Blue Origin Se Une a Luxemburgo na Missão de Mapeamento de Recursos Lunares Oasis 1

Prezados amantes das atividade espaciais!
 
Credito: Space Daily
Ilustrativo.

No dia de ontem (01/10), o portal Space Daily noticiou que a empresa Blue Origin anunciou o Projeto Oasis, uma campanha em várias fases para identificar e utilizar recursos lunares. A primeira missão, Oasis-1, contará com parceiros de Luxemburgo para produzir os mapas orbitais mais detalhados até hoje de gelo de água, hélio-3, radionuclídeos, elementos de terras raras e metais preciosos em toda a superfície da Lua.
 
Pois bem, pessoal. Mais uma vez, somos confrontados com a dura realidade que expõe a fragilidade de países que vivem da venda de narrativas vazias, sustentadas por feitos isolados de mais de uma década atrás ou por projetos eternamente atrasados que nunca se concretizam. É o caso de uma certa república sul-americana — cada vez mais afundada em um ciclo de retrocesso e estagnação. A sociedade desse engodo precisa urgentemente despertar. Que exemplos como o de Luxemburgo sirvam de alerta. Trata-se de uma pequena nação europeia que, até pouco tempo atrás, era predominantemente rural. No entanto, desde a criação de sua agência espacial, em 12 de setembro de 2018, o país vem se destacando com avanços notáveis no setor espacial, consolidando-se como um ator emergente nesse campo estratégico. Enquanto isso, aqui continuamos presos à inércia, reféns de gestores oportunistas que ocupam posições-chave sem qualquer compromisso real com o progresso. Essa realidade é inaceitável — e trará consequências sérias, tanto no médio quanto no longo prazo, se não houver uma mobilização urgente da sociedade. Para mudar esse cenário, é fundamental que o setor privado — em áreas como agropecuária, mineração, farmacêutica, construção, transporte, serviços, entre outras — compreenda e reconheça o papel central das atividades espaciais no desenvolvimento científico, tecnológico e econômico de uma nação. Caso contrário, continuaremos a ser ultrapassados, até mesmo por países pequenos como Luxemburgo, que, diga-se de passagem, caminha a passos largos para se tornar um player relevante no setor espacial e conquistar um lugar nas decisões que moldarão o futuro do planeta.
 
De acordo com a nota do portal, a Missão Oasis-1 utilizará espectroscopia de nêutrons em altitudes orbitais ultrabaixas para quantificar as concentrações de gelo de água até um metro de profundidade, além de magnetômetros para detecção de metais e imagens multiespectrais para mapeamento geológico. Sequências de impacto controladas serão utilizadas para maximizar o retorno de dados e orientar a seleção de locais de extração.
 
A obtenção de gelo de água na Lua poderia viabilizar a produção de propelente a partir de hidrogênio e oxigênio, transformando a superfície lunar em um centro de reabastecimento fora da Terra. Esses recursos também poderiam sustentar sistemas de energia lunar, manufatura no espaço e sistemas de energia limpa, reduzindo a dependência da extração terrestre.
 
“Uma vez que soubermos o que realmente está lá e como acessá-lo, tudo muda”, disse Pat Remias, vice-presidente de Conceitos Avançados e Engenharia Corporativa. “O Projeto Oasis cria a base para uma economia espacial próspera que beneficia a todos, incluindo os bilhões de pessoas na Terra que se beneficiarão dos recursos espaciais.”
 
A iniciativa contará com o suporte da tecnologia Blue Alchemist, que processa o regolito lunar em oxigênio, células solares e cabos de energia. Juntos, esses esforços visam tornar a infraestrutura espacial em larga escala viável e economicamente acessível, ao mesmo tempo que apoiam futuras missões a Marte e a utilização de recursos de asteroides.
 
O Projeto Oasis está sendo desenvolvido por meio do Centro de Excelência em Recursos Espaciais da Blue Origin e seu escritório em Luxemburgo, com apoio da Agência Espacial de Luxemburgo, da GOMSpace e do ESRIC. O objetivo é reduzir os custos de missões ao espaço profundo em até 90%, possibilitar bases lunares permanentes e promover a colaboração internacional no desenvolvimento de recursos.
 
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