Brigadeiro Exonerado Após Discussão com Diretor da ACS


Olá leitor!

Segue abaixo uma noticia postada ontem dia (10/09) no site “G1 do globo.com” destacando a exoneração do brigadeiro Antônio Chaves do cargo de diretor de “Transporte Espacial e Licenciamento” da Agência Espacial Brasileira (AEB), após suposto desentendimento entre o mesmo e do diretor-geral da parte brasileira da Alcântara Cyclone Space (ACS), o senhor Roberto Amaral.

Duda Falcão

Política / Governo Lula

Diretor da Agência Espacial Brasileira é Exonerado

10/09/09 - 21h01

Saída do brigadeiro Antônio Sanches foi publicada nesta quinta.
Ministério não explicou motivos da exoneração do diretor.

Jeferson Ribeiro
Do G1, em Brasília


A Casa Civil publicou no Diário Oficial desta quinta-feira (10) a exoneração do diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), brigadeiro Antônio Chaves.

Segundo o G1 apurou, a saída do militar da reserva da AEB ocorreu após desentendimento entre ele e o presidente da Cyclone Alcântara Space, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, no dia 26 de agosto.

A Cyclone é uma empresa brasileiro-ucraniana, criada pelos dois países para lançar foguetes da base militar de Alcântara, no Maranhão. O lançamento do primeiro foguete está previsto para dezembro de 2010.

O desentendimento teria ocorrido na reunião do dia 26, quando a empresa e os diretores da AEB discutiam detalhes técnicos do cronograma de trabalho na base de Alcântara. Segundo a assessoria da agência, durante o debate “houve um acirramento pontual de ânimos entre dois interlocutores”. A agência não especificou se o desentendimento foi entre Amaral e o brigadeiro.

O G1 apurou que durante a apresentação técnica de um funcionário da Cyclone, o brigadeiro discordou de alguns pontos. Depois de algumas intervenções, o presidente da empresa teria ficado irritado e xingou o brigadeiro, que teria reagido e tentado atingir Amaral com um copo d’água. As informações não foram confirmadas pela assessoria da AEB.

Após a discussão, Amaral teria pedido ao ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, cuja pasta é responsável administrativa pela AEB, a exoneração do brigadeiro. O pedido foi atendido e a exoneração foi publicada nesta quinta-feira. Amaral também é presidente do PSB, partido do ministro Rezende.

O G1 tentou falar com o brigadeiro nesta quinta-feira, mas os assessores do seu gabinete informaram que ele viajou para resolver problemas particulares. Informaram também que o brigadeiro não disse quando retornava e não podia atender a reportagem pelo telefone celular, porque estava sem o aparelho.

O G1 procurou a assessoria do ministro de Ciência e Tecnologia, mas a assessora não retornou as ligações.


Fonte: Site G1 do globo.com

Comentário: Esse desentendimento foi abordado aqui no blog anteriormente (veja a nota Confusão em Reunião do PEB na Sede da AEB em Brasília) através de uma notícia publicada dia 01/09 no jornal Correio Braziliense destacando um desentendimento com quase agressão entre os dois. Em todo caso, isso demonstra o prestígio cada vez maior do senhor Roberto Amaral junto ao governo o que é bastante preocupante, pois o mesmo é um ferrenho defensor pelo encerramento do programa VLS e a transferência de todo programa de foguetes para os ucranianos. Isso significaria o fim do acordo em curso com os russos e um atraso ainda maior no já atrasadíssimo Programa Espacial Brasileiro. Além disso, no atual acordo com os ucranianos não existe qualquer transferência de tecnologia (nem mesmo de um simples parafuso) o que criaria a necessidade de se assinar um novo acordo e esperar que o mesmo ainda fosse homologado pelo congresso, ou seja, não tem sentido algum abandonar um programa já em curso com os russos (esse sim envolvendo transferência de tecnologia) para trocar por outro acordo a bel prazer do senhor Roberto Amaral. Certamente essa interferência política deve ter sido o estopim que levou a discussão do mesmo com o brigadeiro, que no final das contas perdeu o emprego solidificando assim cada vez mais essa posição do senhor Roberto Amaral. Lamentável!

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