Fábrica de Falácias: Governo Elabora Plano Nacional de Satélites Com Foco em Soberania e Inovação

Prezados entusiastas da exploração espacial,
 
No dia 08/10, o portal Teletime noticiou que o Governo Lula está elaborando um Plano Nacional de Satélites com foco em “soberania e inovação”, kkkkkkkkkk (veja abaixo). Pois então, trata-se de mais uma proposta com aparência técnica e patriótica, mas que na verdade é mais um produto da máquina de narrativas financiada com recursos públicos. Essa iniciativa, assim como tantas outras, tem como único objetivo enganar a opinião pública, adiando soluções concretas e vendendo para os menos informados (a grande maioria de população brasileira votante) a imagem de um governo supostamente comprometido com o futuro do país.
 
O BS há tempos vem alertando a Sociedade Brasileira sobre o rumo preocupante que o país tem tomado — e não apenas na área espacial. A agenda dos que hoje se dizem patriotas está longe de representar um projeto sério de nação. Ao contrário, o que se vê é uma constante instalação do caos, conduzindo o país por um caminho perigoso e, possivelmente, irreversível.
 
Estamos, lamentavelmente, condenando a nação brasileira à irrelevância diante das sociedades do futuro — aquelas que, com voz ativa, dominarão os rumos do planeta. Isso porque já nos encontramos (e estaremos ainda mais) distantes dos avanços científicos e tecnológicos que realmente importam. Enquanto outros países há décadas compreenderam que nações fortes e desenvolvidas se constroem com educação cidadã, seriedade, planejamento estratégico de longo prazo e comprometimento real com o bem comum, aqui nos deparamos com aberrações como o projeto “DESATINO ALADA” e a distorcida “LEI GERAL DO ESPAÇO”, amplamente manipuladas por oportunistas em benefício próprio.
 
O Brasil já é um país economicamente fragilizado, que perdeu completamente o rumo fiscal e estratégico. Seus gestores, convenientemente, insistem na falácia de que é possível gastar mais do que se produz, ignorando a realidade econômica e social que se deteriora dia após dia. E Infelizmente para todos nós e ainda mais para os menos favorecidos, não há sinais de mudança no horizonte — nem mesmo a longo prazo — graças à degradação planejada da educação e da ética pública e da ampliação da safadeza. E o setor espacial, inevitavelmente, também sofre os impactos desse colapso.
 
Diante disso, é fundamental que a população brasileira se blinde contra essa fábrica de ilusões e falsas promessas que está apenas começando — e que tende a se expandir nos próximos anos. Para aqueles que ainda têm a chance e desejam um futuro digno para si e para suas famílias, talvez a alternativa mais racional seja seguir o caminho de tantos outros: buscar sociedades verdadeiramente desenvolvimentistas, onde o bem coletivo está acima de interesses eleitoreiros. O Brasil, infelizmente, está em uma encruzilhada — e segue, sem freios, em direção ao abismo.
 
Em relação ao futuro do setor espacial global, convido os entusiastas do espaço a lerem o artigo 'Uma Perspectiva Sobre o Espaço: Preparando-se para 2075', escrito pelo renomado Sir Martin Sweeting, da Universidade de Surrey, no Reino Unido, e tire suas próprias conclusões.
 
Governo Elabora Plano Nacional de Satélites Com Foco em Soberania e Inovação
 Foto: Rudy Trindade/Themapres
Marcelo Alves, diretor do Dep. de investimento e inovação do Ministério das Comunicações.

O Ministério das Comunicações (MCom) está elaborando o Plano Nacional de Satélites, que pretende definir demandas e diretrizes para o desenvolvimento do setor espacial brasileiro. Segundo o diretor do Departamento de Investimento e Inovação da pasta, Marcelo Alves, o plano está em fase de diagnóstico e busca equilibrar aspectos de soberania, independência tecnológica e sustentabilidade.
 
Durante participação no Congresso Latinoamericano de Satélites, realizado nessa terça-feira, 7, no Rio de Janeiro, Alves afirmou que o documento deve servir de base para uma futura política pública voltada ao uso de satélites no País. Ele também explicou que o projeto vai avaliar se o governo deve investir em novos artefatos próprios ou contratar capacidade já existente no mercado, inclusive na definição do novo SGDC.
 
"O plano não tem como estabelecer diretrizes nesse nível, mas a ideia é que ele seja a base de uma política", disse o diretor. Segundo Alves, a iniciativa envolve outros órgãos do governo (como o Ministério da Defesa) e considera também os usos de comunicação e defesa nacional.
 
Participação Restrita
 
Alves destacou que, por se tratar de um tema sensível, o trabalho será conduzido de forma "um pouco mais doméstica". Em outras palavras, a abertura para contribuições públicas para o desenho inicial do modelo será menos ampla do que outros processos, como o Plano Nacional de Inclusão Digital.
 
"Vamos ouvir os players de mercado, mas vamos qualificá-los primeiro para ter algo mais fechado e consolidado", afirmou. A abordagem, segundo o diretor, busca garantir que as contribuições venham de atores significativos e tecnicamente preparados do setor.
 
Ainda de acordo com Alves, o Plano Nacional de Satélites faz parte de um conjunto de iniciativas do Ministério das Comunicações voltadas à ampliação da conectividade e à promoção da inovação. Entre elas, estão o Plano Nacional de Inclusão Digital atualmente em elaboração e programas que utilizam tecnologia satelital para levar Internet a áreas sem infraestrutura de fibra óptica.
 
Soberania
 
O tema da soberania é um dos aspectos centrais do plano, segundo o diretor. O debate sobre o assunto tem ganhado força diante da necessidade de o Brasil ampliar o domínio e o controle sobre seus próprios ativos e capacidades espaciais.
 
Enquanto a pasta se prepara para iniciar os trabalhos, o governo já finaliza uma nova versão do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (Pese). O documento deve ser assinado ainda em outubro e vai definir diretrizes de defesa e soberania para as atividades espaciais do Brasil. A revisão ocorre em um momento de preocupação crescente com a ocupação militar do espaço.
 
Brazilian Space
 
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