste em se aproximar de órgãos governamentais como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.

Neste semestre, os pesquisadores conquistaram um local no Bloco G da FT para funcionar como laboratório, que até então, não tinha um espaço físico definido. Mas a falta de um lugar apropriado nunca foi problema, pois os testes e o alto custo dos materiais são as principais dificuldades enfrentadas. Os experimentos precisam ser realizados à noite, pois é preciso garantir a segurança e ter certeza de que o barulho ensurdecedor não atrapalhará as pessoas. Quanto ao valor dos ingredientes, uma carga de oxidante com quatro quilos, por exemplo, é comprada por R$ 190 e rende sete dias. “É uma aplicação sofisticada. Se não houver um grupo para investir, a pesquisa se torna inviável”, garante Gurgel.

Calendário Uniespaço

10/09/2009: Data limite para o envio das propostas, através do e-mail uniespaco@aeb.gov.br

15/10/2009: Divulgação dos resultados aprovados

15/11/2009: Projetos selecionados assinam o termo de compromisso

Saiba mais em: http://www.aeb.gov.br/mini.php?secao=uniespaco


Texto: UnB Agência - Fotos: Marcelo Brandt/UnB Agência


Fonte: Site da Universidade de Brasília (UnB)

Comentário: Grande trabalho que vem sendo realizado pela AEB com esse “Programa Uniespaço”. O programa tem ajudado o país desenvolver tecnologias necessárias para o PEB e essas duas pesquisas que estão sendo desenvolvidas pela a UnB são grandes exemplos disso. O foguete híbrido Santos Dumont-2 é um embrião de uma nova tecnologia que em breve poderá está sendo aplicada nos foguetes de sondagens brasileiros, barateando seus custos e a tecnologia de propulsor à plasma do tipo Hall é uma tecnologia de ponta para propulsão espacial no espaço (satélites, sondas espaciais, etc) dominada por poucos países do mundo. Parabéns a AEB pelo incentivo a essas pesquisas e a UnB pelos resultados obtidos.

Comentários

  1. É de encher os olhos, ver a foto de todos estes estudantes segurando o foguete. Este é um dos motivos que "ainda" temos que acreditar no nosso país. Não podemos deixar que abandonem nosso programa espacial. O futuro do Brasil depende disto.

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  2. Pois é Ricardo, pena que ainda existam políticos e pessoas que infelizmente não vêem as coisas dessa forma. Mas mesmo assim os Programas Uniespaço, Microgravidade e o AEB Escola têm avançado significamente, e no futuro se as coisas continuarem nesse caminho prevejo melhores dias para o nosso “Programa Espacial”.

    Abs

    Duda Falcão

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